POR QUE VOCÊ PRECISA DE UM PROFESSOR DE MINDFULNESS (Atenção
Plena)?
O professor de Mindfulness e Compaixão é na verdade um
professor de desenvolvimento de consciência.
Nos últimos anos têm ocorrido um crescente interesse
cientifico pela atenção plena (Mindfulness) nas mais diferentes áreas de
aplicação, principalmente dentro da medicina, Neurociência e Ciências da mente.
Surpreendentemente este interesse se expandiu para outras áreas como:
Administração, Jurídica, Educação entre outras. Muitos protocolos de aplicação de
programas de Mindfulness foram desenvolvidos com benefícios cientificamente
comprovados, como o MBSR, MBCT e MBCR. Mas ao mesmo tempo notamos que muitos
confundiram estes programas como uma medicação de solução rápida na redução do
estresse e seus sintomas e outras aplicações.
Lamentavelmente esta necessidade de urgência, faz com que
muitas pessoas ao terminarem o programa já querem que os resultados comprovados
funcionem de forma tão rápida como a entrega de comida num restaurante
fastfood. E não é assim que funciona. Para que os resultados aconteçam e os
benefícios sejam obtidos é importante a prática diária, de forma disciplinada e
perseverante com esforço e boa vontade.
Esta característica de urgência atinge a sociedade hoje de
forma alarmante. Quando a técnica foi desenvolvida dentro da tradição secular
já se ensinava que o tempo de prática e dedicação era importante e variável de
pessoa a pessoa, e deveria ser orientado por um professor experiente que
observando o desenvolvimento do aluno vai ajustando os exercícios, o tempo e
dirimindo dúvidas e obstáculos, até que o aluno conseguisse chegar ao ponto de
evolução desejado onde a mente mais dispersiva era treinada para chegar ao
estado de calma e relaxamento importantes, mantendo o foco, a concentração, a
atenção plena, a regulação e controle das emoções e sentimentos. Ouço muitos
professores de meditação Mindfulness dizendo que a culpa está no aluno que não
se dedica, ou que não sabe relaxar e manter o controle diante das cobranças da
vida cotidiana, como se apenas respirar fundo, e fazer pausas de 5 minutos
fosse a solução.
Sim, existem muitos professores de Meditação Mindfulness que
não tem tempo para escutar com atenção e empatia cada aluno e desenvolver
exercícios que atendam a necessidade de cada um (inclusive em empresas) e
muitos aplicativos com pouca atenção (como se os aplicativos conseguissem dar a
atenção individual de que o aluno precisa para seu desenvolvimento amplo). Infelizmente
isso cria uma atenção plena superficial e mesmo contraproducente daquilo que
comprovadamente pode transformar a vida
de forma real.
Por outro lado, também se observa que muitos excelentes
professores vão além da preocupação de ensinar Mindfulness, são verdadeiros
professores de desenvolvimento de consciência, oferecendo bons programas,
escuta atenta, compassiva e empática, técnicas embasadas na raiz milenar e
preocupados em não deixar que a Mindfulness seja um simples placebo para um
mundo estressado. Mas fazendo do desenvolvimento da atenção plena uma chave que
abre muitas portas para uma investigação de si mesmo e percepções mais profundas
e enriquecidas dos vários aspectos da vida.
Assim a Mindfulness vai além de diminuir os problemas
causados pelo estresse, permitindo que possa ser levada ao set terapêutico no
trabalho de regular e controlar as emoções e sentimentos, ampliar o
autoconhecimento, ter uma firmeza e clareza mental e menor reatividade. Onde o indivíduo
aprende a olhar para as causas de suas condições mentais emocionais físicas e profissionais
com clareza e discernimento, o contexto onde está inserido e assim
desenvolvendo uma imagem clara e realista onde pode efetivamente promover as
mudanças necessárias para a qualidade de vida, o bem-estar e a felicidade genuína
(uma felicidade possível independente das circunstâncias). Aqui vemos a
Mindfulness como uma Ciência ou uma Psicologia Contemplativa como a que já
existe na Universidade de Stanford e na Universidade de Virgínia.
Professores de Mindfulness também ajudam a desenvolver uma
liderança consciente, que motivam seus alunos a investigarem os valores
subjacentes aos seus além dos fornecidos pelas empresas onde atuam. Buscam desenvolver
a curiosidade pelo que acontece em suas equipes de forma a estarem plenamente
presentes às dificuldades de cada membro e ter compaixão e empatia necessárias
para criar uma conexão humana, uma liderança consciente e servidora.
Afinal, a prática constante da atenção plena (Mindfulness)
leva a práticas de bondade amorosa (Metta Bhavana) e Compaixão que enfatizam a
conexão humana mínima necessária para que todos possam dar o melhor de seu
potencial sem prejudicar a saúde mental emocional e física seja na vida pessoal
ou profissional. O professor de
Mindfulness oferece boas instruções, conselhos de mudança de hábitos
arraigados, transformação de pensamentos destrutivos e ruminantes e, controle
emocional, saindo da críticas e julgamentos desnecessários para uma formação de
hábitos saudáveis e mais opções de escolhas.
O professor de Mindfulness não evita o confronto com os
aspectos sombrios que a atenção plena revela, mas aproveita esta rica
oportunidade de investigar as causas e os males profundos que vão sendo
descortinados pela prática constante da meditação Mindfulness e da meditação da
compaixão e fazem isso de forma construtiva e criativa usando as muitas
ferramentas cognitivas que o conhecimento da Mindfulness oferece, fazendo dela
um aliado importante no combate ao estresse e seus sintomas.
Sonia A F Santos (Tsuldrin Dechen)
Instrutora e Terapeuta em Mindfulness e Compaixão
Ciência da Mente e Bem Estar
Ciência da Mente e Bem Estar
Ser Atento Mindfulness Brasil
e-mail: seratento.2016@gmail.com
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