A Importância da
Mindfulness na liderança corporativa
Vivemos tempos de mercados voláteis, consumidores sagazes por
novidades, mudanças tecnológicas constantes, mundo digital e indústria 4.0. Parece
humanamente impossível de acompanhar as taxas de mudanças. As empresas precisam
estarem sempre se renovando e atualizando para poderem acompanhar este fluxo
contínuo de cobranças pela inovação e novas ideias e, para isso necessitam de
agilidade organizacional. E esta agilidade tão importante cobra esforços de
todos os líderes e suas equipes. Os desafios são enormes assim como as
incertezas. Como superar estes desafios?
A atenção plena tem se tornado um treinamento importante nos
vários níveis das empresas para enfrentar estes e outros desafios, permitindo
os funcionários aprendam a fluir de forma lucida, clara, presente, focada em
suas ações. Respondendo em vez de reagindo, pensando fora dos padrões de
comportamentos e conhecimentos tão arraigados. Desenvolvendo um ambiente
saudável e fluído para além das síndromes que surgiram nos últimos anos. Por exemplo:
a cada dia aumentam mais o número de profissionais com Síndrome de Burnout. Uma
definição simples de Burnout pode ser a resposta biológica ao estresse crônico
como o resultado ao esgotamento mental e emocional quando o indivíduo passa por
um longo período de estresse. As mais diferentes áreas profissionais têm
registrado esta síndrome, nem mesmos os líderes das corporações estão longe de
experimentá-la, e com ela vem o desapego emocional, a falta de motivação,
desempenho e produtividade reduzidos, doenças e afastamento do trabalho. Portanto
afeta não só a saúde das pessoas, mas também das empresas.
E o estresse afeta todos os níveis da empresa, mas
normalmente são os líderes que trabalham sobre pressão os que mais são afetados,
porque quanto mais eles investirem em sua motivação de liderar as equipes e
manter a qualidade do desempenho e o nível alto de produtividade maior o risco
de esgotamento físico e mental. E quanto maior o nível da liderança ainda
maiores são os riscos para a saúde.
A Harvard Medical School realizou um estudo em 2013 sobre
Burnout em executivos e descobriu que
96% dos líderes sêniores relataram sentirem-se esgotados em determinado momento
chegando a níveis extremos, principalmente aqueles que acreditavam que deveriam
ser imbatíveis, trabalhavam até 12 horas por dia e enfrentavam grandes desafios
profissionais. E muitos desses profissionais não acreditam que aja outra forma
de fazer tanto ou mais e com excelentes resultados além dos métodos antigos utilizados
por eles.
Se propor a mudar esta forma de pensamento e de viver para
outra muito diferente pode ser uma proposta interessante para quem já foi
afetado pelo estresse crônico e seus sintomas, abrir-se para uma nova forma de
liderança para aqueles que estão entrando neste caminho pode ser um convite
interessante.
Na década de 1970 Jon Kabat Zinn, biólogo molecular e
professor da Medical High School da MIT, integrou práticas de meditação de
origem secular conhecida como Shamatha e denominada por ele de Mindfulness
(Atenção Plena) em tratamentos com pacientes internados. Os resultados
concretos foram muito eficazes no controle das dores crônicas e na redução de
estresse. E a ciência nas mais diversas áreas expandiu as pesquisas e descobriu
uma gama enorme de benefícios. Mindfulness é na verdade uma prática de
meditação de atenção plena ao momento presente, sem críticas ou julgamentos que
junto com outros treinamentos como a Body Scan (Varredura corporal), respiração
focada, exercícios de conscientização entre outros afetam diretamente o
controle e a regulação das emoções, o desenvolvimento da consciência, a inteligência
cognitiva e muito mais.
Para pessoas que exercem cargos de liderança incorporar as
práticas de Mindfulness no dia a dia permite benefícios como: aumento no foco e
na atenção plena, a consciência do que está acontecendo no momento presente, otimização
de atividades, melhores escolhas nas tomadas de decisões, qualidade de
presença, escuta atenta e direcionada, centramento, clareza mental e maior
lucidez. E tudo isso somado transforma o chefe de equipe em um líder consciente,
e isto faz a maior diferença, ou seja, uma abordagem totalmente diferente de
liderança, onde a atenção plena impacta diretamente no trabalho das equipes.
A Neurociências também vem estudando o potencial dos treinamentos
baseados em Mindfulness; muitos estudos já revelaram que a prática disciplinada
e perseverante pode até mudar a estrutura do cérebro, aplicada ao mundo
corporativo significa líderes que podem aprender a pensar fora da caixa, a
trabalhar de diferentes maneiras, a ter ideias mais inovadoras e melhores
relacionamentos interpessoais, o que contribui para prosperarem em suas
carreiras dentro da organização. É o cérebro como uma ferramenta chave na
melhora do desempenho e da produtividade.
“Se você é o líder de
uma empresa, está sendo pago para usar seu cérebro. O fato de que ele não é
visto como o único maior trunfo importante do líder de negócios é surpreendente
para mim. ” Tara Swart – Neurocientista e professora sênior da MIT Sloan
School Management
Isto porque a Neurociências ao descobrir que a Mindfulness
tem a capacidade de mudar a estrutura cerebral, descobriu que o cérebro tem neuroplasticidade,
e para podermos mudar nosso cérebro naquele aspecto que realmente importa,
precisamos praticar a atenção plena. Já Daniel Goleman provocou muitas
discussões ao demonstrar que a Inteligência emocional tem uma enorme influência
no papel do líder.
Atenção plena, inteligência emocional, e saúde mental
revelaram-se para empresas como Apple, Nike e Google treinamentos fundamentais
para seus funcionários, afim de reduzirem a depressão, ansiedade, Burnout,
fadiga da compaixão no ambiente de trabalho. Os líderes deixam de trabalhar
dentro dos domínios da impulsividade, reação e piloto automático para o
funcionamento executivo, criando uma atmosfera emocional mais saudável e
efetiva.
“Parte da chave para a
gestão do tempo é dedicar tempo para pensar, em vez de reagir constantemente” Jeff
Weiner, CEO e fundador do Linkedin
Excesso de atividades e multitarefas, não simbolizam
satisfação no trabalho. Pessoas sobrecarregadas são infelizes, não possuem
qualidade de vida. Isto leva ao aumento de rotatividade e absenteísmo e, como consequência
caem a produtividade e a lucratividade dos negócios. Os profissionais precisam
de tempo, de pausa atencionais além de um respeito à necessidade de lazer e
descanso, aprender a responder em vez de reagir permite que as oportunidades
sejam melhores aproveitadas, assim podem elaborar planejamentos estratégicos
mais eficazes.
É muito importante que as empresas proporcionem programas
tangíveis e saúde, felicidade e bem-estar no ambiente de trabalho. Cabe ao líder
buscar compreender os membros de sua equipe e não só delegar responsabilidades.
A pessoa com quem o indivíduo se reporta no trabalho é tão importante para a
sua saúde quanto o médico. Cabe as empresas proporcionarem aos seus
funcionários segurança, saúde e satisfação.
A falta de valorização também é um fator
importante no desenvolvimento do estresse. Quando o líder trabalha com atenção
plena consegue diferenciar as diferentes habilidades e capacidades de cada
membro da equipe, reestruturando para obter o melhor de cada um em todas as
dimensões. Mark Hoplamazian, executivo da Hyatt Hotels incluiu a atenção plena
e a empatia em sua estratégia de negócios: “Para
praticar a empatia, você precisa estar presente, e um ótimo veículo para estar
presente é estar atento. A atenção plena tornou-se o elemento central do nosso
investimento em bem-estar”
Leve treinamentos, palestras, seminários e retiros de atenção
plena, empatia e bem-estar aos seus funcionários. Tenho certeza que será um
investimento cujos resultados serão profundamente benéficos para todos.
Sonia A F Santos
Ser Atento Mindfulness Brasil
whatsapp (11) 99463 5825
Nenhum comentário:
Postar um comentário