sábado, 27 de outubro de 2018

A Ciência da Compaixão




Você sabia que existe a Ciência da Compaixão? E que a Compaixão é uma ferramenta poderosa e cientificamente comprovada?

Vivemos tempos complicados, com uma verdadeira epidemia de solidão, transtornos mentais como depressão e ansiedade, fobias e síndromes diversas, infelizmente parece que virou algo comum. Mesmo quando temos condições matérias de suprirmos as nossas necessidades primordiais, ainda assim parece que algo está faltando, existe um vazio existencial, emocional, até mesmo social que não conseguimos preencher e que causa enorme sofrimento. E a ciência aponta evidências de - falta de compaixão.

SS Dalai Lama em uma conversa com Arianna Huffington disse: “Se dissermos, oh, a prática da compaixão é algo sagrado, não ouço ninguém se pronunciar. Se dissermos que o calor humano realmente reduz sua pressão arterial, sua ansiedade, seu stress e melhora sua saúde, então as pessoas prestam atenção”.

Mas afinal o que significa compaixão? Podemos começar dizendo o que compaixão não é - não é pena e nem piedade.  Compaixão pode ser definido como o reconhecimento do sofrimento do outro e o verdadeiro desejo de aliviar esse sofrimento, e empatia é a ação eficaz e eficiente de promover este alivio, não necessariamente fazendo o que aquele que sofre deseja, mas o que precisa ser feito.

No Ocidente a compaixão pode ser vista como um termo religioso, irrelevante para a sociedade moderna, as pessoas em geral mal conseguem encarar o próprio sofrimento e ser compassivo consigo mesmo (autocompaixão) entrando pela via tortuosa da autocomiseração, julgamento, crítica, vergonha, auto sabotagem, procrastinação e ruminações mentais, quanto mais ter um olhar compassivo para o sofrimento alheio, muito mais difícil ainda quando quem sofre não tem laços ou afinidades. No entanto as principais religiões apontam que a compaixão é boa, e atualmente a ciência vem corroborando este princípio, com estudos profundos sobre a compaixão e a empatia em todos os seus aspectos inclusive a autocompaixão.

Neurociência e Compaixão

Na Universidade da Califórnia Steve Cole, um cientista de neuro genética mostrou em sua pesquisa que a solidão leva a um perfil de stress imunológico menos saudável no nível do gene – sua expressão gênica os torna mais vulneráveis a processos inflamatórios que demonstraram ter efeitos negativos sobre a saúde.

Já os psicólogos especialistas em bem-estar Ed Diener e Martin Seligman indicam que a conexão social é um preditor de vida mais longa, recuperação mais rápida de doenças, níveis mais altos de felicidade e bem-estar e maior senso de proposito e significado. Na Universidade de Emory em Atlanta, Chuck Raison e seus colegas mediram as respostas das meditações baseadas em Compaixão e descobriram que elas reduzem as respostas neuroendócrinas, inflamatórias e os comportamentos negativos ligados ao stress psicossocial. Também foi em Emory que se desenvolveu o Treinamento da Compaixão na Abordagem Cognitiva com Lobsang Tenzin Negi.

As pesquisas realizadas por Stephanie Brown na Universidade de Michigan e na Stony Brook University mostraram que o ato de experimentar compaixão e ajudar os outros (empatia) realmente produz um grande bem-estar mental, emocional e físico, a sobrevivência do mais amável que leva à sobrevivência a longo prazo de uma espécie.  Os seres humanos assim como muitos animais, são instintivamente compassivos, os nossos cérebros estão ligados à compaixão.

Na Universidade de Stanford, o Centro de Pesquisa e Educação de Compaixão e Altruísmo (CCARE) realiza profundas pesquisas com um grande número de cientistas aliados a Budistas Tibetanos como Thupten Jinpa (responsável pelo desenvolvimento do Treinamento para o Cultivo da Compaixão) e Seguyu Rinpoche (que desenvolve pesquisas aliando as técnicas meditativas da Medicina Tibetana aos tratamentos clínicos da medicina ocidental) entre outros para estudar, compartilhar ideias científicas, propriedades psicológicas, fundamentos biológicos, correlatos de saúde e treinamentos da mente em compaixão. Estes encontros científicos entre a Filosofia e a Psicologia do Budismo Tibetano e a ciência ocidental estão transformando e desenvolvendo muitas áreas importantes como a Neurociência, Psicologia, Psiquiatria e outras áreas clínicas, além de criarem as bases para um grande banco de dados de compaixão que fundamentam uma nova linguagem e também motivam novas pesquisas.

A humanidade evoluiu rapidamente, porém rápido demais em relação à nossa habilidade como espécie para evoluir e responder ao avanço da sociedade moderna. Vivemos estressados, o volume de informações diários que inundam a nossa mente é enorme, multitarefas, responsabilidades extremas no trabalho, família, conexão social, saúde e muito mais. Desaprendemos a relaxar, e os níveis de stress são altos e constantes. Tudo isso somado diminui ou quando não, anula nossa capacidade de responder com compaixão, e nos desconecta deste estado inerente a todo ser senciente.

Na sociedade moderna, você tem a liberação crônica, em níveis baixos, de hormônios ou proteínas que são prejudiciais à sua saúde. -  Dr. James Doty (CCARE – Stanford University)

O que a ciência descobriu é que o nosso sistema nervoso não foi criado para ser desencadeado cronicamente. Uma grande variedade de doenças tem como causa a liberação de proteínas inflamatórias liberadas em resposta ao acionamento do stress (sistema luta/fuga), consequentemente ocorre uma diminuição na função ou capacidade do sistema imunológico para responder às ameaças. Devido a isso segundo o Dr Doty (autor do livro: A Maior de Todas as Mágicas), vivemos uma epidemia de stress agravado pelos quadros de transtornos depressivos/ansiolíticos. Vivemos com nosso sistema nervoso superestimulado, mais reativo e rápido em nossos julgamentos e críticas sobre os outros e nossa capacidade de compaixão fica praticamente anulada.

Quando alguém age com intenção compassiva, tem um enorme e enorme efeito positivo em sua fisiologia. Isso os tira do modo de ameaça e os coloca no modo de descanso e digestão. O que acontece quando isso ocorre é o modo como eles reagem aos eventos. Em vez de uma resposta rápida, muitas vezes baseada em medo ou ansiedade, ela permite uma resposta muito mais deliberativa ou criteriosa, que normalmente é muito mais eficaz e mais criativa, porque permite que sua área de controle executivo funcione da melhor maneira possível. Dr Doty

Compaixão como técnica terapêutica

Ao longo dos últimos anos, os estudos científicos desenvolveram diversas terapias baseadas na compaixão, entre elas podemos citar:

·        Terapia Focada na Compaixão (CFT) por Phd Paul Gilbert
·        Treinamento da Compaixão na Abordagem Cognitiva ( CBCT) por Lobsang Tenzin Negi
·        Treinamento para o Cultivo da Compaixão (CCT) – Thupten Jinpa
·        Terapia de Compaixão Baseada Nos Estilos de Apego (ABCT) – Javier Garcia Campayo e M Demarzo
·        Autocompaixão baseada em Mindfulness (MSC) – K Neff & C. Germer

São as mais estudadas, protocoladas e com escalas validadas, que podem ser aplicadas como técnicas psicoterapêuticas, cada abordagem tem seus próprios exercícios, scripts de meditação, treinamentos da mente e escalas validadas, mas todas com amplos benefícios comprovados.

Em geral estas técnicas revelam-se importantes nos tratamentos de:

·        Ansiedade
·        Vergonha
·        Autocrítica
·        Depressão
·        Transtornos de imagens
·        Descontroles emocionais
·        Auto ferimento

O que já foi observado é que muitos indivíduos (terapeutas ou mesmo os próprios pacientes) podem ter medo de trabalhar com a compaixão na abordagem terapêutica, muitos têm dificuldade em compreender a própria compaixão. Outros apresentam dificuldade de trabalhar com estados de consciência mais focado e atento e técnicas de meditação da bondade amorosa com uso de imagens compassivas, e o fracasso pode levar à autocrítica, ou o uso de eventos e pessoas  podem trazer à tona experiências passadas negativas. Para pessoas que estão profundamente envolvidas em emoções destrutivas como a raiva o tratamento pode demorar para ter eficácia.

No entanto, o uso terapêutico da compaixão pode proporcionar o aprendizado de:

·     Exercícios de valorização de atividades ou coisas que o indivíduo gosta, promovendo mudanças para comportamentos positivos;
·     Mindfulness (Foco, Atenção plena) onde o paciente aprende a prestar atenção ao momento presente sem críticas ou julgamentos, desenvolvendo resiliência e aceitação.
·     Exercícios de imagens focados em compaixão para estimular a mente e o sistema fisiológico, além de harmonizar três sistemas cerebrais (Sistema de Satisfação, calma e segurança; sistema ameaça e proteção e sistema de conquista), muitos dos exercícios atual principalmente no sistema de satisfação, ensinando o indivíduo a relaxar e a ter clareza mental.

Assim alguns dos benefícios que podem ser citados são:

·        Melhora no sentimento de felicidade e bem-estar
·        Maior otimismo e aceitação
·        Afeto positivo
·        Autoconhecimento
·        Gerenciamento dos estados emocionais
·        Melhor percepção do mundo
·        Maior importância ao auto cuidado
·        Conscientização da auto crítica como pensamento
·        Escolhas baseadas na sabedoria
·        Iniciativa pessoal
·        Curiosidade e exploração
·        Desenvolvimento da autoconsciência
·        Melhora nos inter-relacionamentos
·        Melhora na conexão social

Como em muitas outras técnicas é de extrema relevância que o profissional aplique as técnicas de Mindfulness e Compaixão consigo mesmo, além de obter os benefícios poderá aplicar com profundidade os exercícios pois compreenderá as dificuldades que o seu paciente poderá enfrentar.

Referências:

1.     Braehler, C., Gumley, A., Harper, J., Wallace, S., Norrie, J. e Gilbert, P. (2013). Explorando os processos de mudança na terapia focada na compaixão na psicose: Resultados de um estudo controlado randomizado de viabilidade. British Journal of Clinical Psychology , 52, 199-214. 

2.     Gilbert, Paul. (2010). Uma introdução à teoria e prática da terapia focada na compaixão e treinamento compassivo da mente para dificuldades baseadas na vergonha. Obtido de http://www.compassionatemind.co.uk/downloads/training_materials/1.%20Workbook_2010.pdf
3.     Gilbert, Paul. (2009). Introduzindo a terapia focada na compaixão. Avanços no Tratamento Psiquiátrico , 15 (3), 199-208. DOI: 10.1192 / apt.bp.107.005264. Obtido de http://apt.rcpsych.org/content/15/3/199
4.     Gilbert, Paul. (2014). As origens e a natureza da terapia focada na compaixão. Revista Britânica de Psicologia Clínica , 53 (1), 6-41. DOI: 10.1111 / bjc.12043
5.     Goss, K. & Allan, S. (2014). O desenvolvimento e aplicação de terapia focada na compaixão para transtornos alimentares. British Journal of Clinical Psychology , 53, 62-77.
6.     Leaviss, J. e Uttley, L. (2014, 12 de setembro). Benefícios psicoterapêuticos da terapia focada na compaixão: uma revisão sistemática inicial. Obtido em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4413786
7. Garcia-Campayo, J. e Demarzo M. (2018) A Ciencia da Compaixão. Palas Athena
8. Neff, K. D, Germer C.. (2017) Mindfulness & Self Compassion. Lucida Letra

terça-feira, 23 de outubro de 2018

O SILENCIO QUE CURA


Um convite consciente: Ficar 5 minutos sozinho e em silencio!

Thomas Merton disse: “A solidão não é algo que você deve esperar no futuro. Pelo contrário, é um aprofundamento do presente e, a menos que você o procure no presente, nunca o encontrará ”.

Convido você a buscar um local solitário e ficar em silêncio mental por alguns minutos, e depois observar o que este momento proporcionou a você.  Vivemos uma época de profunda intensidade, multitarefas, mídias, trânsito intenso, e muito mais, onde somos bombardeados com uma profusão enorme de informações e sons. Vivemos em um ritmo muito acelerado e desaprendemos a acionar o nosso sistema cerebral que conduz ao relaxamento, clareza mental, plenitude e tranquilidade, para muitos parece mesmo que isso é uma fantasia, uma utopia. Pois o convite atual é que estejamos prestando atenção a uma variedade de acontecimentos e experiências, mas o que poucos percebem é que este ritmo é uma receita para o stress e seus sintomas (entre eles podem estar problemas cardiorrespiratórios, doenças autoimunes, transtornos mentais como a depressão/ansiedade, transtornos fóbicos, síndromes, e comportamentos de dependência), relacionamentos difíceis, dificuldades de memória, cognição e comunicação.

Passar um tempo em solitude (estar somente consigo mesmo de forma prazerosa) e em silencio (inclusive o mental) é uma coisa muito saudável para se fazer, e se puder não fazer nada melhor ainda. Oferecemos ao nosso corpo e mente uma oportunidade de equilíbrio e harmonia.  Uma atitude consciente que é antes de tudo uma atitude auto compassiva, que irá posteriormente ser perceptível na melhora da qualidade de nossa comunicação com os outros e com a vida, uma melhor compreensão e aceitação das nossas experiências no momento presente, ou seja, nossa vida e nosso mundo ficam muito melhores.

E não são somente os professores de espiritualidade e/ou meditação que convidam para estes amados minutinhos de paz e tranquilidade, pois, a ciência comprova a importância do silencio.

SILENCIO CURA

Em algum momento da vida sentimos a importância do silencio, aquele momento que é reconfortante, nutritivo e acolhedor. Que abre as portas para a inspiração, criatividade, clareza mental, que acessa nossos conteúdos inconscientes e que alimenta a mente, o corpo e a alma. Já o ambiente ruidoso afoga nossa criatividade, obstrui a conexão com nosso mundo interno, desequilibra as nossas emoções e, dificulta o desenvolvimento da nossa resiliência. A Neurociência vem mostrando pesquisas que revelam que o silencio pode ser justamente o que precisamos para regenerar nosso cérebro e as tensões e sintomas corporais.

Ambientes barulhentos aliados a pensamentos ruminantes, multitarefas e muita pressão causam a produção de hormônios ligados ao stress. O som principalmente entra em nosso cérebro como sinais elétricos através do canal auditivo. Mesmo quando deveríamos estar relaxados, ou dormindo, as ondas sonoras fazem o nosso corpo reagir, ativando a Amígdala, que a parte do nosso cérebro responsável pela emoção, o que leva a liberação de hormônios estressores. E estes hormônios em níveis elevados são nocivos à nossa saúde. Alguns estudos já mostraram que o ruído está associado à hipertensão arterial, doenças cardíacas, zumbido e perda ou má qualidade do sono. Não é à toa que notamos pessoas cada vez mais sensíveis a ambientes ruidosos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) em um estudo concluiu que a causa raiz de 3.000 mortes por doenças cardíacas foi devido ao ruído excessivo. E se a ciência descobriu os danos do ruído, também descobriu que o silencio cura.

Muitos cientistas vêm estudando ativamente os efeitos do silencio, entre eles está a importância de pequenas pausas de silencio consciente, estas pausas diminuem as atividades cerebrais muito mais do que ouvir música relaxante, pois o cérebro reconhece o silencio e responde de forma poderosa.

E os antigos mestres de espiritualidade e meditação do Oriente já sabiam e ensinavam a importância de buscar pausas intencionais de silencio e meditação. Hoje estas pausas são indicadas não só pelos professores de meditação como pelos clínicos de diferentes áreas, como parte complementar de muitos tratamentos. O Dr. Imke Kirste da Universidade de Duke, descobriu que duas horas de silencio por dia levaram ao desenvolvimento celular na região do cérebro chamada de Hipocampo, que é a região relacionada à formação de memória, envolvendo os sentidos.

São nos momentos meditativos e silenciosos que o nosso cérebro pode “recuperar” algumas de suas habilidades cognitivas, porém quando estamos envolvidos em intensas atividades cerebrais conectadas com nossas multitarefas, mundo digital, ruídos excessivos o nosso cérebro tem menos tempo para acionar o sistema de relaxamento e desligar, afinal estamos sempre precisando processar ou memorizar muitas informações. Este excesso de atividade cerebral coloca muito stress em nosso Córtex pré-Frontal, a parte do cérebro responsável pelas tomadas de decisões, resolução de problemas entre outras atividades. Quando sentamos em meditação silenciosa (com técnicas como Mindfulness, Zazen, Loving Kindness) nosso cérebro relaxa.

Este momento de relaxamento permite que novas células se diferenciem em neurônios e se integrem ao sistema, e com o tempo esta mudança na estrutura cerebral permite que nos comuniquemos melhor tanto com o ambiente externo como com o interno, ganhamos saúde, qualidade de vida, perspectivas, em outras palavras bem-estar geral e felicidade.

Os benefícios de pausas meditativas silenciosas são curativos e os antigos mestres já sabiam disso, por isso criaram as variadas técnicas de meditação utilizadas na Medicina Tibetana, algumas associadas com técnicas de respiração para acrescentar saúde e bem-estar ao paciente. A simples e antiga experiência do silencio tem sido um alivio para aqueles que se permitem vivenciar experiências de meditação e depois levam práticas simples para o dia a dia. Em silêncio há iluminação; na quietude, a clareza está sempre presente.

O silêncio é um espaço vazio. O espaço é o lar da mente desperta. - Buda

Por esta e outras razões o Instituto Casa do Encontro e eu, Sonia Santos criamos o Círculo de Meditação, todas as segundas feiras à noite. Queremos oferecer sempre um tema para reflexão e estudo que levam ao autoconhecimento, qualidade de vida e felicidade, aliado a práticas de meditação (Mindfulness e Loving Kindness). Um encontro semanal que pode mudar uma vida. As inscrições pelo e-mail: casadoencontro@gmail são necessárias para que possamos acolher e acomodar a todos.

local: Instituto Casa do Encontro - Rua Vieira de Moraes, 1760 - Campo Belo

Inscrições e informações:
E-mail: casadoencontro@gmail.com ou seratento.2016@gmail.com ou pelo Whatsapp: (11) 99463 5825

sábado, 20 de outubro de 2018

Intensive Mindfulness & Compassion Training





Olá! A Ser Atento MIndfulness e o Espaço de Deva Anupã convidam para o Intensive Mindfulness & Compassion Training, 10 e 11 de novembro. Inscrições abertas - poucas vagas! Valor promocional para comemorar nova parceria.

Quais são as melhores práticas para ensinar a atenção plena, foco, concentração? Quais são as chaves para criar programas bem-sucedidos personalizados para configurações específicas? Como nossa prática de mindfulness impacta e apoia nos tratamentos de saúde emocional e mental?

Convidamos pessoas que desejam aprender habilidades para criar programas de atenção plena em escolas, faculdades, hospitais, clínicas, empresas ou outros ambientes para se juntarem à nossa formação de professores. Com base em uma abordagem multidisciplinar, baseada em evidências, estudos e protocolos científicos este treinamento de um ano combina uma programação que permite que você se torne um professor de meditação especializado em Mindfulness e Compaixão, capacitado a trabalhar com grupos ou de forma individual, além de poder utilizar as técnicas como ferramentas aliadas em processos psicoterapêuticos.

Nosso treinamento Intensivo de 10 e 11 de novembro representa o Módulo I para a capacitação, ou um programa intensivo para quem apenas quer aprender a praticar e treinar a mente em Mindfulness:

• Mindfulness origem e conceito
• Quatro habilidades fundamentais
• Pensamentos (Ruminantes/fantasiosos) x Respiração Consciente
• Reação ao Stress x Resposta ao Stress
• Aceitação x deixar as coisas serem como são
• Significado e Compaixão
• Cuidando de si-mesmo (Importância da Autocompaixão)
• Mindfulness e Compaixão no dia a dia – Controlando stress e ansiedade

Apostilas e áudio. Curso teórico/prático.

Público Alvo: pessoas acima dos 18 anos independente de crenças, profissão ou problemas de saúde.

Local: Espaço Deva Anupã
Endereço: Av Brigadeiro Luis Antonio, 3421 6º andar conjunto 612

Inscrições e informações sobre valores e formas de pagamento com a facilitadora Sonia Santos:
E-mail: seratento.2016@gmail.com ou Whatsapp: (11) 99463 5825

Aproveitem valor promocional para os 10 primeiros inscritos, um presente por esta nova parceria.

A facilitadora Sonia A F Santos – Psicoterapeuta Transpessoal, Analista Junguiana, Trance Therapist, Mindfulness & Compassion Therapist & Instructor. Estuda ensina e pratica filosofia oriental e meditação a 25 anos, atualmente é discípula de Gueshe Nawang Phende de Emory University e de Amchi Seguiyu Rinpoche de Stanford University com quem estuda Psicologia Budista, Ciência Contemplativa e Ciência da Compaixão e sua aplicação nos processos psicoterapêuticos. Atende e dá aulas presencial ou On Line com hora marcada.

sábado, 13 de outubro de 2018

Terapia da Autoconsciência - Conheça a Si Mesmo Primeiro



Você conhece a Terapia da Autoconsciência?



Vamos primeiro conhecer o significado de Autoconsciência - A autoconsciência é a capacidade de estar ciente das experiências, pensamentos e habilidades vividas, é o que nos distingue como humanos em relação aos outros seres vivos. Portanto desenvolver a autoconsciência é muito importante nos processos psicoterapêuticos.

A autoconsciência foi definida como:
“Uma avaliação precisa de um determinado aspecto da situação, funcionamento ou desempenho, ou das implicações resultantes” (Clare et al., 2008).
A autoconsciência também foi definida como:
“Um estado mental em que o conteúdo da consciência se refere a um dado aspecto do conhecimento sobre si mesmo” (Tacikowski et al., 2017). A autoconsciência também é pensada como uma “marca da mente humana”.
Simplificando, podemos dizer que a autoconsciência é uma consciência do self, com a autoconsciência que torna a identidade única, incluindo pensamentos, experiências e habilidades. Um exemplo de autoconsciência seria a capacidade de refletir sobre nossas identidades ou nossas personalidades, como saber o que torna nossa experiência diferente da experiência de outra pessoa. Reconhecer essa diferença é uma parte fundamental da autoconsciência, já que ela pode ser usada de forma empática.

Esta técnica moderna de terapia baseia-se na premissa de que em você existe uma essência que é pura e perfeita, intocada pelas experiências da vida, atenta e livre das distrações, circunstancias e experiências, das emoções destrutivas como raiva, apego e ignorância, que não se afeta, e que está além dos conceitos do ego de dualidade. Esta essência também é conhecida como Self ou Eu Maior, que é infinito e imortal.

A Terapia da Autoconsciência visa possibilitar abrir espaço para a compreensão de quem eu realmente sou, experimentar e sentir a essência verdadeira e dissolver todas as limitações impostas pelo ego e crenças errôneas que desenvolveram comportamentos e hábitos nocivos que nos impedem de evoluirmos como SER.

A Terapia da Autoconsciência tem suas bases dentro da Ciência Contemplativa, Ciência da Compaixão, Psicologia Transpessoal e Integral e, na Sabedoria Antiga. Bases profundas, com décadas de pesquisas e estudos científicos que mostraram os profundos benefícios e a importância de uma nova visão sobre o ser humano e ao desenvolvimento da consciência.

A autoconsciência é importante porque “a autoconsciência precisa é essencial para as melhores atividades da vida diária, pois permite adaptar o comportamento individual a diferentes situações de acordo com suas habilidades reais. A autoconsciência precisa, portanto, impede comportamentos arriscados ou de retirada ”(Chavoix & Insausti, 2017). Em outras palavras, a autoconsciência nos permite saber quais são nossas limitações e nos permite fazer escolhas com base em nossas capacidades.

Os resultados da Terapia da Autoconsciência incluem o desenvolvimento da Compaixão/Empatia/Altruísmo, começando consigo mesmo e expandindo aos outros, melhora na qualidade dos diferentes modelos de relacionamentos (profissional, Interpessoal, familiar), e outros resultados apresentados são:

·        Clareza Mental;
·        Diminuição dos pensamentos ruminantes/fantasioso;
·        Diminuição das atitudes baseadas no piloto automático;
·        Paz Interior;
·        Atitudes Conscientes;
·        Senso de segurança e propósito;
·        Aumento na Inteligência Emocional nos relacionamentos;
·        Criatividade;
·        Acesso a ideias inovadoras;
·        Harmonia entre o mundo interno e externo;
·        Equilíbrio e controle das emoções;
·        Aceitação;
·        Melhora da resiliência e das habilidades de enfrentamento;
·        Desenvolvimento de Coping positivo;
·        Melhora na visão da autoimagem;
·        Redução (cura) do stress e seus sintomas;
·        Definição clara dos valores e princípios de vida que levam a felicidade, bem-estar e qualidade de vida.



Para que estes e outros resultados sejam obtidos é importante que o indivíduo pratique os exercícios e sugestões propostas pelo terapeuta em sua vida diária, tenha esforço e determinação. A Terapia da Autoconsciência fornece uma série de ferramentas para alterar, ajustar comportamentos, crenças e hábitos para levar o indivíduo a ir além das questões e limitações desenvolvidas no passado, acessar seus arquétipos de cura e sabedoria.

Neste entendimento fica claro que a Terapia da Autoconsciência tem fundamento na Espiritualidade, mas não é religiosa e nem impõe nenhuma forma de crença religiosa/religiosidade, ela respeita a crença do indivíduo, o que permite que qualquer pessoa tenha acesso a ela e seja eficaz para:

·         Depressão
·         Ansiedade
·         Stress
·         Certas fobias
·         Baixa autoestima
·         Falta se senso de segurança
·         Falta de confiança
·         Vícios
·         Medo
·         Emoções destrutivas (Raiva, Apego, Ignorancia)
·         Desenvolvimento de novas habilidades e senso de proposito
·         Pensamento inovador
·         Melhora das habilidades de gerenciamento
·         Aumentando as habilidades de empatia e interação
·         Maior consciência nas atividades do cotidiano
·         Desempenho final em esportes, trabalho e vida


Referencias:

1.        Clare, L. Rowlands, J. Bruce, E. Surr, C. Downs (2008) “Eu não faço como eu costumava fazer”: uma abordagem de toeria fundamentada para conceituar a consciência em pessoas com demência moderada a grave que vivem em cuidados de longa duração. Social Science & Medicine, 66
2.       Stella, M. (2016) Befriending Death: Uma Abordagem baseada em Mindfulness para cultivar a autoconscienci no aconselhamento de estudantes. Estudos da morte, 40
3.       Stewart, kA, Tan A., Delgaty L., Gonzale\, MM Bunner M. (2007) Autoconhecimento dos déficits de funcionamento executivo em adolescentes com TDAH. Jornal of attention Disorders
4.      Sutton, A. (2016) Medindo os efeitos da autoconsciência: Construção do questionário Self Awarenss Outcomes. Europes Journal Of Psychology.
5.       Tacikwski, P. Berger Cc, Ehrson, HH (2017) – Dissociando a Base Neural da Autoconsciencia Conceitual da Percepção e do Auto processamento Inconsciente. Córtex Cerebral
6.      Chavoix C., Insausti R. (2017) Autopercepção e lobo temporal medial em doenças neurodegenerativas. Neurociências e Revisões Bio Comportamentais.

Sonia A F Santos – Psicoterapeuta Transpessoal, Analista Junguiana, Mindfulness & Compassion Instructor & Therapist, Self Awareness Therapist. Atende presencial ou On Line, individual ou grupos com hora marcada no Instituto Casa do Encontro no Campo Belo. Proprietária da Ser Atento Mindfulness Brasil, cursos, eventos, palestras e workshops em Mindfulness (MBSR), Mindfulness Of Work, Ciência Contemplativa, Ciência da Compaixão.

Contato:
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