Quem Sou Eu?
Perguntinha difícil de responder! Não sou meu nome, nem o corpo que eu habito. Na índia somos Atman, que é a Brahman O Supremo Ser do Universo, o Inefável, o Imensurável, Onipotente, Onisciente, Onipresente. Diz a lenda que se dessem uma canta para a Deusa Sarawasti (Deusa da Sabedoria e das Artes) e se ela usasse o oceano como tinteiro, ainda assim não haveria tinta o suficiente para descrever quem é Brahman. Mas se é assim porque nada na vida é fácil. Somos os seres mais dependentes de nossos pais que os demais seres do Universo. Somos co-criadores do Universo, mas só nos damos conta que estamos “criando” tudo errado, quando o mundo ao nosso redor despenca com todos os problemas. Diante da dualidade, alegria/tristeza, saúde/doença, fracasso/sucesso, problemas/soluções entre tantos outros, permanecemos na busca pela resposta a esta que talvez seja a mais importante pergunta que uma pessoa pode fazer a si mesma.
Carl Gustav Jung nos dividiu em partes. Somos o Animus (mulher) ou a Anima (homens); somos o Ego, a Consciência e a Inconsciência, e ainda tem o Inconsciente Coletivo, somos a nossa Sombra e também as mascaras que colocamos a nossa Persona. Aprendermos a lidar, conhecer e enfrentar os diferentes enigmas dessas partes que nos compõem, é a parte essencial para nos autoconhecermos e assim nos auto-realizamos. E uma pessoa auto-realizada se torna individualizada. A busca pela individuação deve ou deveria ser a meta de todo ser humano. Assim como nos ensinam os Mestres e Gurus indianos que todos nós devemos buscar Moksha ou a libertação e assim nos tronamos aquilo que já somos mas esquecemos – seres iluminados.
Budha ensinava que todos nós já somos Budha, apenas nos esquecemos disso e por isso permanecemos na escuridão de nossa ignorância. A ignorância de não sabermos quem somos afinal!
E é aqui que eu acredito que ao buscarmos a terapia, estamos ousando ir mais fundo na busca pela resposta. Pois é na Psicologia Profunda e não reducionista que descobrimos os aspectos mais encobertos, mais negros e também os mais bonitos e íntegros de nosso ser. Vamos nos conhecendo e aprendendo a reconhecer em nossas atitudes qual aspecto de nós mesmos está agindo. Vamos paulatinamente mudando o rumo de nossa jornada nos tornado pessoas melhores, mais abertas e receptivas às energias do Universo e a tudo o que ele tem a nos oferecer. Deixamos de colocar as energias em focos errados, mais importante que o sucesso ou o fracasso é o aprendizado da experiência vivida, a lição aprendida, a contribuição ou o legado deixado.
Osho, Mestre Indiano, do qual me tornei sanyasin já alguns anos, nos ensina: “Se está na dúvida de qual caminho percorrer, pergunte para quem está voltando!” e Lao Tsé ensina:
Quando o sábio superior ouve falar do Caminho,
Ele O percorre com muita sinceridade.
Quando o sábio mediano ouve falar do Caminho,
Às vezes o segue, às vezes O esquece.
Quando o sábio inferior ouve falar do Caminho;
Ele dá sonoras gargalhadas.
E se ele não der sonoras gargalhadas,
Esse não seria o Caminho.
(Logo, se buscas o Caminho,
Segue o som das gargalhadas!)
Você pode seguir o som das gargalhadas, aprendendo mais sobre você mesmo e buscando tornar-se um Ser Iluminado pela sua própria Luz! Buscando fazer Meditações, participando de Grupo de Estudos Filosóficos ou fazendo terapia! Estes são alguns dos caminhos.
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