terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

A Importância da Mindfulness na liderança corporativa





A Importância da Mindfulness na liderança corporativa

Vivemos tempos de mercados voláteis, consumidores sagazes por novidades, mudanças tecnológicas constantes, mundo digital e indústria 4.0. Parece humanamente impossível de acompanhar as taxas de mudanças. As empresas precisam estarem sempre se renovando e atualizando para poderem acompanhar este fluxo contínuo de cobranças pela inovação e novas ideias e, para isso necessitam de agilidade organizacional. E esta agilidade tão importante cobra esforços de todos os líderes e suas equipes. Os desafios são enormes assim como as incertezas. Como superar estes desafios?

A atenção plena tem se tornado um treinamento importante nos vários níveis das empresas para enfrentar estes e outros desafios, permitindo os funcionários aprendam a fluir de forma lucida, clara, presente, focada em suas ações. Respondendo em vez de reagindo, pensando fora dos padrões de comportamentos e conhecimentos tão arraigados. Desenvolvendo um ambiente saudável e fluído para além das síndromes que surgiram nos últimos anos. Por exemplo: a cada dia aumentam mais o número de profissionais com Síndrome de Burnout. Uma definição simples de Burnout pode ser a resposta biológica ao estresse crônico como o resultado ao esgotamento mental e emocional quando o indivíduo passa por um longo período de estresse. As mais diferentes áreas profissionais têm registrado esta síndrome, nem mesmos os líderes das corporações estão longe de experimentá-la, e com ela vem o desapego emocional, a falta de motivação, desempenho e produtividade reduzidos, doenças e afastamento do trabalho. Portanto afeta não só a saúde das pessoas, mas também das empresas.

E o estresse afeta todos os níveis da empresa, mas normalmente são os líderes que trabalham sobre pressão os que mais são afetados, porque quanto mais eles investirem em sua motivação de liderar as equipes e manter a qualidade do desempenho e o nível alto de produtividade maior o risco de esgotamento físico e mental. E quanto maior o nível da liderança ainda maiores são os riscos para a saúde.

A Harvard Medical School realizou um estudo em 2013 sobre Burnout  em executivos e descobriu que 96% dos líderes sêniores relataram sentirem-se esgotados em determinado momento chegando a níveis extremos, principalmente aqueles que acreditavam que deveriam ser imbatíveis, trabalhavam até 12 horas por dia e enfrentavam grandes desafios profissionais. E muitos desses profissionais não acreditam que aja outra forma de fazer tanto ou mais e com excelentes resultados além dos métodos antigos utilizados por eles.

Se propor a mudar esta forma de pensamento e de viver para outra muito diferente pode ser uma proposta interessante para quem já foi afetado pelo estresse crônico e seus sintomas, abrir-se para uma nova forma de liderança para aqueles que estão entrando neste caminho pode ser um convite interessante.

Na década de 1970 Jon Kabat Zinn, biólogo molecular e professor da Medical High School da MIT, integrou práticas de meditação de origem secular conhecida como Shamatha e denominada por ele de Mindfulness (Atenção Plena) em tratamentos com pacientes internados. Os resultados concretos foram muito eficazes no controle das dores crônicas e na redução de estresse. E a ciência nas mais diversas áreas expandiu as pesquisas e descobriu uma gama enorme de benefícios. Mindfulness é na verdade uma prática de meditação de atenção plena ao momento presente, sem críticas ou julgamentos que junto com outros treinamentos como a Body Scan (Varredura corporal), respiração focada, exercícios de conscientização entre outros afetam diretamente o controle e a regulação das emoções, o desenvolvimento da consciência, a inteligência cognitiva e muito mais.

Para pessoas que exercem cargos de liderança incorporar as práticas de Mindfulness no dia a dia permite benefícios como: aumento no foco e na atenção plena, a consciência do que está acontecendo no momento presente, otimização de atividades, melhores escolhas nas tomadas de decisões, qualidade de presença, escuta atenta e direcionada, centramento, clareza mental e maior lucidez. E tudo isso somado transforma o chefe de equipe em um líder consciente, e isto faz a maior diferença, ou seja, uma abordagem totalmente diferente de liderança, onde a atenção plena impacta diretamente no trabalho das equipes.

A Neurociências também vem estudando o potencial dos treinamentos baseados em Mindfulness; muitos estudos já revelaram que a prática disciplinada e perseverante pode até mudar a estrutura do cérebro, aplicada ao mundo corporativo significa líderes que podem aprender a pensar fora da caixa, a trabalhar de diferentes maneiras, a ter ideias mais inovadoras e melhores relacionamentos interpessoais, o que contribui para prosperarem em suas carreiras dentro da organização. É o cérebro como uma ferramenta chave na melhora do desempenho e da produtividade.

Se você é o líder de uma empresa, está sendo pago para usar seu cérebro. O fato de que ele não é visto como o único maior trunfo importante do líder de negócios é surpreendente para mim. ” Tara Swart – Neurocientista e professora sênior da MIT Sloan School Management

Isto porque a Neurociências ao descobrir que a Mindfulness tem a capacidade de mudar a estrutura cerebral, descobriu que o cérebro tem neuroplasticidade, e para podermos mudar nosso cérebro naquele aspecto que realmente importa, precisamos praticar a atenção plena. Já Daniel Goleman provocou muitas discussões ao demonstrar que a Inteligência emocional tem uma enorme influência no papel do líder.

Atenção plena, inteligência emocional, e saúde mental revelaram-se para empresas como Apple, Nike e Google treinamentos fundamentais para seus funcionários, afim de reduzirem a depressão, ansiedade, Burnout, fadiga da compaixão no ambiente de trabalho. Os líderes deixam de trabalhar dentro dos domínios da impulsividade, reação e piloto automático para o funcionamento executivo, criando uma atmosfera emocional mais saudável e efetiva.

Parte da chave para a gestão do tempo é dedicar tempo para pensar, em vez de reagir constantemente” Jeff Weiner, CEO e fundador do Linkedin

Excesso de atividades e multitarefas, não simbolizam satisfação no trabalho. Pessoas sobrecarregadas são infelizes, não possuem qualidade de vida. Isto leva ao aumento de rotatividade e absenteísmo e, como consequência caem a produtividade e a lucratividade dos negócios. Os profissionais precisam de tempo, de pausa atencionais além de um respeito à necessidade de lazer e descanso, aprender a responder em vez de reagir permite que as oportunidades sejam melhores aproveitadas, assim podem elaborar planejamentos estratégicos mais eficazes.

É muito importante que as empresas proporcionem programas tangíveis e saúde, felicidade e bem-estar no ambiente de trabalho. Cabe ao líder buscar compreender os membros de sua equipe e não só delegar responsabilidades. A pessoa com quem o indivíduo se reporta no trabalho é tão importante para a sua saúde quanto o médico. Cabe as empresas proporcionarem aos seus funcionários segurança, saúde e satisfação. 

 A falta de valorização também é um fator importante no desenvolvimento do estresse. Quando o líder trabalha com atenção plena consegue diferenciar as diferentes habilidades e capacidades de cada membro da equipe, reestruturando para obter o melhor de cada um em todas as dimensões. Mark Hoplamazian, executivo da Hyatt Hotels incluiu a atenção plena e a empatia em sua estratégia de negócios: “Para praticar a empatia, você precisa estar presente, e um ótimo veículo para estar presente é estar atento. A atenção plena tornou-se o elemento central do nosso investimento em bem-estar

Leve treinamentos, palestras, seminários e retiros de atenção plena, empatia e bem-estar aos seus funcionários. Tenho certeza que será um investimento cujos resultados serão profundamente benéficos para todos.



Sonia A F Santos
Ser Atento Mindfulness Brasil
whatsapp (11) 99463 5825

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