Mindfulness é o caminho da transformação para quem deseja encontrar paz, equilíbrio emocional, o despertar para um vida mais feliz e tranquila - Sempre sonhe mesmo quando acordado!
terça-feira, 30 de junho de 2015
quinta-feira, 25 de junho de 2015
O que é Meditação?
Podemos que é a fundamentação da espiritualidade. Estar consigo mesmo, por alguns momentos, diariamente com a intenção e determinação a partir de um processo ou um método para buscar penetrar por um espaço interior onde somos completos, verdadeiros, centrados, íntegros.
E quanto mais valorizamos e respeitamos a
necessidade deste momento, mais aumentamos a nossa consciência sobre o processo
que desenvolvemos para chegar a ele, não devemos fazê-lo em busca de resultados
concretos e objetivados, mas de encontrarmos a realidade expandida, profunda,
satisfatória que a meditação proporciona. Existem muitas técnicas, orientais e
ocidentais ligadas à uma crença religiosa ou não, mas não importa aquela com a
qual nos identificamos desde que sejamos inteiros e disciplinados, deixando por
um momento de lado nossos anseios e agitações para vivenciarmos a experiência da
transcendência que deve ser natural, além de descortinarmos muitos de nossos
aspectos e características encobertos pelo véu da ilusão.
Alguns preparos são importantes, mas muito
mais do que estar num templo silencioso, precisamos mesmo é de remover as
distrações cotidianas, e mantermos foco e atenção a um objeto ou à respiração,
sem nada esperarmos que algo de místico aconteça. Quem pratica meditação, seja
um praticante iniciante ou um avançado, todo lugar é lugar de prática, todo
momento é o momento adequado, e tudo pode ser incluído, até mesmo os próprios
pensamentos ou os ruídos da vida cotidiana. E é assim que acessamos outras
dimensões ou estágios da consciência.
Quando muitas regras são estabelecidas além
dos controles sobre o corpo, a mente reiteradamente busca desculpas para evitar
a prática. É claro, que ter um momento sem atividade além do ato de respirar
naturalmente e sem esforço, sentado em uma posição confortável, num ambiente
tranquilo, faz muita diferença na qualidade da prática meditativa e no número
de benefícios proporcionados. Mas meditação também é movimento, também é dança,
é visualização, é canto e repetição. É a hora do banho é hora de meditação,
assim como podemos meditar caminhando.
Budha ensinou a importância de tirarmos pelo
menos quarenta minutos para sentarmos sem fazer nada. Não disse que tínhamos que
esperar pela iluminação com a “subida da energia da Kundalini”, ou que
deveríamos esperar pelos espasmos musculares quando penetrássemos pelas
dimensões superiores da consciência, ou que iríamos visualizar seres
extraordinários. Criaram-se ao longo dos tempos expectativas místicas, que
apenas serviu para afastar as pessoas deste simples momento de estar consigo
mesmo, abrindo espaço para uma experiência de unidade com todo o Universo.
Integrando as partes abandonadas pelos excessos da vida cotidiana tão cheia de
cobranças e tensões.
As pessoas que parecem temer este contato
consigo mesmas, elas não sabem que a
meditação muda o nosso mundo exterior, os nossos relacionamentos, o olhar sobre
os problemas, sobre a vida, porque acima de tudo muda o nosso interior. Tornamo-nos
naturalmente mais pacientes, focados, centrados, atentos, melhoramos a nossa
memória, nos tornamos pessoas melhores. Tudo isto e a ciência ainda a cada dia
revela mais, porque simplesmente nos voltamos para dentro por alguns momentos. E
isto é a verdadeira meditação.
Não importa a crença religiosa ou espiritual
de cada um, o que mais observamos são pessoas vivendo uma enorme incoerência, a
grande maioria estabelece metas para a vida privada e/ou profissional, sem
levar em consideração o árduo caminho que será necessário para que possam ser
alcançadas, que se opõe ao ritmo de vida e das condições gerais. Falta uma real
análise das condições, da flexibilidade necessária, do contexto emocional, da
educação. Obviamente que estas metas ou sonhos deixam claro que apenas estão
buscando o fim do sofrimento e da dor. Parece que existe uma cobrança interna
que mantém a pessoa ocupada demais, desenvolvendo hábitos e comportamentos
nocivos, relações doentias e estéreis para justificar as metas mesmo que
inconscientemente. Fica difícil aceitar então o convite para fazer este retiro
para os reinos interiores, é mais fácil construir algo no mundo externo, do que
escavar nosso mundo sombrio e silencioso. Estamos invertendo as nossas mais
antigas inclinações de recolhimento, introspecção e abnegação.
Os praticantes de meditação regulam melhor as
suas emoções, conhecem-se melhores, atuam a partir de dentro, escolhem melhor
suas opções de crenças e estilos de vida, estabelecem uma conexão com o
Universo de forma única e sem tendências. Então porque não começar a meditar!
terça-feira, 23 de junho de 2015
O que é ATENÇÂO?
Atualmente ouvimos falar muito sobre a
importância da – atenção, e Atenção Plena claro!. Mas afinal o que é atenção?
Este é um termo muito difícil de conceituar,
ou ao menos de termos uma ideia clara sobre seu significado. O Psicólogo William
James (1890) disse que: “Todo mundo sabe
o que é atenção. É a tomada de posse da mente de forma clara e vívida... ela
implica na retirada de algumas coisas, a fim de lidar eficazmente com outras”.
Talvez o maior problema é que encontramos um
leque de conceitos, que talvez muitos psicólogos e outros profissionais da
Saúde Mental não concordem. Shiffrin (1988, p.739) tem uma definição mais
precisa: “A atenção tem sido usada para
se referir a todos os aspectos da cognição humana que o sujeito pode
controlar... e para todos os aspectos da cognição que tem a ver com recursos
limitados ou a capacidade e métodos de lidar com essas restrições”.
Entretanto a palavra – todos – que é utilizada duas vezes, sugere que existem
muitos aspectos da atenção envolvidos. Não existe então nenhum acordo que
demonstre que a atenção seja caracterizada por uma capacidade limitada para o
processamento de informações e que essa atribuição possa ser intencionalmente controlada.
Desimone e Duncan (1995, p193) capturam as propriedades da atenção visual e
dizem que: “O primeiro fenômeno básico é
a capacidade limitada de processamento de informações. Em um determinado
momento, uma pequena quantidade de informação disponível sobre a retina pode
ser processada e utilizada.” Obviamente que temos a sensação subjetiva que podemos
ser capazes de escolher o que estamos a perceber com a visão, existe uma grave
limitação da quantidade de informação que podemos ver a qualquer momento. Afinal,
só podemos olhar em uma direção de cada vez e assim só podemos captar uma cena
por vez. Estas são as características centrais
do desempenho do ser humano, com a qual todos nós estamos subjetivamente
familiarizados e também para a qual existe um grande corpo de evidências
científicas. Então podemos entender o que é atenção. Mas será que podemos
compreender todas as variedades de atenção? E se, por exemplo, você estiver
olhando em uma direção, você consegue ouvir uma conversa que ocorre atrás de
você? Você é capaz de olhar em uma direção e, ao mesmo tempo observar algo “que
acontece no canto do seu olho”?
Sabemos que existe uma variedade de formas de
atenção, e é importante levarmos isto em consideração quando nos cobramos, ou
cobramos do outro que tenha ou que procure desenvolver a – atenção plena. Existe
uma variedade de situações ocorrendo ao mesmo tempo, visuais, auditivas, sinestésicas,
emocionais; não parece plausível que deva haver um único mecanismo, ou recurso
computacional interno, como a base causal de todos os fenômenos da atenção, ou
que deva haver uma base unitária de pensamento, ou percepção ou de qualquer
outra categoria tradicional da Psicologia.
Imagine uma situação. Você está caminhando ao
lado de um amigo em um parque cheio de árvores, e ao olhar para uma árvore você
vê uma bela borboleta atrás de uma folha, em um galho específico. Então você
pede ao seu amigo que observe a borboleta, é claro que você lhe passa as instruções sobre qual árvore, e
galho ele deve focar a atenção, buscando observar a borboleta. É presumível que
ambos compartilham um entendimento comum sobre o que é atenção.
Enquanto você observa atentamente a árvore, o
galho e a folha para não perder a borboleta de vista, esperando que ela voe em
uma determinada direção, criando assim uma expectativa que é acompanhada por
todo o seu corpo e mente, que não permite que nem mesmo uma lagarta em
movimento mude a direção do foco de sua atenção, até que de repente uma maçã
cai no chão de uma outra árvore, e o barulho o distrai, removendo o foco de sua
atenção que agora passa a ser a maçã. Em
outras palavras, sua atenção foi automaticamente capturada. Passam-se alguns
segundos pelo menos até que você consiga retomar a atenção sobre a borboleta e
todo um novo processamento se faz necessário, buscando a árvore certa, o galho
e a folha para encontrar a borboleta.
Sei que é um exemplo muito simplório, apenas
uma tarefa visual. Uma tarefa simples, onde deve haver algum tipo de criação do
seu sistema cognitivo que permitiu encontrar a arvore, em seguida a folha em
vez da árvore, formando assim uma corrente de processamento. Ao encontrar a
folha selecionada entre tantas que surgem em sua localização espacial. Ao encontrar
a folha específica, espera encontrar também a borboleta específica. Neste momento desencadeia um input
perceptual, uma expectativa – encontrar a borboleta.
Muitas experiências em atenção utilizam um
paradigma seletivo, onde o assunto se prepara para responder a um determinado
conjunto de estímulos. A noção de seleção traz consigo a noção complementar de
ignorar alguns outros estímulos à custa daqueles que são selecionados para o
processamento atencional.
Este processamento está sujeito às mudanças
ambientais, que podem mover o foco da atenção, que é a situação da queda da
maçã; mudanças importantes que interrompem o processo da atenção e chamam o
foco para si. Um processo automático é um que é definido como não requerendo
atenção embora aconteça naturalmente. O importante é que se você realmente estava
atento na observação da borboleta, pode então por algum processo ou mecanismo interno
para voltar à tarefa original – a borboleta.
Se você se mantiver devidamente atento ao
cenário da borboleta pode tornar-se cada vez mais difícil impedir que a sua
atenção se torne errante. Mas se você tiver dificuldade de concentração, irá
precisar demandar de algum esforço para não perder a atenção; porque sabemos
que se desviarmos o olhar perderemos a borboleta, não há como olhar para dois
lugares ao mesmo tempo. Nosso campo visual é limitado, assim como o são nossas
outras formas de sentidos.
O estudo da atenção é extenso. Hoje somos
cobrados para atenção PLENA. Por favor, alguém pode me dizer como posso ter
atenção PLENA na borboleta, de forma calma, sem demandar um grande esforço e
sem permitir que meus outros sentidos me distraiam? Sabemos por diversos
estudos e pesquisas que a prática de meditação e principalmente a que mais está
sendo estudada desenvolve nossa capacidade de foco e atenção, mas é preciso
cuidado, não se desenvolve a atenção plena da noite para o dia. O que muitas
pessoas não sabem é que estes estudos são feitos com base nos resultados
obtidos com monges ou meditadores avançados.
Sou professora de Meditação a muitos anos,
inclusive da técnica Mindfulness atualmente tão comentada. Mas chamei à
reflexão a importância do que estamos cobrando de nós mesmos, foco e atenção
plena no momento presente (24 horas por dia), e desta forma causando um
profundo stress ao no corpo físico, mental e emocional. O stress é hoje um dos
principais fatores de várias formas de doenças, inclusive as autoimunes que
aumentam de incidência de forma preocupante. Estar relaxado, presente,
estimulado, motivado e ao mesmo tempo focado, consciente e ainda atento
plenamente parece algo impossível.
A vida cotidiana tão cheia de responsabilidades,
metas e compromissos parece não dar nem mesmo tempo para diminuir as taxas
hormonais desequilibradas pelo stress de forma natural e saudável, sem uso de
medicamentos e mudanças nos hábitos alimentares.
A meditação antes de desenvolver a chamada
atenção plena, contribui acima de tudo para nos ajudar a encontrarmos ao menos
algum tempo para estarmos conosco mesmos, e sim, desenvolvendo a atenção em
nosso corpo, nossa mente, nossas emoções, e a partir daí, podemos com tempo,
disciplina e mudanças de comportamentos desenvolvermos uma qualidade melhor de
atenção. Parar alguns minutos todos os dias, pode sim melhorar e muito a
qualidade de foco e atenção, mas é preciso avaliar bem porque um indivíduo não
consegue ter foco, porque ele se perde continuamente em distrações que
atrapalham os seus resultados. Afinal foco e atenção são muito importantes para
quem quer ter sucesso!
Referência:
·
Shiffrin, R.
M. (1988) – Attention Vol 2 Learning and cognition Willey & Sons, Inc.
·
Duncan, J.
(1984) The locus of Interference in the
perception of simultaneous stimuli.
·
James, W.
(1890) The Principles of Psychology
segunda-feira, 22 de junho de 2015
(MBSR) Mindfulness Based Stress Reduction (MBSR)
Programa
Intensivo de Redução de Stress através
da
Meditação Mindfulness em Julho
Qualquer um
pode aprender a ter atenção plena, foco e mais concentração. É simples, mas
desafiador exige compromisso e disciplina, porém os resultados são múltiplos e
podem significar mudança de vida em todos os aspectos.
MBSR incorpora técnicas de meditação,
Yoga suave e, exercícios para mente/corpo que ajudam as pessoas a lidarem o
cotidiano de forma consciente mesmo com todo o stress e seus sintomas.
MIndfilness Based Stress Reduction (MBSR)
atua além de problemas psicológicos como angustias, tristezas, depressão, falta
de concentração e memória, cansaço físico e mental, insônia, etc. mas também
nos problemas de saúde física como problemas cardiorrespiratórios, dores
crônicas, pressão arterial, neurológicos etc.
Aqueles que
fizeram um curso de MBSR relatam que passaram a se sentir mais engajados no
trabalho ou nos estudados, melhoram a qualidade de seus relacionamentos,
tornaram-se mais energizados e menos ansiosos. Dormem melhor. E sentem
diferenças nos sintomas físicos causados pelo stress. Todo o Programa Intensivo
segue a mesma programação do Programa de 8 semanas e foi elaborado para atender
as necessidades de quem não tem tempo para um programa mais longo, mas deseja
obter os mesmos resultados. É organizado de acordo com protocolos de pesquisas
cientificas, acompanhado de apostila e CD, e muita prática.
O que está incluído:
·
Mindfulness: O que é? E de onde
vem? Principais Fundamentos e Body Scan;
·
Mindfulness e Meditação,
Respiração Consciente, relação corpo/mente; Exercícios respitatórios;
·
Prática para a vida diária;
compreendendo o Stress e seus sintomas;
·
Atitudes fundamentais;
Pensamentos Ruminantes, Sentimentos e Sensações;
·
Mindfulness das Emoções; sistemas
de regulação emocional; Memorias Emocionais no corpo;
·
Yoga Suave, Relaxamento,
estabelecendo a aceitação; posturas e ações; diminuindo os processos mentais
automáticos;
·
Estudo da Consciência, estados,
estádios, estágios, camadas e níveis;
·
Os Cinco Obstáculos; Mindfulness
e as diferentes desordens psicológicas;
·
Kinhin (Pratica caminhando),
Desenvolvendo a Resiliência, Relacionamentos e Bem-Estar
Data: 11 de Julho das 13h às 19h e 12 de Julho das 9.30h às 17h
Inscrições por e-mail:
saleela.devi@gmail.com
Valor do Investimento Individual: R$
600,00
Sendo: - Taxa de Inscrição de R$ 100,00 para
reservar uma vaga e o valor restante pode ser facilitado em duas vezes. Uma
parcela na data do evento e a outra com cheque pré-datado para 30 dias.
Vagas: 10
No dia serão entregues apostilas, CD e Certificado de Participação.
Facilitadora – Sonia Ap F Santos – Psicoterapeuta,
Analista Junguiana, Integral Therapist, Mindfulness Therapist, Trance Therapist,
Terapia de Regressão, Hipnose Ericssoniana, Voice Dialogue, Psicologia
Contemplativa, Terapia Focada na Compaixão, Professora de Hatha e Asthanga
Yoha, Instrutora ded Meditação, Spiritual And Life Coach. Facilitadora e
coordenadora de Cursos, Workshops, Seminários, Retiros e Palestras na área de
Desenvolvimento e Expansão da Consciência, Saúde Mental e Espiritualidade
Integral.
Curtam nossos Blogs e leiam nossos textos, faça comentários, eles
me ajudam na busca do aperfeiçoamento profissional:
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Atento
Leve a meditação para dentro da sua empresa, conheça mais sobre a
meditação On The JOB.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
DEPRESSÃO
Quero convidar para uma reflexão sobre a
Depressão. Sabemos que ela pode surgir de diferentes formas, desde uma tristeza
rápida a um diagnostico psicológico ou físico mais grave, e que, portanto
necessitam de tratamento, e não a como evitar o processo. A depressão pode
surgir por causa genética, psicológica e até mesmo ambiental, e também ser
decorrente de doenças físicas, e incide mais nas mulheres do que nos homens,
talvez devido a problemas hormonais significativos.
A minha especialidade é a Psicologia Budista e a Integral que inclui os conceitos e ensinamentos da Psicologia Budista,
por isso me sinto mais a vontade para falar sobre este ponto de vista. Para a Psicologia Budista um
dos motivos básicos por trás da depressão está o egoísmo. Isto não significa
obviamente que a pessoa que está com um quadro depressivo deve sentir-se culpada
por isso, e uma das abordagens técnicas de tratamento está na prática da
meditação Metta Bhava (Bondade Amorosa) com ênfase na Terapia Focada na
Compaixão e Altruísmo. Com certeza não são técnicas de tratamento breve. E um
aspecto interessante nesta reflexão é que focar na Compaixão e no Amor levando
em consideração o respeito, perdão e compaixão não somente para si próprio como
para com os outros também.
Uma forte insatisfação consigo mesmo pode ser
considerada uma das grandes causas da depressão, muitas pessoas sentem-se como
não participantes do mundo que gira à sua volta, muitas vezes são apenas um
número, um número da estatística, não os como os heróis dos livros, do cinema
ou da mídia, cheios de coragem, determinação ou resiliência. E não se dão conta
que passado os cinco minutos da fama, muitos dos heróis tão louvados estão hoje
abandonados com suas lembranças como os ídolos das músicas do passado. Antes de
tudo é necessário uma profunda compreensão em si mesma um estado mental, não
está disponível nas drogas que viciam, nem no sexo ou nos bens materiais
conquistados.
A busca pelo desenvolvimento da consciência
nos leva à percepção que a felicidade é como uma luz que irradia em qualquer
ambiente, iluminando a própria fonte e a tudo à sua volta. A exigência é de uma
mudança de estado mental, do nosso humor – um processo que é ao mesmo tempo (ou
aparentemente) simples, mas que dificilmente ocorre com a urgência que o
depressivo gostaria. Temos esta capacidade – a de mudar, transformar – a nossa
mente, mas posso dizer com certeza que isto exige esforço, dedicação,
comprometimento, disciplina.
Conforme Andrew
Soloman em Anatomia da Melancolia –
“Quando você está deprimido, o passado e o futuro são absorvidos inteiramente
pelo presente, como no mundo de uma criança de três anos de idade. você não
pode nem lembrar de se sentir melhor, nem imaginar que você pode se sentir
melhor. Sendo chateado, mesmo profundamente perturbado, é uma experiência
temporal, enquanto que a depressão é atemporal. Depressão significa que você
não tem nenhum ponto de vista”.
É muito importante que o indivíduo que está
em um quadro depressivo consiga perceber aquele instante em que consegue
vislumbrar um caminho, uma saída, uma oportunidade de fazer a transformação
mais efetiva no seu estado mental.
Este momento que poderíamos chamar de uma
porta aberta é muito importante, no Livro “Um
Curso em Milagres” está escrito que os milagres acontecem quando tudo está
certo. Muitos são os Mestres e Sábios do Oriente que nos ensinam a parar de resistir
– a não resistência – provoca mudanças contínuas. Neste momento, a prática da
Meditação, torna-se efetiva, pois com ela aprendemos a controlar a mente,
diminuir a influencia dos pensamentos ruminantes e fantasiosos, mudar hábitos e
comportamentos nocivos, obter clareza e foco.
SS Dalai
Lama ensina:
“Houve um estudo empírico que descobriu
que as pessoas que têm a tendência a usar mais os termos de auto referências
tendem a ter mais problemas de saúde. Estas pessoas têm maior envolvimento com
o Self. Ser auto absorvido tem um efeito imediato de estreitar o foco. É como
ser pressionado para baixo por uma carga pesada. Se, por outro lado, a pessoa
pensar mais sobre o bem-estar dos outros, ele imediatamente se sentirá mais
expansivo, liberado e livre. Problemas que antes eram enormes, parecem se
tornar mais manejáveis”.
Em um fórum de discussão da Psicologia
Budista, onde o egocentrismo foi passada a seguinte mensagem: “Experimentei – me ao extremo, ao ponto de
tentar o suicídio, e acho que posso entender o ponto de vista até certo ponto.
A noção do egocentrismo tem receio de ter que concordar. Por minha própria
experiência, que vem de um quadro depressivo clinico extremo, cheguei à outra
extremidade – a cura, e acredito que o egocentrismo pode ser a própria causa da
minha depressão. Mas não só da minha depressão, mas de cada doença no mundo
como a conheço. A ironia é que só posso ver isto agora, em retrospectiva,
olhando para a minha historia de depressão – era ego em todo o caminho, era eu,
eu, eu, meus problemas, a minha depressão, o meu passado, o meu, meu meu...”,
meu próprio ego me imobilizava, um fascínio egocêntrico, que manteve meu quadro
depressivo por muito tempo. Mas foi quando considerei que – e apenas talvez –
que eu era um dos seis bilhões de pessoas que vivem no planeta, e nele outras
pessoas poderiam ter problemas muito piores que a minha depressão, e neste
instante a minha mente começou a clarear. Foi quando percebi que estava sendo
egoísta e desperdiçando a minha vida, preso ao estado de – desculpe-me, mas só
estou um pouco melhor. Era uma masturbação mental. Tudo o que eu fazia era
alimentar meu ego, entregando seus pequenos caprichos e desgraças, sentindo
pena de mim mesmo. E pensei: O que eu estou fazendo para a humanidade? Nada. E
isto é egoísmo em seu mais alto grau. Claro que havia a grande maldição do ego
sempre bem nutrido – a raiz de toda a depressão – é que quando você está neste
estado, você não consegue enxergar isto pelo que de fato é! É como as pessoas
presas na Matrix, elas não acreditariam se você lhes dissesse que estão vivendo
um sonho. Cada um deve acordar para si
mesmo, e então verá!” Joshua Bryer.
Buddha ensina: “Nós damos forma à nossa vida pelos nossos
pensamentos; tornamo-nos o que nós pensamos. Quando a mente é pura, a alegria
segue como uma sombra que nunca vai embora”.
Ouvimos sempre as pessoas com depressão
dizerem: “Hoje estou tão deprimida”,
“Me sinto tão miserável”, “A vida é uma droga”, “Tudo é tão ruim”, “Eu não consigo mudar”. E quanto mais elas repetem esta fórmula,
mais ela se torna a realidade. E a pessoa fica cega para as necessidades
daqueles que estão à sua volta, dos amigos e familiares, em vez de ajudar, fica
sempre se lamentando e pedindo ajuda em primeiro lugar. Logico que o Feedback é
negativo, muitas pessoas se afastam, o grau de satisfação diminui ainda mais,
os relacionamentos pioram, e vêm a dor da solidão.
A prática da Meditação, não somente a
Mindfulness, mas a Zen e tantas outras técnicas meditativas melhoram o estado
de espírito, ele se torna mais positivo.
As afirmações positivas, feitas com frequência, como um Mantra também
possuem forte efeito terapêutico. É uma técnica muito simples, requer atenção,
foco, concentração, persistência, mas assim vai mudando aos poucos o estado de
espirito negativo.
Lama Yeshe do
Instituto Vajrayogini, França disse em 1983: “As pessoas cuidam só do corpo, não cuidam da mente e o resultado deste
desequilíbrio é a depressão. Para a maioria das pessoas ocidentais este é o
caso: só o corpo é a realidade e eles não se preocupam com a existência da
alma, da mente e da consciência. Eles não acreditam que podem mudar a sua
mente, podem mudar o nariz com uma cirurgia, mas não acreditam que podem mudar
a mente. E enquanto pensarem assim, não haverá nenhuma forma de resolver a
questão da depressão. Nossos pensamentos, nossa mente ou a consciência são uma
energia mental, e não pode ser localizada no corpo ela não pode ser tocada, não
tem forma, e não viaja no tempo nem no espaço. Nós não podemos tocá-la nem
compreendê-la”.
Então aprendemos que é preciso entender a
visão que o ser tem de si mesmo, e do seu ambiente estão baseadas em sua
própria mente; que a mente projeta e é por isto que a projeção não é real.
Thich Nhat
Hanh ensina: “Todas as manhãs, quando acordamos, temos
vinte e quatro horas novíssimas para viver. Que presente precioso! Nós temos a
capacidade de viver de uma forma que estas 24 horas vai trazer paz, alegria e
felicidade para nós e para os outros. A paz está presente aqui e agora, em nós
mesmos e em tudo o vemos e fazemos. A questão é se estamos ou não em contato
com ele. Não precisamos viajar muito longe para ver o céu azul, nem precisamos
deixar a cidade para ver o sorriso de uma criança. Até o ar que respiramos pode
ser fonte de alegria”.
REFERENCIA:
·
The Mindfulness Path – Christopher K. Germe, Jon Kabat Zinn
·
When Things Fall Apart – Pema Chodron
·
Lugares que Assustam – Pema Chodron
·
Trabalhando a Raiva – Thubten Chodron
·
www.lamayeshe.com article
272
·
www.viewonbudhism.org
terça-feira, 2 de junho de 2015
Oficina de Introdução à Prática Meditativa
Desenvolvimento de práticas meditativas
Para sua saúde e qualidade de vida
Apenas 10 Vagas
Um grupo especialmente
elaborado para abordar as principais técnicas e metodologias de meditação de
uma forma clara e objetiva, sem se apegar a misticismo, dogmas ou crenças
religiosas.
Ao longo do tempo a grande maioria das religiões e filosofias
desenvolveram métodos para auxiliar as pessoas no seu processo de
desenvolvimento como Ser, para aprenderem a Estar no mundo de forma produtiva e
evolutiva. Estas técnicas eram consideradas muito importantes e significativas
pois visavam conduzir o individuo ao seu mundo interior para conhecer-se melhor
e assim pudesse melhor colaborar no mundo externo como individuo participante
de sua sociedade.
Porque Meditar? A Meditação promove o desenvolvimento da atenção plena, concentração, aumenta a percepção de si-mesmo e dos outros, da realidade que nos cerca, provoca o autoconhecimento, provoca mudanças nos padrões de comportamento, atua nas crenças e nos hábitos. Transforma nossos valores internos e na maneira com que lidamos no nosso dia a dia nas relações sociais, amorosas, profissionais, afeta a qualidade da nossa saúde física, mental, emocional e muito mais.
A meditação
também é um estado que reconhece como imutável a serenidade natural do Ser por trás de todos os pensamentos,
sentimentos e sensações. Possibilita ao praticante ir ao encontro de sua
própria sabedoria, aquela que é inerente a todo Ser Humano revelando assim o
seu potencial, capacidade de resiliência e desenvolvimento da habilidade de
enfrentamento diante das diferentes situações do cotidiano.
A meditação
no Ocidente ganhou mais visibilidade através dos protocolos de pesquisas
científicas que comprovam os múltiplos benefícios na saúde física, mental,
emocional e porque não dizer também na espiritual. Sabemos que diminui a
ansiedade, o stress, problemas de déficit de atenção, insônia, dores
crônicas de doenças autoimunes,
oncológicas, cardiorrespiratórias entre outras além de atuante nas doenças
psicossomáticas.
Grandes
corporações investem em salas e cursos de meditação, centros hospitalares incluem
a meditação como parte no tratamento de doenças, a área da Educação investe na
meditação nas escolas. As contribuições da meditação são de fato
inquestionáveis.
Serão abordados grandes temas:
·
Conceito, objetivos e benefícios da pratica meditativa;
·
As práticas contemplativas dinâmicas;
·
Body Scan, exercícios respiratórios e corporais;
·
Obstáculos à Meditação e Antídotos;
·
Meditação com e sem objetos;
·
Estados e Estágios de Consciência na meditação;
·
Antar Mouna – Silêncio Interior
· Caos ou Calma – Reescrevendo a resposta ao Stress;
· Caos ou Calma – Reescrevendo a resposta ao Stress;
·
Trabalhando com a Resistência;
·
Prática do Zazen - O silêncio mental, o vazio e a mente pura;
·
A prática reflexiva - Koans
·
A Prática Contemplativa – Serenando as emoções, desenvolvendo a
compaixão e amorosidade – Metta Bhavana (Loving Kindness);
·
Os Limites da meditação.
·
Meditação Shamânica
·
Meditação Cristã e Hebraica
·
Meditação Chakras
Valor do Investimento mensal: R$ 180,00 - Material (apostilas e músicas) enviado por
e-mail.
É necessário Taxa de Reserva da Vaga de R$ 40,00
Duração – Um ano - Aulas Semanais
Inicio – 2 de Julho (turma da quinta feira) - todas as quintas feiras – das 16h às 17.15h
- 1 de Julho (turma da quarta feira) - Todas as quartas feiras das 18.30h às 19.45h
- 1 de Julho (turma da quarta feira) - Todas as quartas feiras das 18.30h às 19.45h
Vagas: 10 pessoas
Público Alvo: Profissionais das áreas de: Educação, Saúde,
Jurídica, Executivos que desejam desenvolver a Liderança Consciente, estudantes
e praticantes de meditação que querem melhorar a técnica. Pessoas com problemas
de saúde como: Depressão, Ansiedade, Stress, Dores Crônicas. Pessoas que buscam
autoconhecimento, ampliar sua capacidade de percepção de si – mesmo, dos outros
e da realidade e seu contexto, permanecerem na “calma”.
Endereço: Rua Dona Eponina Afonseca, 130 Chácara Santo
Antonio Zona Sul SP/SP
Contato com a facilitadora para inscrição:
Blogs:
www.facebook.com/SerAtento
Leve este e outros cursos e
workshops para seu espaço ou empresa.
Ligue ou escreva para o e-mail
para maiores informações!
saleela.devi@gmail.com
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