sábado, 28 de março de 2015

GUNAS – As Qualidades da Natureza


De acordo com o Vedanta, os Gunas – qualidades primárias da natureza – são em número de três: Sattva, Rajas e Tamas.  

Os Gunas existem em todos os seres, incluindo os seres humanos, em diversos graus de concentração e combinação. Dependendo de seus pontos fortes e combinações, eles determinam a natureza dos seres, suas ações, comportamentos e atitudes e seu apego ao mundo objetivo em que vive. O objetivo principal dos Gunas é criar a escravidão, através dos desejos pelos objetos dos sentidos que levam ao apego com eles e manter os seres sob o controle permanente de Prakriti (Energia Feminina Primordial).

Os Gunas nascem de Prakriti. Nossa energia Divina não reside neles, mas eles residem no Divino. Na Consciência Divina ou Supra Consciência, os Gunas permanecem em estado de equilíbrio perfeito. Quando este equilíbrio é perturbado, o processo de criação começa e os seres vêm à existência de posse desses Gunas em diferentes proporções. Sob a sua influencia os seres humanos perdem a capacidade de conhecer a si – mesmos corretamente e reconhecer a sua natureza divina. Eles  não conseguem ver a sua unidade com Deus e os resto da criação e da presença do Divino no meio deles. O Ser Absoluto é o verdadeiro desfrutador. É Ele quem traz à tona toda a criação para a sua alegria ou bem – aventurança (Ananda).

Como ensina o Vedanta: Purusha (Homem Primordial) sozinho sentado em Prakriti aprecia as qualidades produzidas por Prakriti. Os Gunas são os responsáveis pela diversidade existente na natureza. Por causa da associação com os Gunas ou qualidades, a divisão da realidade e da irrealidade nascem. Quando os Gunas se manifestam na criação, as almas individuais ou Jivatmas estão sob sua influencia e começam a sua jornada para frente no mundo da matéria até a morte do ser.

Sattva é a qualidade pura, livre de qualquer impureza ou marca, livre de qualquer doença, puramente iluminada. Liga-se à alma através do apego à felicidade e ao conhecimento. Uma pessoa sattívica controla as emoções, pensamentos e ações. Possui virtudes, é tolerante, serena, intelectual, estável emocionalmente, procura estar além das virtudes e defeitos, não tem medo de morrer. Busca adquirir conhecimentos, habilidades para ajudar os outros, medita, busca crescimento espiritual. Eventualmente consegue manter-se além da dualidade felicidade-infelicidade e vice versa. Vive para servir a sociedade e ajudar os demais no crescimento espiritual no sentido mais universal. Alto poder espiritual. Dorme bem por 6 ou 4 horas.

Rajas é cheio de paixão (ragatmakam) e nasce da sede ou do desejo intenso (Thrishna e de Sanga). Liga-se à alma através do apego à ação.  Uma pessoa rajásica é mais irritada, ciumenta, orgulhosa, egoísta, autoritária, busca pela atenção, gananciosa, ambiciosa, muitos desejos mundanos, sempre preocupado e sonhador. possui esforços diligentes mas sem direção em termos de crescimento espiritual. Está somente na busca pelo aumento de sua autoridade e das posses mundanas. Egocêntrico somente ajuda os outros desde que isto infle mais o seu ego. Precisa de 9 a 7 horas de sono. Seu poder espiritual é leve.

Tamas é a escuridão e a crueza do homem. É “Ajnanajam” ou aquele que nasce da ignorância e de “Mohanam” a causa da ilusão. Liga-se a alma pelo descuido, preguiça ou sono. Uma pessoa tamásica é preguiçosa, inativa, egísta, não pensa nos outros ou não se importa em prejudicar, facilmente irritável. Não possui virtudes. Vive para comer, beber, manter relações sexuais etc. não se importa em prejudicar a sociedade em geral seja em nome de uma religião ou ideologia. Baixo nível de espiritualidade. Precisa de 12  15  horas de sono.

Os três Gunas competem entre si pela supremacia enquanto existirem no ser. Sattva suprime Rajas e Tamas. Rajas existe suprimindo Sattva e Tamas. E Tamas suprime ambos Sattva e Rajas.

Como saber qual é a qualidade predominante em uma pessoa em um determinado momento? Quando Sattva está predominando, todas as “portas” do corpo humano ou Cakras irradiam a iluminação do conhecimento. Quando Rajas está predominando, a ganância e o esforço para executar atividades egoístas aparecem. Com o aumento de Tamas vem a escuridão, a inatividade, imprudência, preguiça, sono, ilusão.

Uma pessoa que Sattívica por natureza quando morre atinge mundos superiores e renasce entre pessoas piedosas. Uma pessoa que é rajásica, quando morre permanece nos mundos médios e renasce em famílias muito ativas na vida cotidiana. Quando uma pessoa que é por natureza muito tamásica morre, renasce entre os ignorantes e iludidos.

O proposito de estudar os Gunas não é incentivar-nos a sermos mais sattívicos e a eliminar as outras qualidades, pois as três qualidades são parte de Energia Feminina Primordial (Prakriti) e são as responsáveis pela nossa ilusão e todo o sofrimento na Terra. Por isso as escrituras canônicas nos auxiliam a nos tornarmos livres dessas qualidades completamente, fazendo-nos compreender claramente a natureza dessas qualidades e como elas tendem a nos manter em cativeiro e ilusão ou mundo de Maya. Até mesmo o esforço para nos tornamos mais sattívicos não é um fim em si mesmo. Ela é o único meio para superar a paixão e a ignorância e, assim alcançar a auto realização através da pureza da mente e do coração. Mas não devemos nos esquecer de que Sattva realmente nos liga ao mundo dos mortais através de sua tendência a juntar-se a felicidade e ao conhecimento. É, mas Sattva é um instrumento de Prakriti e destina-se ao seu proposito, em nos manter acorrentados à vida terrena, sob o controle soberano de seu falso mestre. Por isso deve-se ir além desses três Gunas e alcançar a imortalidade e liberdade desde o nascimento, velhice, tristeza e morte.

Como vimos os Gunas  são os responsáveis tanto pelos nossos apegos e desejos, de acordo com sua posição de destaque e velocidade os sentimos presentes na nossa vida tanto interna como externa, tudo é controlado pelos Gunas, mesmo a mente está sob sua sujeição e operação. A mente não é nada mais que os Gunas em uma forma muito sutil. Uma forma rarefeita dos Gunas forma a substancia dos órgãos psicológicos – manas, buddhi, ahamkara e citta – ou seja, a mente, o intelecto, o ego e o subconsciente. A forma bruta dos Gunas aparece como sendo os cinco elementos – terra, água, fogo, ar e éter. Portanto, existe uma fraternidade de sentimento entre a mente e o objeto externo, uma vez que ambos são constituídos dos mesmos Gunas.

Na medida em que os Gunas são quase tudo, e não há nada fora deles, os nossos esforços na direção da prática do Yoga (religação com o Divino em nós) deve levar em consideração a constituição dos Gunas em relação a nossa própria personalidade individual. Temos que estudar o nosso Eu, temos que tomar posse do verdadeiro conhecimento de quem nós somos, estarmos realmente atentos com o nosso próprio Ser. Toda personalidade é formada pelo três Gunas e as minhas atitudes e comportamentos dependem do padrão em que os três Gunas estão alinhados na fase da vida que estou vivendo.

De nossa atitude geral para com cada situação, coisas, sentimentos diários e reações, anseios, emoções, podemos ter uma ideia de como estamos em relação aos Gunas. A natureza dos nossos mais profundos sentimentos ao longo do dia e as minhas reações desde as mais genéricas com as coisas exteriores serão um símbolo externo da minha constituição interna. Muito embora não se possa conhecer o seu ser interno tão profundamente e totalmente como se gostaria, com a observância de certas insígnias ou símbolos externos, pode-se saber o que está nos acontecendo internamente.

A maneira como falamos, damos nossas opiniões, procuramos conhecer sobre as coisas e pessoas, bem como os anseios profundos do nosso coração expressam ou não, vamos conhecer melhor que somos nós. Na verdade, somos alunos, aspirantes, requerentes e devemos nos esforçar para conseguir realizar a meta suprema, portanto a cautela a cada momento se faz necessária.

Segundo os Mestres da Escola Vedanta não há nada a ser conhecido neste mundo senão o nosso próprio mundo interno. Não há necessidade de preocupação com as coisas, porque toda e qualquer dificuldade surgem de nós apenas e não dos outros, e não adianta estudar o olhar dos outros buscando a nós mesmos. A regulação dos Gunas se faz através do fechamento dos olhos buscando olhar para dentro observando a própria estrutura interna de nossa personalidade mais profunda, investigando nosso próprio EU.

O essencial é um ajuste  contínuo das nossas tendências internas e se algumas das nossas tendências persistirem significa que os ajustes externos que procedemos não tiveram muita consequência, porque o que nos liberta e o que nos une ao Divino é a tendência interna, ou seja, os Gunas. Os Gunas possuem uma força tremenda, e não podem ser controlados apenas por um esforço mental. Eles são ótimos, pois são os nossos melhores Mestres, pois como já disse eles são a nossa composição, estamos sujeitos a eles em todos os sentidos, em cada fibra do nosso Ser, e talvez por isto é tão difícil ter auto-dominio. O domínio sobre os Gunas é de domínio sobre o próprio EU.

Profunda observação de si mesmo e de suas próprias experiências, faz com que a sua individualidade se expanda e aprofunde à medida em que se avança pelo caminho do autoconhecimento, desta forma os Gunas entram em reajuste de padrão, tornando a sua influencia mais rara, etérea, de modo que a luz da Verdade se reflita com maior intensidade. É a opacidade do padrão dos Gunas que impede a reflexão da Realidade em nosso próprio Ser, assim como a luz do Sol não consegue penetrar uma parede de tijolos, que bate e retorna ao exterior, mas quando a parede é translucida ou transparente como o fino cristal a luz do Sol penetra no interior. Uma personalidade mais grosseira como a rajásica ou tamásica, o reflexo da Verdade não é tão evidente, mas em uma personalidade mais sattívica, que é mais transparente na sua estrutura a aceitação e experiências com a Verdade se tornam a cada dia mais evidente.

Quais são as qualidade da pessoa que transcendeu estes três Gunas?  Como é que a pessoa se comporta?

Quando um homem supera os três Gunas, ela já alcançou um nível de consciência em que ela nem gosta da iluminação, atividade e ilusão quando estão presentes, nem desgosta quando elas estão ausentes. O ser humano consegue permanecer inabalável, despreocupado, pois ela sabe que os Gunas estão simplesmente realizando as ações inerentes à ela. Alheio ao prazer e à dor, permanecendo o mesmo diante de uma pedra de ouro ou de um pedaço de barro, inabalável diante do objeto desejado ou indesejado, igual diante da difamação ou adulação, tanto na honra como na desonra, o mesmo comportamento diante dos amigos e dos inimigos, sem qualquer esforço egoísta na realização das ações, somente assim o ser humano estará acima dos Gunas.

A compreensão correta destas três qualidades da natureza é, portanto, muito essencial para superar a escravidão à vida terrena alcançando o Ser Supremo ou Brahman O Absoluto, a Verdadeira Realidade. Conhecer a distinção entre os três Guna, desenvolvendo a qualidade de Sattva em abundancia se pode purificar a mente e esclarecer com tranquilidade de espirito através da devoção correta, estudo, autoconhecimento, discurso correto, fé absoluta, conhecimento, comportamento e esforço ou sacrifício.  Desta forma o ser humano se tornará um perfeito Yogue. Ele alcançará o Ser Supremo através da realização de seus deveres mais profundos sem nenhum desejo ou apego, oferecendo o fruto de suas ações ao ser Divino do qual é devoto de coração, entregando-se completamente a Ele, dedicando-se a Ele e absorvendo-se Nele.



Por Saleela Devi
Psicoterapias

















sábado, 14 de março de 2015

Neurociência - Waking Dreaming Being

Parece haver uma guerra interminável entre ciência e religião, e o Budismo na maioria das vezes demonstra sua tolerância e sua relevância no mundo científico.  A gênese desta tolerância cultural começou com a ideia popular ainda na década de 1970, onde o Budismo estava de alguma forma, em harmonia com as fronteiras da Física Quântica. Enquanto, a alguns consideram uma tolice  a “espiritualidade quantum”, é evidente o suficiente nos dias atuais a possibilidade de que as tradições orientais possam ter algo a dizer cientificamente falando.

 O local mais natural do encontro entre ciência e religião  está no estudo da mente. Estimulado pelo engajamento notável do Dalai Lama, junto com a sua Fundação e com cientistas de diferentes universidades que desenvolvem a cada dia um interesse nas atitudes budistas em direção ao estudo da mente.

Mas dentro do alegre abraço do Dalai Lama encontra-se um dilema cuja resolução poderia abalar qualquer tradição ao seu núcleo: a verdadeira relação entre nosso cérebro material e a nossa mente decididamente não material. Mais do que evolução, mais do que os argumentos inesgotáveis sobre a existência ou não de Deus, a linha de falha real entre ciência e religião trata justamente da natureza da consciência. Desembalar cuidadosamente esta questão tão controversa e explorar o que o Budismo oferece na sua investigação é o tema do livro de Evan Thompson que tem o título  de Waking Dreaming Being.

Professor de Filosofia da Universidade de British Columbia, Eva Thompson assumiu um desafio. Construiu uma carreira estudando a abordagem da ciência cognitiva à mente; tornou-se intimo com a longa historia do Budismo, além de estudar e comentar a tradição Védica sobre a mente. Filho do historiador Willian Irwin Thompson, cuja Associação Lindisfarne propôs o “estudo e realização de uma nova cultura planetária”.  Eva cresceu nesse ambiente e com muito entusiasmo pelas tradições filosóficas não ocidentais e um ceticismo saudável com seus pressupostos espiritualistas.

“Waking Dreaming Being” começa com a valorização do impacto revolucionário da neurociência sobre a nossa compreensão do cérebro. Armado com ferramentas digitais de alta resolução, os pesquisadores mapearam as etapas críticas da cognição e da visão, além da linguagem e da memoria. O sucesso destes estudos, no entanto, levou alguns a considerarem como “neuro-reducionistas” – a proposição de que todos nós somos nada, além da gosma de nosso cérebro. Deste ponto de vista, a mente nunca é mais do que apenas a função cerebral. Uma vez que o funcionamento do cérebro pare de funcionar, a nossa consciência termina, nós terminamos e fim da historia.

Porém para outros, incluindo o próprio Thompson, algo essencial é deixado de fora desta conta neuro- reducionista. A vivacidade de nossa experiência não é nem encurralado nem esgotado por mapas ou traços de ondas cerebrais em um eletroencefalograma. Há uma “lacuna explicativa” pendurada entre a atividade neural e as experiências conscientes. Enquanto que esta lacuna levou alguns filósofos, como Colin McGinn argumentar que a consciência está simplesmente além da explicação cientifica, Thompson tomou uma outra direção.  Ele começou por nos lembrar que muito antes de Sócrates, o filosofo e meditadores do Norte da Índia já investigavam a consciência e sua dinâmica.

Quase 3.000 anos atrás, os primeiros praticantes védicos e, em seguida, os Budistas  articulavam sofisticados relatos na primeira pessoa de função cognitiva. Thompson argumenta que essas práticas contemplativas são implacavelmente empíricas. “Nas tradições Yogues”, escreve ele, “meditadores tem tanto a capacidade de serem abertamente conscientes de todo o campo de experiência sem selecionar ou suprir qualquer coisa que surja”.

Este treinamento torna a prática contemplativa diferente de tudo na caixa de ferramentas de um neurocientista. A dependência da Neurociência em instrumentos, descrições de terceira pessoa nas varreduras do cérebro significam que a experiência é filtrada. Como Thompson insiste em dizer, nossa consciência – o nosso Ser – simplesmente não é um tipo de ciência “coisa” que usam para estudar.

O título do livro ressalta a abordagem temática de Thompson. Seções sobre “Acordar” exploram a função cognitiva subjacente a atividade normal do dia a dia. Thompson em seus passeios pelo Abhidharmma do Budismo notou que o fluxo percebido pela consciência pode ser resolvido em momentos de atenção plena ou “momentos da mente”. Assim ele nos mostra em seus experimentos com a Neurociência moderna pode apoiar esta natureza discreta da percepção. As seções que tratam de “Sonhando” vão mais fundo, rejeitando a visão cientifica que muitas vezes declaram que os sonhos são simplesmente alucinações do cérebro: “Quando sonhamos, não temos “pseudo – percepções” que formam a base para falsas crenças; imaginamos um mundo dos sonhos e nos identificamos com nosso ego – sonho”. “A maioria de nós já teve algumas experiências de “Sonho lucido”” – reconhecendo que estamos despertos para o sonho enquanto ainda estamos dormindo. Mas para os Budistas na tradição do “Yoga do Sonho”, o sonho lucido é considerado uma habilidade treinável essencial para o progresso do aspirante como um adepto fiel da meditação: “Yoga do Sonho tenta nos mostrar como o mundo desperto ou mundo da Vigília não está fora e separado de nossa mente; é trazido e promulgado através de nossa percepção imaginativa”.

Estes são temas, segundo Thompson que os verdadeiros diálogos Leste-Oeste podem apresentar desafios fundamentais para a ciência. Todo o conhecimento do mundo, mesmo o conhecimento eventualmente transformado em forma cientifica, depende da experiência. Vivemos através e uma perspectiva que nunca pode ser totalmente livre. De acordo com Thompson que chegou a um acordo com o limite, em vez de varrer para debaixo do tapete, requerendo experiência em como tratar de forma primária e irredutível, uma noção bastante nativa das tradições contemplativas.

Thompson tem, no entanto, o prazer de espalhar os desafios ao seu redor. Com um equilíbrio mais do que evidente em sua discussão de “Ser” e, especificamente do “Morrer”. As tradições Budistas como a Védica estão profundamente comprometidas com a ideia de que a consciência persiste independentemente do cérebro. Thompson olha atentamente para a evidencia  do “fora do corpo”, a reencarnação e, em particular, as experiências do quase-morte com o anunciado “o céu é real”. Em todos os casos, ele argumenta, as evidencias apontam para essas experiências originárias de cérebros que são “desligados” ao morrer ou são “acionados” numa reanimação. O equilíbrio obstinado de Thompson nestas apresentações mostram as suas duvidas que “consciência – mesmo nas mais profundas formas de meditação – transcende o corpo vivo  e o cérebro”, onde tudo o mais é ressonante.

A Neurociência considera a vontade de morrer nada mais do que o inicio do fim da função cerebral, mas Thompson argumenta vigorosamente que as tradições contemplativas ainda oferecem uma ciência com uma nova e poderosa perspectiva. Para o Budismo, a dissolução da mente ocorre em camadas durante o processo da morte, semelhante ao adormecer. Como as pessoas que acompanham pacientes terminais sabem que o processo da morte pode levar horas ou mesmo dias. Assim, uma fenomenologia da morte – o que significa que detalhados relatos em primeira pessoa por aqueles treinados para assistir suas próprias mentes (incluindo a mentes em processo de morte) – seria um território fértil para futuro estudos neurocientíficos. Falando especificamente sobre relatos de experiências de quase-morte, Thompson pressiona um ponto que é muito vezes esquecido:

“O que isto significa em termos pragmáticos é parar de usar estas experiências para justificar os neuroreducionistas ou espiritualistas e, em vez de levá-las a serio  para o que elas realmente são – narrativas de experiências em primeira pessoa decorrentes de circunstancias que estamos todos a caminho de percorrer um algum momento”.

Essa citação resume este excelente livro de Eva Thompson.  Ante o debate que ocorre entre o ateísmo versus religião, ele nos pede para fazermos algo realmente radical retendo o julgamento sobre as grandes (talvez irrespondíveis) questões metafísicas de como devemos realizar nossas explorações. Em vez disso, podemos nos concentrar com honestidade e integridade de onde a informação experiencial empírica realmente reside. “Está lá”, diz ele, “bem diante de nós, na vida em que vivemos”.

Referência:
- Waking, Dreaming, being – Eva Thompson Columbia University

-  Adam Frank  no site  www.noetic.com

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sexta-feira, 13 de março de 2015

Workshop de Mandalas e Yantras

A Arte de Centrar-se

Poucas Vagas

Venha aprender as diversas formas de se utilizar as Mandalas e os Yantras: na Educação, nas Artes, nas Terapias, na Meditação, no Autoconhecimento, nos Recursos Humanos.

Este encontro propõe a você desenhar e pintar Mandalas e Yantras, desenvolvendo a criatividade, abrindo o coração para a Intuição e o Amor e assim encontrando uma forma de conexão com o Self.

Programação:
· O que são Mandalas e Yantras
· Tipos de mandalas
· Os números na Mandala
· Rosáceas e os Labirintos
· A Geometria Sagrada na Mandala
· As Mandalas e as Cores
· A cura através da cor
· Uso das Mandalas na Decoração
· Função terapêutica das mandalas
· Como usar as mandalas na Terapia
· Interpretação da Mandala criada.
· Meditação com Mandalas
· Mandalas Orientais e Ocidentais
· Yantras Orientais
· Sri Yantra
· Mantram e as Mandalas
· Mandalas em três dimensões
· Mandalas em rituais
· Os Yantras e os CaKras
· Como criar mandalas


Um curso vivencial e profundo!

Local: Rua Dona Eponina Afonseca, 130 – Chácara Santo  SP/SP


Valor do Investimento: R$ 176,00  – Curso Apostilado ( necessário confirmação de presença para impressão da apostila). Taxa de inscrição de R$ 36,00, pago com deposito bancário, o valor restante deverá ser pago no dia do curso.

Data: 11 de Abril de 2015 das 13h às 19h


Contato a facilitadora: saleela.devi@gmail.com

Telefone: (11) 9 9463 5825

Material: O Aluno deve levar seu próprio Kit de Artes onde deve conter (lápis de várias cores, Guache, Tintas de Pintar (se quiser), Colas Coloridas, Pincéis e o que mais desejar para usar a sua criatividade), compasso.

PARTICIPE TAMBÉM!


Ainda há vagas para o nosso RETIRO DE MEDITAÇÃO e SILÊNCIO no Templo Taikanji na Serra da Cantareira. Ela irá acontecer do dia 1 ao dia 3 de Maio/2015. Nela vamos estudar o tema CONSCIÊNCIA EMOCIONAL - Um Ensinamento do Dalai Lama - Um encontro de 3 dias de silêncio estudos e reflexão. Ensinamento e prática da Meditação Zazen com participação maravilhosa do Monge Enjo.  Entre em contato e saiba mais!


PARTICIPE também da nossa Oficina de Meditação, Saúde e Bem - Estar – encontros semanais toda quinta feira das 18h às 19h. Informe-se – Você vai gostar. Nela você aprende diversas técnicas passivas e dinâmicas, para desenvolver e usufruir o poder que contemplação feita de forma correta proporciona para a sua saúde física mental e emocional. Oficina é também um rico conhecimentos para profissionais da Saúde Mental. 




Estamos formando o nosso GRUPO DE ESTUDOS – “Um Curso em Milagres” – 
Nossos encontros acontecerão todas as quarta - feiras das 19h.15’ às 21h. – O estudo do livro Um Curso em Milagres proporciona uma nova visão e desenvolvimento da Espiritualidade, abrindo temas para discussão, reflexão e meditação. Inscrições Abertas – Informe-se! 


Se você deseja participar de um GRUPO DE ESTUDOS DE FILOSOFIA ORIENTAL - para autoconhecimento, crescimento profissional e pessoal, desenvolvimento e expansão de consciente, liderança consciente - ainda temos vagas. Estudos de textos canônicos, dos grandes Mestres e de livros especialmente escolhidos - Encontros semanais - toda quinta feira das 19h às 21h  - A hora de crescer e se desenvolver é AGORA! Aproveite!

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 Não praticamos spam, estamos apenas divulgando nosso trabalho e cursos, se não desejar receber nossos e-mails apenas solicite a remoção de seu nome. Obrigada!

segunda-feira, 9 de março de 2015

Shankara - A Jóia do Discernimento

Esta semana estaremos começando o Estudo sobre Shankara e seus ensinamentos no Grupo de Estudos de Filosofia Indiana.

Vida de Shankaracharya - As Aventuras de um Poeta Filósofo

O nascimento "filosófico" de um filósofo

No sul do estado indiano de Kerala viveu um casal de brahmins chamados de Nambudiri. Mesmo tendo todas as bênçãos da vida - campos férteis, vacas leiteiras abundantes, riqueza abundante, mansões e hostes de parentes amorosos bem construídos - tudo isso não conseguia dar alegria a eles pela simples razão de que, mesmo depois de muitos anos de felicidade conjugal, eles ainda não tinham sido abençoados com um símbolo de sua afeição - uma prole. 
Em sua angústia clamaram por Lord Shiva pedindo misericórdia. Diz-se que o grande Deus apareceu no sonho do marido e atendeu a seu desejo. Shiva deu ao estudioso angustiado duas opções: um filho talentoso, mas de curta duração, que tudo sabe, ou aquele que iria viver muito tempo, mas sem qualquer virtude especial ou grandeza. O homem sem filhos, em vez de declarar sua preferência, respondeu: "O que Senhor acha? Por favor, faça o que for melhor para a humanidade." Embora esta história possa ou não ser precisa no sentido moderno ou "histórico", se sustenta a moral significativa. Quando confrontado com uma escolha, pode-se aprender com este incidente que,  a pessoa que dá a escolha é muito maior do que a si mesmo, a melhor opção parece ser a de adiar a decisão ao doador da benção.
No devido tempo, a esposa digna ficou grávida. ela carregava dentro de si um feto excepcional que é glorificado nas biografias tradicionais: "com sua gravidez avançada, todo o seu corpo tornou-se brilhante como um sol escaldante difícil de olhar como é de admirar”. Era difícil para ela se mover, pois carregava dentro de si a energia de Shiva, que é o apoio de todos os mundos. Muitas mudanças ocorreram para ela, como por exemplo, uma lassidão geral e gradual rastejou sobre ela, fazendo com que tudo pesasse para ela.
Outra mudança psicológica, que quer que fosse raro que ela gostaria de ter, mas a sua obtenção, ela perdia imediatamente todo o interesse nele. Assim, os parentes trouxeram muitas delícias para agradar a futura mãe, mas seu interesse diminuía assim que ela os tinha experimentado.
Ao recém-nascido deram o nome de Shankara, que é apenas outro epíteto de Lord Shiva. Isso significa que era o doador (kara) da felicidade (SAM) para todos. Shankara cresceu como uma criança precoce e exibiu talento excepcional em absorver os antigos textos védicos. Seus pais, assim, naturalmente tinham grandes esperanças nele. Infelizmente, seu pai não estava por perto para testemunhar o florescimento pleno de seus talentos e faleceu quando Shankara tinha somente três anos.  Caiu para a sua mãe cuidar do filho e educa-lo sozinha. A mãe zelosa realizou sua cerimônia Upanayanam (ritual sagrado de nascer duas vezes), quando ele completou cinco anos, depois que ele foi despachado para a Gurukula para a sua educação primária. 
O rapaz foi abençoado com poderes prodigiosos dizia-se que ele se lembrava de tudo assim que um assunto vinha ao seu ouvido. Assim, ele dominou rapidamente todos os ramos necessários de aprendizagem, incluindo lógica, filosofia do Yoga e gramática. Mesmo nessa pouca idade, no entanto, o Shankara era muito perceptivo mostrando uma clara preferência para a doutrina não-dualista (Advaita) previsto nos textos antigos conhecidos como as Upanishads.

Vida Pregressa

Depois de terminar seus estudos, Shankara voltou para casa e continuou a levar uma vida dedicada à aprendizagem, e a servir à sua mãe. Durante este tempo a reputação de Shankara como uma criança extraordinária viajou para muito longe, tanto assim que o rei de Kerala desejando vê-lo enviou um ministro com uma grande comitiva para convidá-lo para o palácio real. 
Shankara, no entanto, não estava apaixonado pelo esplendor real e, polidamente, recusou o convite dizendo: "Eu sou um brahamchari (monge celibatário), e não deve deixar meus estudos atraídos pelo luxo de montar um elefante e as chances de ser homenageado por um rei. Por isso, é difícil para mim dar seguimento ao pedido e lamento que eu tenha que mandar de volta para casa todos decepcionados". Ao ouvir isso, o rei, que era um poeta talentoso, visitou Shankara pessoalmente e apreciou com ele muitas horas de discussão esclarecedora.
Embora Shankara vivesse uma vida normal em sua casa, suas tendências ascéticas eram óbvias para aqueles que o rodeavam. Isso causou muito sofrimento para a mãe, pois ele era sua única âncora emocional. Shankara, o filho dedicado que ele era, pensou consigo mesmo: "Eu não tenho a menor afeição por esta vida terrena Mas a mãe não permite-me para deixá-la. Ela é uma guruji para mim e eu não preciso fazer nada sem o seu consentimento.. . "
A vida continuou dessa maneira, até que um dia, quando Shankara foi banhar-se no rio. Mal entrou no fluxo de água que um crocodilo agarrou a sua perna e começou a arrastá-lo para águas mais profundas. Shankara gritou para sua mãe: "Mãe, este jacaré está me puxando para a morte iminente Se eu morrer com um desejo não realizado em meu coração, a minha alma não vai encontrar liberdade. Assim dê-me o seu consentimento para que eu me torne um Sannayasi. Que eu possa, pelo menos, cumprir o meu desejo, em princípio, e deixar este mundo em paz. " A mãe lamentando consentiu ao apelo de seu filho. Só então alguns pescadores nas proximidades jogaram as redes no crocodilo que, assim, intimidado, largou a perna de Shankara.
O jovem rapaz fez então os preparativos para deixar a casa de sua mãe, uma vez que como um sannayasi o mundo inteiro agora era sua casa.  a Tristeza da mãe não conhecia limites, mas tinha dado sua palavra não podia agora voltar atrás. Percebendo seu desespero, Shankara disse: "Mãe você está mesmo ciente de que este mundo não é senão uma pousada onde estamos juntos por um tempo exíguo Um dia, na estrada eterna, todas as almas estão destinadas a se unir com o Uno. Com a Realidade Absoluta. Você tem conforto material, você tem toda a nossa propriedade ancestral e eu vou tomar as providências que os nossos mais próximos e queridos parentes, cuidem de você na minha ausência“. Ele também prometeu a ela que ele estaria presente para realizar seus últimos ritos, quando a hora chegasse. Assim, garantindo o bem-estar de sua mãe, Shankara deixou sua morada e, foi  buscar um guru realizado que pudesse iniciá-lo com o sannayas (monge), embarcando em um modo de vida que tem na solidão um jardim florido, alimentos obtidos pelas bênçãos de Shiva e tendo a Shiva como único companheiro.
Movendo-se para o Norte, ele passou por várias terras, rios, cidades, montanhas, conheceu animais e homens nas margens do rio Narmada, milhares de quilômetros de distância de sua terra natal. A sombra das árvores altas no beira-rio e da brisa soprando através deles amenizavam a sua exaustão corporal por breves momentos. Ele, então, observado roupas muito simples penduradas nos galhos e percebeu que ele tinha alcançado uma ermida. Sua curiosidade foi despertada, ele perguntou aos ascetas que residem lá o nome do preceptor espiritual do Ashram. E descobriu que pertencia a Govindapada.
Shankara foi então levado para a caverna onde o sábio residia. Ele respeitosamente deu a volta à caverna por três vezes, em seguida, prostrou-se diante de sua entrada e orou ao guru para fazê-lo seu discípulo. Saindo de seu Samadhi (estado de supraconsciência), Guru Govindapada perguntou-lhe: "Quem é você?" Shankara  então, compôs uma composição de dez versos, em essência é o seguinte: "Eu não sou nem a terra, nem água, fogo, ar ou céu (os cinco elementos sutis), nem sou composto por suas propriedades. Ds órgãos dos sentidos, nem da mente. Eu sou, a Suprema Consciência subjacente a todos, conhecido como Shiva ". Ouvindo estas palavras, que demonstrou uma extraordinária elevada compreensão dos princípios metafísicos, ao que o guru foi transportado para os reinos de ecstasy e reconhecendo assim o talento de Shankara, iniciou-o como sannayasa.
Govindapada instruíu Shankara sobre as nuances da filosofia védica. Ele também apresentou o seu aluno para oBrahma Sutra escrito pelo sábio Vyasa (autor do épico Mahabharata). O Brahma Sutra é assim chamado porque seu tema é Brahman (a Realidade Ultima). É também chamado de Shaririksutra (estado corporal, uma vez que está preocupado com a alma encarnada); Bhikshusutra, porque aqueles que são competentes para estudá-lo são os sannayasins; Uttaramimamsasutra (Uttara - finais; mimamsa - inquérito), como se trata de um inquérito sobre as seções finais dos Vedas. Este texto sagrado, lida com as questões últimas da filosofia, consiste de 552 proposições ou aforismos (conhecidos como sutras), cada verso é redigido de forma breve o suficiente para deixar o leitor perplexo. Este fator, juntamente com a sua autoridade incontestável entre os textos antigos garantiu que fosse comentado por quase todas as figuras importantes na tradição filosófica indiana. Na verdade, seria possível rastrear grande parte da história da filosofia indiana, examinando os comentários sobre esse trabalho sozinho.
No momento especial quando Shankara estava estudando sob Govindapada, não havia unanimidade entre os estudiosos a respeito da interpretação do Brahma Sutra. Portanto, seu guru enviou Shankara para a cidade sagrada de Varanasi, que até então, como hoje, foi um grande lugar de aprendizagem e educação para que escrevesse um comentário sobre o texto, o que esclareceria as coisas e colocaria um fim à confusão reinante.
É sabido que toda a aprendizagem e conhecimento nos tempos antigos tinham de ser testada em Varanasi, na frente de especialistas, por isso a cidade era tão famosa. Shankara começou assim a sua missão da grande unificação das várias vertentes da filosofia indiana. É interessante notar aqui o sentido de unidade que permeava o pensamento de todos os estudiosos ao longo da história da Índia antiga conhecida como Bharatadesha na época. Estudiosos do leste, oeste, norte ou sul, todos tiveram que provar-se neste grande centro de erudição e de espiritualidade. Embora o conceito de um Estado-nação no sentido político possa ter sido alheio a precoce sociedade indiana, as idéias e os pensamentos filosóficos eram muito mais duradouros e estáveis sobre a unidade espiritual dessa terra que se estende do Himalaia ao Norte ate Kanyakumari, no sul. É essa ideia de ser um país que levou Shankara e muitos outros, mesmo em momentos em que não havia acesso fácil através de qualquer meio de transporte, para viajar para os quatro cantos da terra. A este respeito, a situação de muitos centros de peregrinação em todo o país em pontos estratégicos parece ser um exercício deliberado destinado a trazer todos os peregrinos espiritualmente inclinados em contato uns com os outros e reforçando o conceito de unidade como uma nação. Shankara resolveu assim ir para Varanasi, com grande satisfação e inspiração nesta cidade santa. Ao longo de um período de tempo, muitos jovens foram atraídos para a sua presença radiante e se tornaram seus discípulos. Saiba mais participando de nossas aulas.

Ou escreva para saleela.devi@gmail.com


quarta-feira, 4 de março de 2015

TERAPIA DE GRUPO

PSICOTERAPIA EM GRUPO

Se você está pensando um fazer uma Psicoterapia, existem várias opções disponíveis. Uma delas é a Terapia em Grupo. Dependendo do seu problema, a Terapia em Grupo pode ser uma escolha ideal para abordar suas preocupações e fazer transformações positivas em sua vida.

O que devo esperar?

A Terapia de grupo envolve um ou mais profissionais que lideram um grupo de cerca de 5 a 15 pacientes. Normalmente, os grupos se reúnem para uma ou duas horas por semana. Algumas pessoas gostam de serem atendidos tanto individualmente como em grupo, enquanto outros preferem de uma única forma.

Muitos grupos são programados para atingir um problema específico, como depressão, obesidade, síndrome do pânico, ansiedade social, dores crônicas ou abuso de substancias. Outros grupos se concentram no geral, na melhoria das competências sociais, ajudando as pessoas a lidarem com uma serie de diferentes questões, como a raiva, a timidez, solidão ou a baixa autoestima. A Terapia de Grupo muitas vezes ajudam também aqueles que passam por dificuldades em lidar com o luto ou a perda, problemas de suicídio na família, etc.

Benefícios da Terapia em Grupo

Participar de um grupo formado por pessoas estranhas pode a princípio parecer intimidante, mas a Terapia de Grupo fornece benefícios que o processo individual não oferece. Muitos Psicoterapeutas confirmam que os membros do grupo são quase sempre surpreendidos por quão gratificante a experiência do grupo pode ser.

Os grupos podem agir como uma rede de apoio. Outros membros do grupo, muitas vezes ajudam a avançar com ideias especificas para melhorar uma situação difícil ou com os desafios da vida, ajudando na própria responsabilização ao longo do caminho.

Regularmente falam e ouvem os outros também ajudando a colocar os próprios problemas em perspectivas. Muitas pessoas experimentam dificuldades de saúde mental, mas poucos falam abertamente sobre elas para as pessoas que não conhecem bem.  Muitas vezes, um paciente pode sentir que ele é o único a lutar, mas descobre que não é. Pode ser um alivio por alguns instantes ouvir outras pessoas e discutir com elas, trocar as experiências e posicionamentos e perceber que não está sozinho.

A diversidade é outro importante benefício da Terapia de Grupo. As pessoas têm diferentes personalidades, formação e cultura, e cada membro olha para uma situação de forma diferente. Ao ver como outras pessoas resolvem seus problemas e provocam mudanças positivas, o paciente pode descobrir toda uma gama de estratégias para enfrentar as suas próprias preocupações.

Mais do que apoio

Enquanto os membros do grupo são uma valiosa fonte de apoio, sessões formais de Terapia em Grupo oferecem benefícios além dos grupos de auto-ajuda ou de apoio informal. Sessões de Terapia de Grupo são lideradas por um ou mais profissionais da saúde mental, que ensinam os membros do grupo estratégias para a gestão de problemas específicos, como controle da raiva, reconhecimento dos desequilíbrios emocionais, etc. essa orientação mais especializada pode ajudar a tirar o máximo partido da experiência de Terapia de Grupo.

Participando de um grupo

A escolha de um grupo é muito importante. Ele pode ser Aberto ou Fechado. Grupos Abertos são aqueles em que os novos membros podem aderir a qualquer momento. Grupos fechados são aqueles em que todos os membros do grupo começam ao mesmo tempo e não é permitida a entrada de novos membros ao longo do trabalho. O grupo fechado pode ter um prazo, por exemplo de 12 semanas. Existem prós e contras de cada tipo. Em um Grupo Aberto pode haver um período de adaptação para conhecer os demais membros participantes do grupo. No entanto, para participar de um grupo fechado pode ter que esperar meses pela formação de um novo grupo.

Quantas pessoas podem participar?

Os grupos podem ser pequenos, e assim haverá mais tempo para que o Psicoterapeuta possa se concentrar mais em cada individuo, mas grupos maiores oferecem uma maior diversidade e mais perspectivas. É melhor consultar o Psicoterapeuta sobre o que é melhor. Grupos geralmente funcionam muito bem quando os membros experimentam dificuldades semelhantes em níveis semelhantes.

A Terapia de grupo é suficiente?

Muitas pessoas optam por participar tanto da Terapia de Grupo como da Individual, participar de ambos os tipos de Psicoterapia pode aumentar suas chances de ganhar valiosas mudanças e provavelmente mais duradouras. Se você já participou de processo individual e seu progresso estagnou, participar de um grupo pode impulsionar o seu crescimento individual.

O quanto devo compartilhar?

A confidencialidade é uma parte importante das regras básicas da Terapia de Grupo. No entanto, não há nenhuma garantia absoluta de privacidade ao compartilhar com outras pessoas os seus problemas e angustias, por isso é necessário usar sempre o bom senso ao divulgar informações pessoais, pois nem o Psicoterapeuta pode ser responsabilizado por eventuais deslizes de algum membro fora dos encontros semanais. E lembrando que todos os pacientes estão ali por uma razão e irão compartilhar sua historia pessoal. Grupos funcionam melhor quando há uma comunicação aberta e honesta entre os membros. Normalmente os grupos começam como um encontro de pessoas estranhas, mas em curto espaço de tempo, cada um provavelmente vai encontrar no outro uma fonte valiosa e de suporte confiável.


Se você gostou e deseja se inscrever para participar de uma Terapia de grupo estamos abrindo inscrições para um Grupo aberto na segunda feira pela manhã e outra na terça feira à noite. Escreva para obter mais informações para a Psicoterapeuta Sonia A. F. Santos para o e-mail: saleela.devi@gmail.com