quinta-feira, 25 de junho de 2015

O que é Meditação?


Podemos que é a fundamentação da espiritualidade. Estar consigo mesmo, por alguns momentos, diariamente com a intenção e determinação a partir de um processo ou um método para buscar penetrar por um espaço interior onde somos completos, verdadeiros, centrados, íntegros.

E quanto mais valorizamos e respeitamos a necessidade deste momento, mais aumentamos a nossa consciência sobre o processo que desenvolvemos para chegar a ele, não devemos fazê-lo em busca de resultados concretos e objetivados, mas de encontrarmos a realidade expandida, profunda, satisfatória que a meditação proporciona. Existem muitas técnicas, orientais e ocidentais ligadas à uma crença religiosa ou não, mas não importa aquela com a qual nos identificamos desde que sejamos inteiros e disciplinados, deixando por um momento de lado nossos anseios e agitações para vivenciarmos a experiência da transcendência que deve ser natural, além de descortinarmos muitos de nossos aspectos e características encobertos pelo véu da ilusão.

Alguns preparos são importantes, mas muito mais do que estar num templo silencioso, precisamos mesmo é de remover as distrações cotidianas, e mantermos foco e atenção a um objeto ou à respiração, sem nada esperarmos que algo de místico aconteça. Quem pratica meditação, seja um praticante iniciante ou um avançado, todo lugar é lugar de prática, todo momento é o momento adequado, e tudo pode ser incluído, até mesmo os próprios pensamentos ou os ruídos da vida cotidiana. E é assim que acessamos outras dimensões ou estágios da consciência.

Quando muitas regras são estabelecidas além dos controles sobre o corpo, a mente reiteradamente busca desculpas para evitar a prática. É claro, que ter um momento sem atividade além do ato de respirar naturalmente e sem esforço, sentado em uma posição confortável, num ambiente tranquilo, faz muita diferença na qualidade da prática meditativa e no número de benefícios proporcionados. Mas meditação também é movimento, também é dança, é visualização, é canto e repetição. É a hora do banho é hora de meditação, assim como podemos meditar caminhando.


Budha ensinou a importância de tirarmos pelo menos quarenta minutos para sentarmos sem fazer nada. Não disse que tínhamos que esperar pela iluminação com a “subida da energia da Kundalini”, ou que deveríamos esperar pelos espasmos musculares quando penetrássemos pelas dimensões superiores da consciência, ou que iríamos visualizar seres extraordinários. Criaram-se ao longo dos tempos expectativas místicas, que apenas serviu para afastar as pessoas deste simples momento de estar consigo mesmo, abrindo espaço para uma experiência de unidade com todo o Universo. Integrando as partes abandonadas pelos excessos da vida cotidiana tão cheia de cobranças e tensões.

As pessoas que parecem temer este contato consigo mesmas,  elas não sabem que a meditação muda o nosso mundo exterior, os nossos relacionamentos, o olhar sobre os problemas, sobre a vida, porque acima de tudo muda o nosso interior. Tornamo-nos naturalmente mais pacientes, focados, centrados, atentos, melhoramos a nossa memória, nos tornamos pessoas melhores. Tudo isto e a ciência ainda a cada dia revela mais, porque simplesmente nos voltamos para dentro por alguns momentos. E isto é a verdadeira meditação.

Não importa a crença religiosa ou espiritual de cada um, o que mais observamos são pessoas vivendo uma enorme incoerência, a grande maioria estabelece metas para a vida privada e/ou profissional, sem levar em consideração o árduo caminho que será necessário para que possam ser alcançadas, que se opõe ao ritmo de vida e das condições gerais. Falta uma real análise das condições, da flexibilidade necessária, do contexto emocional, da educação. Obviamente que estas metas ou sonhos deixam claro que apenas estão buscando o fim do sofrimento e da dor. Parece que existe uma cobrança interna que mantém a pessoa ocupada demais, desenvolvendo hábitos e comportamentos nocivos, relações doentias e estéreis para justificar as metas mesmo que inconscientemente. Fica difícil aceitar então o convite para fazer este retiro para os reinos interiores, é mais fácil construir algo no mundo externo, do que escavar nosso mundo sombrio e silencioso. Estamos invertendo as nossas mais antigas inclinações de recolhimento, introspecção e abnegação.


Os praticantes de meditação regulam melhor as suas emoções, conhecem-se melhores, atuam a partir de dentro, escolhem melhor suas opções de crenças e estilos de vida, estabelecem uma conexão com o Universo de forma única e sem tendências. Então porque não começar a meditar!

terça-feira, 23 de junho de 2015

O que é ATENÇÂO?

 Atualmente ouvimos falar muito sobre a importância da – atenção, e Atenção Plena claro!. Mas afinal o que é atenção?

Este é um termo muito difícil de conceituar, ou ao menos de termos uma ideia clara sobre seu significado. O Psicólogo William James (1890) disse que: “Todo mundo sabe o que é atenção. É a tomada de posse da mente de forma clara e vívida... ela implica na retirada de algumas coisas, a fim de lidar eficazmente com outras”. 

Talvez o maior problema é que encontramos um leque de conceitos, que talvez muitos psicólogos e outros profissionais da Saúde Mental não concordem. Shiffrin (1988, p.739) tem uma definição mais precisa: “A atenção tem sido usada para se referir a todos os aspectos da cognição humana que o sujeito pode controlar... e para todos os aspectos da cognição que tem a ver com recursos limitados ou a capacidade e métodos de lidar com essas restrições”. 

Entretanto a palavra – todos – que é utilizada duas vezes, sugere que existem muitos aspectos da atenção envolvidos. Não existe então nenhum acordo que demonstre que a atenção seja caracterizada por uma capacidade limitada para o processamento de informações e que essa atribuição possa ser intencionalmente controlada. Desimone e Duncan (1995, p193) capturam as propriedades da atenção visual e dizem que: “O primeiro fenômeno básico é a capacidade limitada de processamento de informações. Em um determinado momento, uma pequena quantidade de informação disponível sobre a retina pode ser processada e utilizada.” Obviamente que temos a sensação subjetiva que podemos ser capazes de escolher o que estamos a perceber com a visão, existe uma grave limitação da quantidade de informação que podemos ver a qualquer momento. Afinal, só podemos olhar em uma direção de cada vez e assim só podemos captar uma cena por vez.  Estas são as características centrais do desempenho do ser humano, com a qual todos nós estamos subjetivamente familiarizados e também para a qual existe um grande corpo de evidências científicas. Então podemos entender o que é atenção. Mas será que podemos compreender todas as variedades de atenção? E se, por exemplo, você estiver olhando em uma direção, você consegue ouvir uma conversa que ocorre atrás de você? Você é capaz de olhar em uma direção e, ao mesmo tempo observar algo “que acontece no canto do seu olho”?

Sabemos que existe uma variedade de formas de atenção, e é importante levarmos isto em consideração quando nos cobramos, ou cobramos do outro que tenha ou que procure desenvolver a – atenção plena. Existe uma variedade de situações ocorrendo ao mesmo tempo, visuais, auditivas, sinestésicas, emocionais; não parece plausível que deva haver um único mecanismo, ou recurso computacional interno, como a base causal de todos os fenômenos da atenção, ou que deva haver uma base unitária de pensamento, ou percepção ou de qualquer outra categoria tradicional da Psicologia.

Imagine uma situação. Você está caminhando ao lado de um amigo em um parque cheio de árvores, e ao olhar para uma árvore você vê uma bela borboleta atrás de uma folha, em um galho específico. Então você pede ao seu amigo que observe a borboleta, é claro que você  lhe passa as instruções sobre qual árvore, e galho ele deve focar a atenção, buscando observar a borboleta. É presumível que ambos compartilham um entendimento comum sobre o que é atenção.

Enquanto você observa atentamente a árvore, o galho e a folha para não perder a borboleta de vista, esperando que ela voe em uma determinada direção, criando assim uma expectativa que é acompanhada por todo o seu corpo e mente, que não permite que nem mesmo uma lagarta em movimento mude a direção do foco de sua atenção, até que de repente uma maçã cai no chão de uma outra árvore, e o barulho o distrai, removendo o foco de sua atenção que agora passa a ser a maçã.  Em outras palavras, sua atenção foi automaticamente capturada. Passam-se alguns segundos pelo menos até que você consiga retomar a atenção sobre a borboleta e todo um novo processamento se faz necessário, buscando a árvore certa, o galho e a folha para encontrar a borboleta.

Sei que é um exemplo muito simplório, apenas uma tarefa visual. Uma tarefa simples, onde deve haver algum tipo de criação do seu sistema cognitivo que permitiu encontrar a arvore, em seguida a folha em vez da árvore, formando assim uma corrente de processamento. Ao encontrar a folha selecionada entre tantas que surgem em sua localização espacial. Ao encontrar a folha específica, espera encontrar também a borboleta específica.  Neste momento desencadeia um input perceptual, uma expectativa – encontrar a borboleta.

Muitas experiências em atenção utilizam um paradigma seletivo, onde o assunto se prepara para responder a um determinado conjunto de estímulos. A noção de seleção traz consigo a noção complementar de ignorar alguns outros estímulos à custa daqueles que são selecionados para o processamento atencional.

Este processamento está sujeito às mudanças ambientais, que podem mover o foco da atenção, que é a situação da queda da maçã; mudanças importantes que interrompem o processo da atenção e chamam o foco para si. Um processo automático é um que é definido como não requerendo atenção embora aconteça naturalmente. O importante é que se você realmente estava atento na observação da borboleta, pode então por algum processo ou mecanismo interno para voltar à tarefa original – a borboleta.

Se você se mantiver devidamente atento ao cenário da borboleta pode tornar-se cada vez mais difícil impedir que a sua atenção se torne errante. Mas se você tiver dificuldade de concentração, irá precisar demandar de algum esforço para não perder a atenção; porque sabemos que se desviarmos o olhar perderemos a borboleta, não há como olhar para dois lugares ao mesmo tempo. Nosso campo visual é limitado, assim como o são nossas outras formas de sentidos.

O estudo da atenção é extenso. Hoje somos cobrados para atenção PLENA. Por favor, alguém pode me dizer como posso ter atenção PLENA na borboleta, de forma calma, sem demandar um grande esforço e sem permitir que meus outros sentidos me distraiam? Sabemos por diversos estudos e pesquisas que a prática de meditação e principalmente a que mais está sendo estudada desenvolve nossa capacidade de foco e atenção, mas é preciso cuidado, não se desenvolve a atenção plena da noite para o dia. O que muitas pessoas não sabem é que estes estudos são feitos com base nos resultados obtidos com monges ou meditadores avançados.

Sou professora de Meditação a muitos anos, inclusive da técnica Mindfulness atualmente tão comentada. Mas chamei à reflexão a importância do que estamos cobrando de nós mesmos, foco e atenção plena no momento presente (24 horas por dia), e desta forma causando um profundo stress ao no corpo físico, mental e emocional. O stress é hoje um dos principais fatores de várias formas de doenças, inclusive as autoimunes que aumentam de incidência de forma preocupante. Estar relaxado, presente, estimulado, motivado e ao mesmo tempo focado, consciente e ainda atento plenamente parece algo impossível.

A vida cotidiana tão cheia de responsabilidades, metas e compromissos parece não dar nem mesmo tempo para diminuir as taxas hormonais desequilibradas pelo stress de forma natural e saudável, sem uso de medicamentos e mudanças nos hábitos alimentares.


A meditação antes de desenvolver a chamada atenção plena, contribui acima de tudo para nos ajudar a encontrarmos ao menos algum tempo para estarmos conosco mesmos, e sim, desenvolvendo a atenção em nosso corpo, nossa mente, nossas emoções, e a partir daí, podemos com tempo, disciplina e mudanças de comportamentos desenvolvermos uma qualidade melhor de atenção. Parar alguns minutos todos os dias, pode sim melhorar e muito a qualidade de foco e atenção, mas é preciso avaliar bem porque um indivíduo não consegue ter foco, porque ele se perde continuamente em distrações que atrapalham os seus resultados. Afinal foco e atenção são muito importantes para quem quer ter sucesso!

Referência:
·         Shiffrin, R. M. (1988) – Attention Vol 2 Learning and cognition Willey & Sons, Inc.
·         Duncan, J. (1984)  The locus of Interference in the perception of simultaneous stimuli.
·         James, W. (1890) The Principles of Psychology

segunda-feira, 22 de junho de 2015

(MBSR) Mindfulness Based Stress Reduction (MBSR)



Programa Intensivo de Redução de Stress através
da Meditação Mindfulness em Julho

Qualquer um pode aprender a ter atenção plena, foco e mais concentração. É simples, mas desafiador exige compromisso e disciplina, porém os resultados são múltiplos e podem significar mudança de vida em todos os aspectos.

MBSR incorpora técnicas de meditação, Yoga suave e, exercícios para mente/corpo que ajudam as pessoas a lidarem o cotidiano de forma consciente mesmo com todo o stress e seus sintomas. MIndfilness Based Stress Reduction  (MBSR) atua além de problemas psicológicos como angustias, tristezas, depressão, falta de concentração e memória, cansaço físico e mental, insônia, etc. mas também nos problemas de saúde física como problemas cardiorrespiratórios, dores crônicas, pressão arterial, neurológicos etc.

Aqueles que fizeram um curso de MBSR relatam que passaram a se sentir mais engajados no trabalho ou nos estudados, melhoram a qualidade de seus relacionamentos, tornaram-se mais energizados e menos ansiosos. Dormem melhor. E sentem diferenças nos sintomas físicos causados pelo stress. Todo o Programa Intensivo segue a mesma programação do Programa de 8 semanas e foi elaborado para atender as necessidades de quem não tem tempo para um programa mais longo, mas deseja obter os mesmos resultados. É organizado de acordo com protocolos de pesquisas cientificas, acompanhado de apostila e CD, e muita prática.

O que está incluído:

·           Mindfulness: O que é? E de onde vem? Principais Fundamentos e Body Scan;
·         Mindfulness e Meditação, Respiração Consciente, relação corpo/mente; Exercícios respitatórios;
·         Prática para a vida diária; compreendendo o Stress e seus sintomas;
·         Atitudes fundamentais; Pensamentos Ruminantes, Sentimentos e Sensações;
·         Mindfulness das Emoções; sistemas de regulação emocional; Memorias Emocionais no corpo;
·         Yoga Suave, Relaxamento, estabelecendo a aceitação; posturas e ações; diminuindo os processos mentais automáticos;
·         Estudo da Consciência, estados, estádios, estágios, camadas e níveis;
·         Os Cinco Obstáculos; Mindfulness e as diferentes desordens psicológicas;
·         Kinhin (Pratica caminhando), Desenvolvendo a Resiliência, Relacionamentos e Bem-Estar

Data: 11 de Julho das 13h às 19h e 12 de Julho das 9.30h às 17h

Inscrições por e-mail:  saleela.devi@gmail.com

Valor do Investimento Individual: R$ 600,00

Sendo: - Taxa de Inscrição de R$ 100,00 para reservar uma vaga e o valor restante pode ser facilitado em duas vezes. Uma parcela na data do evento e a outra com cheque pré-datado para 30 dias.

Vagas: 10

No dia serão entregues apostilas,  CD e Certificado de Participação.

Facilitadora – Sonia Ap F Santos – Psicoterapeuta, Analista Junguiana, Integral Therapist, Mindfulness Therapist, Trance Therapist, Terapia de Regressão, Hipnose Ericssoniana, Voice Dialogue, Psicologia Contemplativa, Terapia Focada na Compaixão, Professora de Hatha e Asthanga Yoha, Instrutora ded Meditação, Spiritual And Life Coach. Facilitadora e coordenadora de Cursos, Workshops, Seminários, Retiros e Palestras na área de Desenvolvimento e Expansão da Consciência, Saúde Mental e Espiritualidade Integral.

Curtam nossos Blogs e leiam nossos textos, faça comentários, eles me ajudam na busca do aperfeiçoamento profissional:

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Leve a meditação para dentro da sua empresa, conheça mais sobre a meditação On The JOB.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

DEPRESSÃO

Quero convidar para uma reflexão sobre a Depressão. Sabemos que ela pode surgir de diferentes formas, desde uma tristeza rápida a um diagnostico psicológico ou físico mais grave, e que, portanto necessitam de tratamento, e não a como evitar o processo. A depressão pode surgir por causa genética, psicológica e até mesmo ambiental, e também ser decorrente de doenças físicas, e incide mais nas mulheres do que nos homens, talvez devido a problemas hormonais significativos.

A minha especialidade é a Psicologia Budista e a Integral que inclui os conceitos e ensinamentos da Psicologia Budista, por isso me sinto mais a vontade para falar sobre este ponto de vista. Para a Psicologia Budista um dos motivos básicos por trás da depressão está o egoísmo. Isto não significa obviamente que a pessoa que está com um quadro depressivo deve sentir-se culpada por isso, e uma das abordagens técnicas de tratamento está na prática da meditação Metta Bhava (Bondade Amorosa) com ênfase na Terapia Focada na Compaixão e Altruísmo. Com certeza não são técnicas de tratamento breve. E um aspecto interessante nesta reflexão é que focar na Compaixão e no Amor levando em consideração o respeito, perdão e compaixão não somente para si próprio como para com os outros também.

Uma forte insatisfação consigo mesmo pode ser considerada uma das grandes causas da depressão, muitas pessoas sentem-se como não participantes do mundo que gira à sua volta, muitas vezes são apenas um número, um número da estatística, não os como os heróis dos livros, do cinema ou da mídia, cheios de coragem, determinação ou resiliência. E não se dão conta que passado os cinco minutos da fama, muitos dos heróis tão louvados estão hoje abandonados com suas lembranças como os ídolos das músicas do passado. Antes de tudo é necessário uma profunda compreensão em si mesma um estado mental, não está disponível nas drogas que viciam, nem no sexo ou nos bens materiais conquistados.


A busca pelo desenvolvimento da consciência nos leva à percepção que a felicidade é como uma luz que irradia em qualquer ambiente, iluminando a própria fonte e a tudo à sua volta. A exigência é de uma mudança de estado mental, do nosso humor – um processo que é ao mesmo tempo (ou aparentemente) simples, mas que dificilmente ocorre com a urgência que o depressivo gostaria. Temos esta capacidade – a de mudar, transformar – a nossa mente, mas posso dizer com certeza que isto exige esforço, dedicação, comprometimento, disciplina.

Conforme Andrew Soloman em Anatomia da Melancolia – “Quando você está deprimido, o passado e o futuro são absorvidos inteiramente pelo presente, como no mundo de uma criança de três anos de idade. você não pode nem lembrar de se sentir melhor, nem imaginar que você pode se sentir melhor. Sendo chateado, mesmo profundamente perturbado, é uma experiência temporal, enquanto que a depressão é atemporal. Depressão significa que você não tem nenhum ponto de vista”.
É muito importante que o indivíduo que está em um quadro depressivo consiga perceber aquele instante em que consegue vislumbrar um caminho, uma saída, uma oportunidade de fazer a transformação mais efetiva no seu estado mental.
Este momento que poderíamos chamar de uma porta aberta é muito importante, no Livro “Um Curso em Milagres” está escrito que os milagres acontecem quando tudo está certo. Muitos são os Mestres e Sábios do Oriente que nos ensinam a parar de resistir – a não resistência – provoca mudanças contínuas. Neste momento, a prática da Meditação, torna-se efetiva, pois com ela aprendemos a controlar a mente, diminuir a influencia dos pensamentos ruminantes e fantasiosos, mudar hábitos e comportamentos nocivos, obter clareza e foco.

SS Dalai Lama ensina: “Houve um estudo empírico que descobriu que as pessoas que têm a tendência a usar mais os termos de auto referências tendem a ter mais problemas de saúde. Estas pessoas têm maior envolvimento com o Self. Ser auto absorvido tem um efeito imediato de estreitar o foco. É como ser pressionado para baixo por uma carga pesada. Se, por outro lado, a pessoa pensar mais sobre o bem-estar dos outros, ele imediatamente se sentirá mais expansivo, liberado e livre. Problemas que antes eram enormes, parecem se tornar mais manejáveis”.

Em um fórum de discussão da Psicologia Budista, onde o egocentrismo foi passada a seguinte mensagem: “Experimentei – me ao extremo, ao ponto de tentar o suicídio, e acho que posso entender o ponto de vista até certo ponto. A noção do egocentrismo tem receio de ter que concordar. Por minha própria experiência, que vem de um quadro depressivo clinico extremo, cheguei à outra extremidade – a cura, e acredito que o egocentrismo pode ser a própria causa da minha depressão. Mas não só da minha depressão, mas de cada doença no mundo como a conheço. A ironia é que só posso ver isto agora, em retrospectiva, olhando para a minha historia de depressão – era ego em todo o caminho, era eu, eu, eu, meus problemas, a minha depressão, o meu passado, o meu, meu meu...”, meu próprio ego me imobilizava, um fascínio egocêntrico, que manteve meu quadro depressivo por muito tempo. Mas foi quando considerei que – e apenas talvez – que eu era um dos seis bilhões de pessoas que vivem no planeta, e nele outras pessoas poderiam ter problemas muito piores que a minha depressão, e neste instante a minha mente começou a clarear. Foi quando percebi que estava sendo egoísta e desperdiçando a minha vida, preso ao estado de – desculpe-me, mas só estou um pouco melhor. Era uma masturbação mental. Tudo o que eu fazia era alimentar meu ego, entregando seus pequenos caprichos e desgraças, sentindo pena de mim mesmo. E pensei: O que eu estou fazendo para a humanidade? Nada. E isto é egoísmo em seu mais alto grau. Claro que havia a grande maldição do ego sempre bem nutrido – a raiz de toda a depressão – é que quando você está neste estado, você não consegue enxergar isto pelo que de fato é! É como as pessoas presas na Matrix, elas não acreditariam se você lhes dissesse que estão vivendo um sonho.  Cada um deve acordar para si mesmo, e então verá!” Joshua Bryer.

Buddha ensina: “Nós damos forma à nossa vida pelos nossos pensamentos; tornamo-nos o que nós pensamos. Quando a mente é pura, a alegria segue como uma sombra que nunca vai embora”.
Ouvimos sempre as pessoas com depressão dizerem: “Hoje estou tão deprimida”, “Me sinto tão miserável”, “A vida é uma droga”, “Tudo é tão ruim”, “Eu não consigo mudar”. E quanto mais elas repetem esta fórmula, mais ela se torna a realidade. E a pessoa fica cega para as necessidades daqueles que estão à sua volta, dos amigos e familiares, em vez de ajudar, fica sempre se lamentando e pedindo ajuda em primeiro lugar. Logico que o Feedback é negativo, muitas pessoas se afastam, o grau de satisfação diminui ainda mais, os relacionamentos pioram, e vêm a dor da solidão.

A prática da Meditação, não somente a Mindfulness, mas a Zen e tantas outras técnicas meditativas melhoram o estado de espírito, ele se torna mais positivo.  As afirmações positivas, feitas com frequência, como um Mantra também possuem forte efeito terapêutico. É uma técnica muito simples, requer atenção, foco, concentração, persistência, mas assim vai mudando aos poucos o estado de espirito negativo.

Lama Yeshe do Instituto Vajrayogini, França disse em 1983: “As pessoas cuidam só do corpo, não cuidam da mente e o resultado deste desequilíbrio é a depressão. Para a maioria das pessoas ocidentais este é o caso: só o corpo é a realidade e eles não se preocupam com a existência da alma, da mente e da consciência. Eles não acreditam que podem mudar a sua mente, podem mudar o nariz com uma cirurgia, mas não acreditam que podem mudar a mente. E enquanto pensarem assim, não haverá nenhuma forma de resolver a questão da depressão. Nossos pensamentos, nossa mente ou a consciência são uma energia mental, e não pode ser localizada no corpo ela não pode ser tocada, não tem forma, e não viaja no tempo nem no espaço. Nós não podemos tocá-la nem compreendê-la”.

Então aprendemos que é preciso entender a visão que o ser tem de si mesmo, e do seu ambiente estão baseadas em sua própria mente; que a mente projeta e é por isto que a projeção não é real.

Thich Nhat Hanh ensina: “Todas as manhãs, quando acordamos, temos vinte e quatro horas novíssimas para viver. Que presente precioso! Nós temos a capacidade de viver de uma forma que estas 24 horas vai trazer paz, alegria e felicidade para nós e para os outros. A paz está presente aqui e agora, em nós mesmos e em tudo o vemos e fazemos. A questão é se estamos ou não em contato com ele. Não precisamos viajar muito longe para ver o céu azul, nem precisamos deixar a cidade para ver o sorriso de uma criança. Até o ar que respiramos pode ser fonte de alegria”.



REFERENCIA:
·         The Mindfulness Path – Christopher K. Germe, Jon Kabat Zinn
·         When Things Fall Apart – Pema Chodron
·         Lugares que Assustam – Pema Chodron
·         Trabalhando a Raiva – Thubten Chodron
·         www.lamayeshe.com article 272
·         www.viewonbudhism.org


terça-feira, 2 de junho de 2015



Oficina de  Introdução à  Prática Meditativa

Desenvolvimento de práticas meditativas
Para sua saúde e qualidade de vida
Apenas 10 Vagas

Um grupo especialmente elaborado para abordar as principais técnicas e metodologias de meditação de uma forma clara e objetiva, sem se apegar a misticismo, dogmas ou crenças religiosas.

Ao longo do tempo a grande maioria das religiões e filosofias desenvolveram métodos para auxiliar as pessoas no seu processo de desenvolvimento como Ser, para aprenderem a Estar no mundo de forma produtiva e evolutiva. Estas técnicas eram consideradas muito importantes e significativas pois visavam conduzir o individuo ao seu mundo interior para conhecer-se melhor e assim pudesse melhor colaborar no mundo externo como individuo participante de sua sociedade.

Porque Meditar? A Meditação promove o desenvolvimento da atenção plena, concentração, aumenta a percepção de si-mesmo e dos outros, da realidade que nos cerca, provoca o autoconhecimento, provoca mudanças nos padrões de comportamento, atua nas crenças e nos hábitos. Transforma nossos valores internos e na maneira com que lidamos no nosso dia a dia nas relações sociais, amorosas, profissionais, afeta a qualidade da nossa saúde física, mental, emocional e muito mais.

A meditação também é um estado que reconhece como imutável a serenidade natural do Ser por trás de todos os pensamentos, sentimentos e sensações. Possibilita ao praticante ir ao encontro de sua própria sabedoria, aquela que é inerente a todo Ser Humano revelando assim o seu potencial, capacidade de resiliência e desenvolvimento da habilidade de enfrentamento diante das diferentes situações do cotidiano.

A meditação no Ocidente ganhou mais visibilidade através dos protocolos de pesquisas científicas que comprovam os múltiplos benefícios na saúde física, mental, emocional e porque não dizer também na espiritual. Sabemos que diminui a ansiedade, o stress, problemas de déficit de atenção, insônia, dores crônicas  de doenças autoimunes, oncológicas, cardiorrespiratórias entre outras além de atuante nas doenças psicossomáticas.

Grandes corporações investem em salas e cursos de meditação, centros hospitalares incluem a meditação como parte no tratamento de doenças, a área da Educação investe na meditação nas escolas. As contribuições da meditação são de fato inquestionáveis.

Serão abordados grandes temas:

·         Conceito, objetivos e benefícios da pratica meditativa;
·         As práticas contemplativas dinâmicas;
·         Body Scan, exercícios respiratórios e corporais;
·         Obstáculos à Meditação e Antídotos;
·         Meditação com e sem objetos;
·         Estados e Estágios de Consciência na meditação;
·         Antar Mouna – Silêncio Interior
·         Caos ou Calma – Reescrevendo a resposta ao Stress;
·         Trabalhando com a Resistência;
·         Prática do Zazen - O silêncio mental, o vazio e a mente pura;
·         A prática reflexiva - Koans
·         A Prática Contemplativa – Serenando as emoções, desenvolvendo a compaixão e amorosidade – Metta Bhavana (Loving Kindness);
·         Os Limites da meditação.
·         Meditação Shamânica
·         Meditação Cristã e Hebraica
·         Meditação Chakras

Valor do Investimento mensal: R$ 180,00 -  Material (apostilas e músicas) enviado por e-mail.

É necessário Taxa de Reserva da Vaga de R$ 40,00

Duração – Um ano -  Aulas Semanais  

Inicio – 2 de Julho (turma da quinta feira) - todas as quintas feiras – das 16h às 17.15h
           -  1 de Julho (turma da quarta feira) - Todas as quartas feiras das 18.30h às 19.45h

Vagas: 10 pessoas

Público Alvo: Profissionais das áreas de: Educação, Saúde, Jurídica, Executivos que desejam desenvolver a Liderança Consciente, estudantes e praticantes de meditação que querem melhorar a técnica. Pessoas com problemas de saúde como: Depressão, Ansiedade, Stress, Dores Crônicas. Pessoas que buscam autoconhecimento, ampliar sua capacidade de percepção de si – mesmo, dos outros e da realidade e seu contexto, permanecerem na “calma”.

Endereço: Rua Dona Eponina Afonseca, 130 Chácara Santo Antonio Zona Sul SP/SP

Contato com a facilitadora para inscrição:

E-mail: saleela.devi@gmail.com ou Tel. (11) 9 9463 5825

Blogs:
www.facebook.com/SerAtento


Leve este e outros cursos e workshops para seu espaço ou empresa.
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saleela.devi@gmail.com