sábado, 25 de maio de 2013

Visnu, em sua manifestação como Srinivasa

SRINIVASA
Existem muitas histórias de Lord Visnu nos Puranas e outros textos indianos. Lord Visnu é um dos três Deuses da Trimurti, sendo considerado ao Deus da Preservação e Ele manifestou-se na terra várias vezes, por exemplo como Krsna.
A história abaixo é de Visnu como Srinivasa.  Conta a historia que Visnu veio à terra como Srinivasa ou Venkateswara casado com Padmavathi, que não era outra senão a sua consorte a Deusa Laksmi.
Conta-se que Bhrigu e outros rishis estavam fazendo um Yaga (sacrifico védico) – para o bem estar da humanidade. O sábio Narada chega junto a eles e pede: “Quem, entre os Deuses da Trindade (Brahma, Visnu e Siva) deve ser apaziguado com esse sacrifício?
Os sábios entraram num debate, para decidir qual era o Deus a quem o Yaga ia ser oferecido. Narada que era muito astuto, sugere que cada um dos três Deuses deveria ser individualmente testado quanto ao seu comportamento e propõe que o sábio Bhrigu fizesse a escolha final, ao que este aceita.
O velho sábio vai então para Satyalokam, onde Brahma o Deus da Criação mora e o encontra junto à sua amada esposa Sarasvasti, a Deusa do Conhecimento, das Artes e da Música, logicamente Brahma não gostou da visita surpresa. Bhrigu fica com muita raiva por ter sido maltratado por Brahma e o amaldiçoa a não ter quaisquer templos que o adore.
Assim Bhrigu, decide fazer uma visita a Siva em Kailasa. Ao chegar lá, tem a bela visão de Siva e Parvati totalmente envolvidos na dança cósmica. Sentindo-se ofendido por nem ter sido notado por eles, o sábio amaldiçoa Siva a nunca ter manifestação na forma humana e a ser adorado somente com cinzas e folhas.
Então restou a visita à Visnu e sua consorte a Deusa Lakshmi em Vaikuntha. Mas para sua surpresa Visnu e Lakshmi estavam envolvidos em uma aventura amorosa e também não perceberam sua presença. Indignado pelo desprezo que recebeu de todos e tomado por uma profunda raiva, Bhrigu chuta Visnu bem no meio do peito.
Porém Visnu longe de se sentir indignado pela atitude do sábio, implora por seu perdão e massageia os pés cansados e doloridos do Bhrigu, e ao fazer este ato de generosidade remove o olho do ego e da ignorância do sábio. Bhrigu de repente percebe seu erro e louvando ao Lord Visnu, retorna para junto de seus companheiros sentindo- se um homem castigado.
A Deusa Lakshmi, porém não gostou da atitude seu Senhor, na verdade ela sentia-se insultada, pela visita repentina e sem aviso do sábio naquele momento tão inoportuno. Enfurecida, por Visnu não ter punido o sábio, ela vai embora de Viakuntha, deixando Visnu sozinho. Sem saber viver sem sua amada Lakshmia, Visnu parte de Vaikuntha à sua procura.
Depois de experimentar tantos sentimentos ruins, Lakshmi decide purificar-se fazendo penitência na Terra. Narada uni-se a Brahma e Siva para informar Lakshmi que Visnu esta no topo da montanha Seshachal definhando, sem comer nem beber por causa dela.  Desesperada Lakshmi pede ajuda aos Deuses Brahma e Siva fazendo um plano para ajudar Visnu. Siva toma a forma de uma vaca e Brahma de um bezerro.
Lakshmi aparece diante do Rei Cholaraja,, cujo reino inclui a montanha Seshachal, na forma de gopi (uma vaqueira) e lhe vende os animais. O rei coloca então a vaca e o bezerro para pastarem junto com seu rebanho, na montanha. A vaca distanciando – se do rebanho, derrama leite na boca Visnu para saciar sua fome e sede. O rei ao ver a cena, fica muito irritado e dá ordens a seus vaqueiros para recuperar a vaca.  O vaqueiro aborrecido com a ordem arremessa um machado na vaca, que assustada foge para longe, enquanto que o machado ricocheteia numa pedra e volta em direção ao vaqueiro matando-o.
Ao ver o vaqueiro morto, o rei se arrepende e pede a Lord Visnu que lhe demonstre misericórdia. Visnu então decide nascer como um humano. O rei e sua esposa Akasaraja teriam uma filha chamada Padmavathi e ele iria se casar com ela.  Assim decidido devolve a vida ao vaqueiro.
Vakula é a mulher escolhida para dar à luz ao Senhor Visnu, que nesta encarnação recebe o nome de Srinivasa.
Conforme o combinado Akasaraja tem uma filha, Padmavathi que conforme cresce se transforma numa bela donzela, como só poderia ser a manifestação de Lakshmi na Terra. Alegre, adora cantar e dançar quando a Primavera chega. E é durante as brincadeiras de esconde-esconde que ela se encontra com Srinivasa e se apaixona por ele e logicamente ele por ela.
Porém Srinivasa nasceu como um plebeu e Padmavathi era uma bela princesa. Sentindo que o casamento não seria permitido Srinivasa não dormia nem comia. Vakula sua amada mãe tentava em vão compreender o motivo de tamanha tristeza. Narada aparece e entende a situação e sugere a Srinivasa se dirija até o palácio disfarçado de cartomante, procure o rei e organize o casamento da princesa.
Akasaraja se encontra com a cartomante e aproveita para discutir com ela o amor dos dois jovens. Percebendo a oportunidade, a cartomante proclama que o casamento de Srinivasa e Padmavathi é ordenado pelos Deuses e, portanto, é inevitável. A rainha Akasaraja protesta discordando que sua filha se case um pobre plebeu. Narada aproveita o momento certo, se aproxima da rainha e alivia todas as suas dúvidas.
Vakula, temendo pela vida do filho, também vai ao palácio procurar pelo rei. Conta sobre o amor de seu filho pela bela princesa e pede que dê suas bênçãos aos dois ao que o rei concede plenamente. E neste momento feliz, Suka, o sábio papagaio do rei determina o momento auspicioso para o casamento real.
Srinivasa, porém era muito pobre, sem ter dinheiro para custear as despesas do casamento pede ajuda ao Deus Kubera, o Protetor do Tesouro Divino e, Kubera feliz libera toda ajuda necessária.
No dia do casamento, com todo palácio divinamente enfeitado e repleto de convidado, Srinivasa chega montado em Garuda, a águia que serve de montaria de Visnu. O casamento entre Padmavathi e Srnivasa é comemorado com toda alegria e pompa que os jovens merecem. Lord Visnu ordena então que todos aqueles que testemunham esta história sejam agraciados com saúde, abundância e riqueza.
E é desta história védica que nasce o mantra de Srinivasa, conhecido como Moola Mantra:
Om Namo 

Venkatesaaya Namaha

                                          Om Namo Srinivasaya Namaha      

Entoar 108 vezes por dia para receber as bênçãos prometidas pelo Senhor Visnu.

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