De acordo com a revista on line Mindfulness
publicada em 03 de Abril de 2015, métodos utilizados em um estudo piloto
recente pela Universidade da California, em São Francisco (UCSF) na Audiologia
Clínica, a prática da Mindfulness (MBSR) pode fornecer alívio para o zumbido a
longo prazo.
O pesquisador Jennifer Gans PsyD, descobriu
que a pratica de Mindfulness como parte de um Programa de Gestão do Paciente
com Zumbido (Tinnitus) tem contribuído para aliviar os ruídos ou zumbidos que
os pacientes ouvem de forma constante. Mindfulness é declaradamente um estado mental de atenção plena que estabelece
a consciência no momento presente, enquanto calmamente reconhece os sentimentos
e as sensações corporais.
Geralmente definido como uma percepção
auditiva de um som que não é produzido externamente, o zumbido pode ter muitas
causas, incluindo o envelhecimento, a perda auditiva, a exposição prolongada a
ruídos intensos, lesão na cabeça, e uso de alguns medicamentos prescritos e até
mesmo aqueles tomados sem prescrição.
No estudo piloto realizado pela Universidade
da Califórnia, sete pacientes com problemas de zumbido participaram do Programa
de 8 semanas de Mindfulness (MBSR), com instruções semanais, um dia de retiro,
leitura e muita prática de meditação. Os pacientes foram avaliados durante um
ano após a conclusão do estudo. De acordo, com o artigo, Jennifer Gans e seus
colegas descobriram que os escores de auto relato do Tinnitus Handicap
Inventory, que incluiu funcionamento social e ocupacional, hábitos de sono,
depressão e ansiedade, diminuiu imediatamente após o estudo e continuou a
diminuir nos doze meses seguintes.
Os pacientes tinham em média uma pontuação Handcap
do zumbido de 50,6 (considerada moderada) antes do programa, e caiu para 41,7
após a conclusão e em seguida, para 22,8 após um ano, e passou a indicar um
leve grau de Handcap. Seis dos sete pacientes relataram que tinham continuado a
praticar a técnica de Mindfulness depois do fim do Programa. A idade média dos
participantes era de 58 anos.
Segundo Gans – “Descobrimos que a percepção do zumbido crônico mudou, com os
participantes observando que eles sentiam um aumento da tolerância, aceitação e
coragem para conviver com ela, mesmo após um ano de completado o programa”. “As
pessoas comentaram que o zumbido não parecia mais como uma maldição terrível,
que era apenas uma outra sensação que poderia ser chato, mas não era
intransponível”.
De acordo com os autores do estudo, o zumbido
pode também ser administrado por mascarar os sons não desejados com um dispositivo
eletrônico que é usado na orelha e emite um ruído de baixo nível que visa
dessensibilizar o paciente do som. Outra abordagem de gestão é a Terapia
Cognitiva Comportamental, que visa reduzir ou corrigir a resposta negativa aos
sons, possibilitando que o paciente para funcionar bem, apesar do zumbido.
Os co-autores do estudo foram Michael Cole, PhD
da Universidade de Berkeley e Benjamin Greenberg da Escola Americana de
Psicologia Profissional da Universidade de Argosy.
Fonte:
University of California, San Francisco (UCSF), Mindfulness
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