sexta-feira, 31 de maio de 2013

SHIVA MINASA POOJA

LORD SHIVA
Adoração ao Senhor Shiva
Está é a história do culto a ser realizado em dezesseis segundas-feiras consecutivas.
Um dia Bhagavan Bhutanath – Senhor Shiva, como Senhor de todos os seres, resolveu visitar o mundo do Samsara (o mundo da matéria e dos relacionamentos), juntamente com sua bem-amada esposa Parvati. 
Eles viajaram muito, visitando terras diferentes, até chegarem à cidade de Amaravati. Era uma cidade maravilhosa e no seu centro existia um templo dedicado ao Senhor Shiva, onde decidiram ser abrigar.
Certo dia, a Deusa Mãe quis jogar “Chalsar”, um jogo de dados indiano, com seu marido.  Enquanto o casal divino se divertia com o jogo, entrou no templo um brâmane pujari. Parvati parou e perguntou ao brâmane: Quem vai ganhar o jogo? Sem hesitar o pujari prontamente respondeu – Shakariji Shiva vai ganhar!
Depois de certo tempo, Parvati perdeu o jogo de dados e ficou muito irritada. Sem pensar Ela se lembrou da previsão do brâmane. Shiva lhe pediu calma, que controlasse a raiva, afinal era só um passatempo, mas a Deusa não cedeu; e em sua raiva amaldiçoou o brâmane a sofrer de lepra.
Imediatamente, o sacerdote foi atacado pela doença. Ele ficou muito triste e sofrendo de muita dor. Muitos dias se passaram e o brâmane sofria muito e pensava: Por que recebi tal maldição da Mãe Divina? O que foi que fiz de errado, para sofrer tal castigo? O que eu deveria fazer para obter sua graça? Sua mente ficava agitada e seu corpo doía.
Um dia, quando entrava no templo dedicado ao Senhor Shiva, o brâmane viu a mais bela ninfa celeste. Seu rosto era jovial, belo e brilhante. Era a beleza angelical de uma Apsara, uma donzela celestial que serve aos Deuses. O brâmane angustiado caiu de joelhos aos seus pés, e ela amorosamente deu-lhe as seguintes instruções: “Com toda a sua energia e devoção, no máximo de sua capacidade, execute o culto ao Senhor Shiva em dezesseis segundas feiras consecutivas. Toda a dor e sofrimento que vos aflige irão se dissolver completamente, se você adorar ao Senhor Shiva com devoção pura e sincera!”.
A Apsara de radiante beleza ensinou exatamente ao brâmane como realizar o Pooja de Shiva: “No inicio da manhã de cada segunda – feira você deve tomar banho e usar uma roupa de tecido branco puro para cobrir o corpo. Depois você deve pegar um quilo de farinha de trigo branca, uma mistura de “gur e de Ghee” e fritar tudo, este prato se chama “Churma”. Pegue o prato, uma lamparina de Ghee, bem como o Gur, um cordão sagrado (Japa) pasta de sândalo, grãos de arroz e flores. De posse destes itens, você deve adorar ao Senhor Shiva; fazendo em sua testa três linhas na horizontal e uma marca de sândalo no centro. Ao terminar, você deve retirar o Prasad e fazer como de costume. Recite os mantras do Senhor Shiva, cante suas músicas, faça o Homa (o fogo sacrificial) e todas as outras formas de adoração ao Senhor Shiva. Concluindo o seu culto ao Senhor Shiva desta forma, por dezesseis segundas – feiras, na décima sétima você vai oferecer um Prasad ainda maior feito com total devoção e amor. Você sentirá as bênçãos do Senhor cair sobre você, será libertado de toda dor e sofrimento e atingirá as maiores graças e boa sorte”
Finalizando seu ensinamento, a Apsara desapareceu. O brâmane ficou espantado com essa visão e com plena fé, observou o Sankalpa por dezesseis segundas-feiras em cada detalhe. Toda segunda-feira ele usava uma roupa branca, entoava os mantras de Shiva e oferecia as ofertas apropriadas. Ao final, viu-se curado da doença e libertado de todo sofrimento. Assim tornou-se muito conhecido, pela sua riqueza e bondade era respeitado em todo reino.
Ele passou a ensinar a adoração ao Senhor Shiva para muitas pessoas necessitadas das graças do Senhor e continuou a inspirar as pessoas de sua comunidade para que sempre se inspirassem em sua história com verdade e alegria.
Certa vez, quando viajava pelo reino, foi passar uns dias no templo onde Parvati o havia amaldiçoado. E lá estava também a Mãe Cósmica em visita. Ao vê-lo, a Grande Mãe ficou muito surpresa ao perceber que ele não estava mais doente. O brâmane contou a Deusa como obteve a sua cura. Parvati encantada, também agraciou o brâmane reforçando sua alegria.
Parvati contou então ao filho Kartikeya o segredo maravilhoso da cura do puraji e como era o culto ao seu amado marido. Kartikeya tinha um amigo que não conseguia uma esposa e desejava casar-se ardentemente. Sabendo como fazer um culto a Shiva ele observou as dezesseis segundas-feiras com muita fé e amor.
Após concluir a devoção precisou fazer uma longa viagem a um reino distante. Ao chegar ao reino, ouviu dizer que o Rei iria fazer uma importante declaração em praça pública sobre o noivado de sua única filha.
O Rei prometeu a mão de sua filha em casamento àquele que fosse escolhido pelo seu elefante favorito. O elefante carregaria uma coroa de flores e em quem ele colocasse a coroa ao redor do pescoço, de acordo com o entendimento dos textos divinos, seria o escolhido para marido da princesa.
O viajante curioso resolveu assistir a cerimônia de noivado na praça, pois ele nunca tinha ouvido falar de semelhante forma de escolher um marido, principalmente para alguém que seria o futuro rei. A praça estava lotada de pretendentes de todas as castas, o elefante caminhava lentamente como que observando a fila de homens reunidos para a ocasião, e aproximou-se do viajante colocando-lhe a coroa no pescoço. O Rei cumpriu com sua palavra e feliz cedeu a mão da filha ao noivo escolhido pelo elefante. O mais belo casamento foi realizado e o viajante tornou-se membro da família real. O Senhor Shiva o havia abençoado!
Com o tempo, o viajante contou a esposa que havia realizado a adoração ao Senhor Shiva, contando em detalhes como havia realizado o Pooja por dezesseis segundas feiras. Ela estava ansiosa por ter filhos, embora houvesse muito amor entre eles, esta benção ainda não tinha acontecido e era aguardada por todo o reino. A princesa com toda devoção e amor decidiu também fazer a adoração ao Senhor.  Shiva ficou muito feliz por devoção e a princesa deu à luz a um filho maravilhoso.
A criança cresceu e transformou em um homem forte e vigoroso, queria ser um bom rei para honrar seus antepassados. Contou à mãe sobre seus sonhos e ela revelou-lhe o segredo da adoração à Shiva. Ao que o rapaz prontamente seguiu seus ensinamentos com detalhes. Na décima sétima segunda feira, um mensageiro de um reino distante. O Rei do reino distante ficou sabendo da beleza e sabedoria do príncipe e queria que sua filha se casasse com ele. Seu pai muito feliz e orgulhoso prontamente consentiu na união dos jovens príncipes, e realizou uma festa ainda mais bela.
O pai da princesa já era um homem velho e doente, e tão logo o casamento se realizou transferiu ao marido da filha os deveres do reino.  Com a intenção de ser um bom rei, o jovem decidiu fazer um novo Pooja à Shiva, para que esta transferência de poderes acontecesse da melhor forma possível. Ele queria que sua esposa participasse, para que também fosse uma boa rainha. Mas a princesa passou os detalhes do Pooja para um de seus servos, ela não queria ir para a cozinha, preparar o Prasad.
No momento de iniciar o Pooja o novo rei recebeu uma mensagem: “Se o rei não deixar a rainha insolente, sua linhagem será consumada!”.
Apavorado ao ouvir a mensagem o rei ficou admirado e consternado, não entendia o que estava acontecendo e o que ele deveria fazer? Recorreu aos seus ministros, contando sobre a mensagem e a ameaça de ruína sobre a sua família. Os ministros contaram ao rei que a princesa desobedecerá às suas ordens e pediu a um servo para fazer o Prasad. Disseram-lhe que ele deveria abandonar a rainha imediatamente ou ela só lhe causaria problemas.
A rainha ao saber do acontecido ficou muito triste. Ela foi imediatamente exilada. Passou a vagar pelo reino, mas ninguém lhe dava acolhimento ou abrigo. De rainha ficou reduzida a mendicância. Seu belo vestido estava rasgado e sujo, ela não tinha mais sapatos. Nem as pessoas mais velhas e sábias olhavam para ela. Era expulsa de todos os lugares.
Certo dia encontrou um velho homem que lavava pratos, mesmo com medo de ser rejeitada novamente, mas sentindo muito frio e fome procurou pelo velho homem contando sua história. Ele trabalhava justamente no templo do Senhor Shiva, ajudava na cozinha e tirava o leite fresco para levar ao templo. Ele sentiu uma profunda compaixão pela pobre mulher e deu-lhe refúgio no templo do Senhor.
Mas logo tudo o que ela tocava ficava em ruínas, até mesmo os alimentos que lhe eram oferecidos logo se enchiam de vermes. O sacerdote do templo viu seu sofrimento intenso e doloroso. Então ele orientou a rainha a apaziguar a ira de Shiva, ensinou-lhe a realizar pooja nas dezesseis segundas-feiras seguintes. A rainha ouviu com atenção todos os detalhes e fez como lhe foi ensinado com muita fé e devoção.
Na décima sétima segunda feira, o rei ouviu uma voz divina que lhe dizia para ir procurar por sua esposa, por ordem do Senhor Shiva. O rei prontamente enviou embaixadores e mensageiros por todos os reinos, e uma ordem que não voltassem enquanto não encontrassem sua esposa. Ao descobrir seu paradeiro, o rei foi imediatamente ao seu encontro.
Ficou extremamente feliz ao saber que a benção veio após ela realizar o Pooja do Senhor. Agradecido o rei honrou o sacerdote e o templo de Shiva sem poupar despesas. O sacerdote muito ficou muito feliz e abençoou os dois.
O rei e a rainha retornaram ao palácio onde os súditos de todo o reino esperava pela rainha. Todo reino comemorou e o rei e a rainha deram presentes para todos, era o inicio de um longo e feliz reinado, Shiva concedeu a rainha a benção de ter muitos filhos, e a promessa de que quando morressem iriam direto para o Shivaloka.
Esta é a história da adoração ao Senhor Shiva. Dizem os velhos sábios que quem a ler com devoção, ou ouvi-la com atenção aguçada, no momento da adoração ao Senhor numa segunda – feira será abençoada com saúde, riquezas, a cessação de todos os distúrbios e a realização de todos os desejos. Está é a promessa do Senhor Shiva – o Um sem Segundo – Om Namah Shivaya.
Nas várias tradições espirituais na Índia e nos muitos textos sagrados são ensinados diferentes práticas de adorar as divindades, estes rituais de oferecimentos são comumente chamados de Pooja.
Nos Poojas são oferecidos diversos objetos materiais como incenso, frutas, doces, flores entre outros, são usados utensílios de metal como pratos, bandejas e vasos. São os Poojas externos.
Existe também o Pooja interno. É uma técnica de adoração ao Senhor Shiva muito especial. Em vez de utilizar os diferentes objetos materiais, o devoto usa a sua criatividade mental, sua imaginação para fazer o Pooja e em sua mente ele faz as oferendas, como se estivesse realizando o Pooja externo, com muita fé e devoção.
Embora seja contraditório muitos mestres ensinam que o Pooja interno é muito mais forte, eficiente e poderoso que o Pooja externo. Da mesma forma que entoar mantram mentalmente é muito mais poderoso que entoar em voz audível. Mas o que vale mesmo é o amor dedicado a Shiva, a entrega e a fé durante a realização do Pooja.
O hino utilizado no Pooja de Shiva é o Shiva Manasa Pooja, que fala especialmente do significado de se adorar ao Senhor. Pode-se imaginar o oferecimento das maiores honrarias e variados Prasad além de banho, frutas, flores, roupas, lamparinas de Ghee e outros presentes. Tudo feito mentalmente e na mais profunda entrega e devoção. O Senhor Shiva amorosamente aceita todos os oferecimentos e presentes e abençoa  nos libertando de todo mal, do karma negativo, das doenças e outro males conscientes e inconscientes.
A adoração ao Senhor Shiva deve ser feita à noite entoando primeiro o Shiva Mahina Stotram e depois o Shiva Manasa Puja. Um exemplo de entoação está neste site: http://www.youtube.com/watch?v=EXJmGcvVjSo
O Shiva Mahimna Stotram – Hino sobre a grandeza de Lord Shiva
O Shiva Mahimna Stotra é muito popular entre os Stotram é muito popular entre os devotos do Senhor Shiva e é considerado um dos melhores entre todos os Stotras ou Stutis oferecidos ao Senhor Shiva.
Conta a lenda Pushpa Dantha era um Gandharva, ou seja um ser celestial, que entoava cânticos a Deus na corte de Indra. Ele era um devoto do Senhor Shiva, bem como um amante das flores. Ele costumava roubar as mais belas flores do jardim do Rei Chithra Ratha e as oferecia à Shiva.
Como resultado, o Rei Chithra Ratha nunca tinha belas flores para fazer suas oferendas no Templo de Shiva. Mandou seu jardineiro real investigar o que acontecia no jardim do palácio e descobrir o que acontecia quando as mais belas flores floresciam.
O que ninguém sabia  é que Pushpa Dantha, sendo um Gandharva era invisível, e a investigação do jardineiro não era então bem sucedida e as flores continuavam desaparecendo. Então o Rei Chithra, armou uma armadilha para o ladrão e espalhou folhas de Bilwa em seu jardim, e essas folhas são as preferidas do Senhor Shiva.
Pushpa Dantha ao tentar roubar as flores do jardim real, pisou nas folhas de Bilwa sem saber. Lord Shiva ficou muito irritado com o Gandharva, porque considerou a situação um desrespeito e o puniu retirando dele todos os seus poderes celestiais.
Arrependido, Pushpa Dantha, compôs a grande oração Shiva Mahimna Stotra, a oração falando das grandezas do Senhor Shiva, emocionou o Deus que o perdoou devolvendo seus poderes.
Facilmente na internet é possível encontrar três traduções do Devanagari para o inglês.

Shiva Mahimna Stotram – English Lyrics

Atha śrī śivamahimnastotram ||

mahimna pāra te paramaviduo yadyasadśī
stutirbrahmādīnāmapi tadavasannāstvayi gira |
athā_vācya sarva svamatipariāmāvadhi gṛṇan
mamāpyea stotre hara nirapavāda parikara || 1 ||

atīta panthāna tava ca mahimā vāmanasayo
atadvyāvttyā ya cakitamabhidhatte śrutirapi |
sa kasya stotavya katividhagua kasya viaya
pade tvarvācīne patati na mana kasya na vaca || 2 ||

madhusphītā vāca paramamamta nirmitavata
tava brahman– ki vāgapi suragurorvismayapadam |
mama tvetā ī guakathanapuyena bhavata
punāmītyarthe_smin puramathana buddhirvyavasitā || 3 ||
tavaiśvarya yattajjagadudayarakāpralayakt
trayīvastu vyasta tisruu guabhinnāsu tanuu |
abhavyānāmasmin varada ramaīyāmaramaī
vihantu vyākrośī vidadhata ihaike ja_adhiya || 4 ||

kimīha kikāya sa khalu kimupāyastribhuvana
kimādhāro dhātā sjati kimupādāna iti ca |
atarkyaiśvarye tvayyanavasara dustho hatadhiya
kutarko_ya ścit mukharayati mohāya jagata || 5 ||

ajanmāno lokā kimavayavavanto_pi jagatā
adhiṣṭhātāra ki bhavavidhiranādtya bhavati |
anīśo vā kuryād bhuvanajanane ka parikaro
yato mandāstvā pratyamaravara saśerata ime || 6 ||

trayī sākhya yoga paśupatimata vaiṣṇavamiti
prabhinne prasthāne paramidamada pathyamiti ca |
rucīnā vaicitryādjukuila nānāpathajuā
nṛṇāmeko gamyastvamasi payasāmarava iva || 7 ||

mahoka khaga paraśurajina bhasma phaina
kapāla cetīyattava varada tantropakaraam |
surāstā tāmddhi dadhati tu bhavadbhūpraihitā
na hi svātmārāma viayamgatṛṣṇā bhramayati || 8 ||
dhruva kaścit sarva sakalamaparastvadhruvamida
paro dhrauvyā_dhrauvye jagati gadati vyastaviaye |
samaste_pyetasmin puramathana tairvismita iva
stuvan– jihremi tvā na khalu nanu dhṛṣṭā mukharatā || 9 ||

tavaiśvarya yatnād yadupari virincirhariradha
paricchetu yātāvanalamanalaskandhavapua |
tato bhaktiśraddhā-bharaguru-gṛṇadbhyā giriśa yat
svaya tasthe tābhyā tava kimanuvttirna phalati || 10 ||

ayatnādāsādya tribhuvanamavairavyatikara
daśāsyo yadbāhūnabhta raaka_ū-paravaśān |
śirapadmaśreī-racitacaraāmbhoruha-bale
sthirāyāstvadbhaktestripurahara visphūrjitamidam || 11 ||

amuya tvatsevā-samadhigatasāra bhujavana
balāt kailāse_pi tvadadhivasatau vikramayata |
alabhyā pātāle_pyalasacalitāguṣṭhaśirasi
pratiṣṭhā tvayyāsīd dhruvamupacito muhyati khala || 12 ||
yadddhi sutrāmo varada paramoccairapi satī
adhaścakre bāa parijanavidheyatribhuvana |
na taccitra tasmin varivasitari tvaccaraayo
na kasyāpyunnatyai bhavati śirasastvayyavanati || 13 ||

akā_a-brahmā_a-kayacakita-devāsurak
vidheyasyā_ _sīd– yastrinayana via sahtavata |
sa kalmāa kaṇṭhe tava na kurute na śriyamaho
vikāro_pi ślāghyo bhuvana-bhaya- bhaga- vyasanina || 14 ||

asiddhārthā naiva kvacidapi sadevāsuranare
nivartante nitya jagati jayino yasya viśikhā |
sa paśyannīśa tvāmitarasurasādhāraamabhūt
smara smartavyātmā na hi vaśiu pathya paribhava || 15 ||

mahī pādāghātād vrajati sahasā saśayapada
pada viṣṇorbhrāmyad bhuja-parigha-ruga-graha- gaam |
muhurdyaurdausthya yātyanibhta-jaā-tā_ita-taā
jagadrakāyai tva naasi nanu vāmaiva vibhutā || 16 ||

viyadvyāpī tārā-gaa-guita-phenodgama-ruci
pravāho vārā ya pṛṣatalaghudṛṣṭa śirasi te |
jagaddvīpākāra jaladhivalaya tena ktamiti
anenaivonneya dhtamahima divya tava vapu || 17 ||

ratha koī yantā śatadhtiragendro dhanuratho
rathāge candrārkau ratha-caraa-pāi śara iti |
didhakoste ko_ya tripuratṛṇamā_ambara-vidhi
vidheyai krī_antyo na khalu paratantrā prabhudhiya || 18 ||

hariste sāhasra kamala balimādhāya padayo
yadekone tasmin– nijamudaharannetrakamalam |
gato bhaktyudreka pariatimasau cakravapua
trayāā rakāyai tripurahara jāgarti jagatām || 19 ||

kratau supte jāgrat– tvamasi phalayoge kratumatā
kva karma pradhvasta phalati puruārādhanamte |
atastvā samprekya kratuu phaladāna-pratibhuva
śrutau śraddhā badhvā d_haparikara karmasu jana || 20 ||

kriyādako daka kratupatiradhīśastanubh
ṛṣīāmārtvijya śaraada sadasyā sura-gaā |
kratubhraśastvatta kratuphala-vidhāna-vyasanina
dhruva kartu śraddhā-vidhuramabhicārāya hi makhā || 21 ||

prajānātha nātha prasabhamabhika svā duhitara
gata rohid– bhūtā riramayiumṛṣyasya vapuā |
dhanueryāta divamapi sapatrāktamamu
trasanta te_dyāpi tyajati na mgavyādharabhasa || 22 ||

svalāvayāśasā dhtadhanuamahnāya tṛṇavat
pura pluṣṭa dṛṣṭvā puramathana pupāyudhamapi |
yadi straia devī yamanirata-dehārdha-ghaanāt
avaiti tvāmaddhā bata varada mugdhā yuvataya || 23 ||

śmaśānevākrī_ā smarahara piśācā sahacarā
citā-bhasmālepa sragapi nkaroī-parikara |
amagalya śīla tava bhavatu nāmaivamakhila
tathāpi smartṝṇā varada parama magalamasi || 24 ||

mana pratyakcitte savidhamavidhāyātta-maruta
prahṛṣyadromāa pramada-salilotsagati-dśa |
yadālokyāhlāda hrada iva nimajyāmtamaye
dadhatyantastattva kimapi yaminastat kila bhavān || 25 ||

tvamarkastva somastvamasi pavanastva hutavaha
tvamāpastva vyoma tvamu dharairātmā tvamiti ca |
paricchinnāmeva tvayi pariatā bibhrati gira
na vidmastattattva vayamiha tu yat tva na bhavasi || 26 ||

trayī tisro vttīstribhuvanamatho trīnapi surān
akārādyairvaraistribhirabhidadhat tīravikti |
turīya te dhāma dhvanibhiravarundhānamaubhi
samasta vyasta tvā śaraada gṛṇātyomiti padam || 27 ||

bhava śarvo rudra paśupatirathogra sahamahān
tathā bhīmeśānāviti yadabhidhānāṣṭakamidam |
amumin pratyeka pravicarati deva śrutirapi
priyāyāsmaidhāmne praihita-namasyo_smi bhavate || 28 ||
namo nediṣṭhāya priyadava daviṣṭhāya ca nama
nama kodiṣṭhāya smarahara mahiṣṭhāya ca nama |
namo variṣṭhāya trinayana yaviṣṭhāya ca nama
nama sarvasmai te tadidamatisarvāya ca nama || 29 ||

bahula-rajase viśvotpattau bhavāya namo nama
prabala-tamase tat sahāre harāya namo nama |
jana-sukhakte sattvodriktau m_āya namo nama
pramahasi pade nistraiguye śivāya namo nama || 30 ||

kśa-pariati-ceta kleśavaśya kva ceda kva ca tava gua-sīmollaghinī
śaśvadddhi |
iti cakitamamandīktya mā bhaktirādhād varada caraayoste vākyapupopahāram || 31 ||

asita-giri-sama syāt kajjala sindhu-pātre sura-taruvara-śākhā lekhanī
patramurvī |
likhati yadi ghītvā śāradā sarvakāla tadapi tava guānāmīśa pāra na yāti
|| 32 ||

asura-sura-munīndrairarcitasyendu-maule grathita-guamahimno
nirguasyeśvarasya |
sakala-gaa-variṣṭha pupadantābhidhāna ruciramalaghuvttai
stotrametaccakāra || 33 ||
aharaharanavadya dhūrjae stotrametat pahati paramabhaktyā śuddhacitta
pumān ya |
sa bhavati śivaloke rudratulyastathā_tra pracuratara-dhanāyu putravān
kīrtimāśca || 34 ||
maheśānnāparo devo mahimno nāparā stuti |

aghorānnāparo mantro nāsti tattva guro param || 35 ||
dīkā dāna tapastīrtha nāna yāgādikā kriyā |

mahimnastava pāhasya kalā nārhanti o_aśīm || 36 ||
kusumadaśana-nāmā sarva-gandharva-rāja
śaśidharavara-maulerdevadevasya dāsa |
sa khalu nija-mahimno bhraṣṭa evāsya roāt

stavanamidamakārīd divya-divya mahimna || 37 ||
suragurumabhipūjya svarga-mokaika-hetu
pahati yadi manuya prānjalirnānya-cetā |
vrajati śiva-samīpa kinnarai stūyamāna

stavanamidamamogha pupadantapraītam || 38 ||
āsamāptamida stotra puya gandharva-bhāitam |

anaupamya manohāri sarvamīśvaravaranam || 39 ||
ityeā vāmayī pūjā śrīmacchakara-pādayo |

arpitā tena deveśa prīyatā me sadāśiva || 40 ||
tava tattva na jānāmi kīdśo_si maheśvara |

yādśo_si mahādeva tādśāya namo nama || 41
ekakāla dvikāla vā trikāla ya pahennara |

sarvapāpa-vinirmukta śiva loke mahīyate || 42 ||
śrī pupadanta-mukha-pakaja-nirgatena
stotrea kilbia-harea hara-priyea |
kaṇṭhasthitena pahitena samāhitena

suprīito bhavati bhūtapatirmaheśa || 43 ||
|| iti śrī pupadanta viracita śivamahimna stotra samāptam ||
Author: Puśpadantha

Referência:

· http://thegodshiva.blogspot.com/









Nenhum comentário:

Postar um comentário