Auto
sabotagem
Alyce P.
Cornyn-Selby
Um rato e um pequeno musaranho ficaram presos
em uma inundação, e desesperadamente agarrados a uma flor iam afundando rápido!
Uma coruja veio voando em seu socorro, primeiro disse ao rato para apertar os
dentes em suas garras e assim levou o pequeno animal para a segurança e, em
seguida, retornou para buscar o outro animalzinho a quem deu as mesmas
instruções. Deixando os dois em segurança e disse:
“Vocês foram resgatados e irão viver! Mas eu
notei que você, rato fala demais. Prometa-me que vai manter a boca fechada
sobre a forma como foram salvos e em nenhum caso você contará que eu os salvei,
ou você vai cair sob o peso do seu destino!”.
“Claro! Respondeu o rato. A coruja novamente
levou os dois agarrados às suas garras pelos dentes e os levou para um local
bem longe de inundações, um terreno elevado, porém o pequeno rato falante
queria para ela o deixasse em outro
local ainda mais seco.
“Não há...”, gritou o ratinho, e essas foram
suas ultimas palavras, pois ao abrir a boca ele caiu de uma altura enorme e não
resistiu.
Parece um conto de fadas tolo, mas porque
será que algumas pessoas se comportam de maneira tão destrutiva quando surgem
excelentes oportunidades na vida, não é?
As
principais razões para o comportamento da Auto sabotagem
O comportamento do rato falante veio da
ignorância e da negligencia; ele simplesmente não pensou antes de falar. Nós
fazemos a mesma coisa e por muitas razões:
·
A
familiaridade com o “fracasso” – Talvez uma das razões da auto sabotagem é
que estejamos muito acostumados com as situações difíceis, e de algumas forma
nos comportamos de uma forma que piora ou destrói uma situação que poderia ser
promissora.
·
Necessidade
de estar no controle – Acreditamos que a situação já está fadada ao fracasso. Crenças
como: sem luta ou sacrifício não se conquista nada, só os pobres entram no
reino dos céus, dinheiro não cai do céu, nasci pobre vou morrer pobre, ninguém
enriquece trabalhando, o que é bom demais dura pouco; podemos projetar o
fracasso desta forma, de modo a manter a sensação de que ainda se está no
controle para evitar o “fracasso”.
·
Sentir – se
Indigno
– A baixa autoestima leva as pessoas a sentirem-se não merecedoras do sucesso
ou da felicidade.
·
Maus hábitos – Ter
hábitos destrutivos como beber, fumar, desequilíbrio emocional, sentimentos
como raiva, mágoa, angustias, depressão, raiva descontrolada.
·
Necessidade
de Emoção
– Por mais lindo que esteja o dia, a pessoa escolhe transformá-lo em um dia de
luta incessante e desgastante, arrastando-se em questões e atitudes
controversas. E no final de um dia que
poderia ter sido prazeroso, temos um campo de batalha interno. O desejo de viver uma emoção pode assumir
diferentes dramas, e nenhuma delas é construtiva. Mas esta atitude normalmente
é inconsciente!
Uma aflição
interna pode estar nos sabotando inconscientemente
As pessoas raramente tem consciência do que
significa sabotar a si – mesmo. Dificilmente estragamos as coisas que
consideramos importantes de forma consciente. Muitas vezes nos perguntamos: Por
que eu fiz isso? Muitos de nós somos motoristas emocionais inconscientes, somos
sabotadores crônicos, mas usamos justificativas conscientes (que parecem
desculpas lógicas) para explicar por que eles tinham que:
·
Deixei de frequentar um curso que me desenvolveria porque pego
muito transito para chegar ao local;
·
Rompo o contato com um amigo que poderia me oferecer um trabalho
importante;
·
Gasto demais com cursos caros, mas não estudo nem frequento as
aulas por que estou sempre cansada demais;
·
Não estudo os textos por que estou sempre com meu computador
quebrado;
·
Estou sempre comprando roupas novas para andar na moda mesmo
quando meu cartão de credito está estourado;
·
Termino um relacionamento promissor, mas estou sempre me
envolvendo com quem não me acrescenta nada.
Se você se reconheceu nestes simples exemplos
pode estar criando um hábito consistente de auto sabotagem. Se você se encontra
propenso a este tipo de comportamento seguem algumas dicas:
· Observe a si – mesmo – Pare de justificar por que você faz ou não
faz isto ou aquilo, observe a si – mesmo! Existe um ditado muito importante que
diz “Não ouça o que as pessoas dizem, mas veja o que elas fazem”, realmente é
muito útil neste caso. Faça um exercício de imaginação criativa: Imagine um
filme onde você vê um personagem com o comportamento igual ao seu – pergunte a
si – mesmo: O que ele está fazendo? O que o move para este comportamento? São muitas
as respostas: medo, rancor, necessidade de estar no controle (mesmo que o
controle esteja relacionado a fazer as coisas falharem), necessidade de
esconder os erros do passado, necessidade de excitação com os conflitos, o
desejo de atenção através da simpatia, falta de compreensão sobre
acontecimentos anteriores, crenças limitantes, etc.
Como eu me
saboto? Não observo meus comportamentos, estou sempre no piloto automático. É preciso
observar os comportamentos, hábitos e crenças de forma clara, sem aplicar a
culpa nem a si – mesmo nem aos outros, ser mais objetivo.
· Lembrar que o sucesso não nem preto nem branco – Adquira o
hábito de imaginar fortemente que você tem direito ao sucesso, mas lembre-se
que ele pode vir de forma diferente daquele que seu inconsciente assumiu como
verdadeiro. Relacionamentos bem sucedidos, por exemplo, não são “flores” o
tempo todo, ter muito dinheiro não resolve todos os problemas. O sucesso não é
preto nem branco, tudo é relativo.
· Não jogue fora o bebe com a água do banho – Muitas
pessoas são perfeccionistas e não tem a real noção do quanto se auto sabotam
com isto. Conhecem aquelas pessoas que passam o tempo com dietas rigorosas, mas
de repente por um instante, um pequeno deslize, ela come um pedacinho de doce e
logo diz: “Eu estraguei tudo! Sou incapaz de emagrecer!” se você tem um recuo
um mini fracasso, vivenciam uma falha humana, conscientemente você joga tudo
fora, e aquilo que não estava arruinado, AGORA realmente está!
· Pense além de si – mesmo – As pessoas não gostam de serem consideradas
– egoístas (principalmente quando isto é facilmente observável!). É normal que
as pessoas neguem seu comportamento de forma egoísta, porque elas simplesmente
não pretendiam agir desta forma. Mas lembrem-se comportamento é comportamento! Devemos
aprender a ter o hábito de ver as necessidades dos outros de forma mais ampla e
não apenas o nosso próprio impulso emocional, desta forma fica difícil sabotar
as situações do dia a dia.
· Explorar a vida – Tudo na vida é uma exploração, uma grande
aventura. Imagine se o patinho feio conclui-se que ele não era de qualquer
forma “bom o bastante” para ser um cisne, ou se a Cinderella não acreditasse no
poder da madrinha. Temos que estar abertos à vida, e isto significa observar
aonde as experiências irão me levar e aceitar tanto o bem como mal, o certo e o
errado. Se a experiência não está
funcionando pode ser que ela realmente não seja para você, então está tudo
certo! Mas se você reluta em aceitar o seu compromisso de explorar a vida você
vai aprender que precisa se auto trabalhar, precisa estudar, se autoconhecer!
Se você não
é um rato falante, você não vai cair!
Texto Adaptado do Artigo de Mark
Tyrrell
Se você quiser parar de se auto sabotar, uma
técnica poderosa é a Hipnose Ericssoniana. A Hipnose é uma ferramenta que de
maneira natural pode mudar positivamente a sua maneira de pensar e sentir. Outra
forma é a Psicoterapia, que pode ajuda-lo no trabalho com crenças e
comportamentos. Ou fazer cursos ou participar de grupos de estudos para o
autoconhecimento! Pense nisto!
Sonia
Ap. F. Santos (Saleela Devi) - http://seratentomindfulnessterapias.blogspot.com.br/
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