A Importância da Terapia
Hoje, com os avanços tecnológicos, conversas pelo computador, celular e tantas outras facilidades da vida moderna que surgiram cm a globalização e o desenvolvimento científico, fazer terapia parece desnecessário e coisa de louco.
A grande maioria desconhece o trabalho terapêutico, outras por medo ou vergonha de reconhecer a necessidade de pedir ajuda para resolver ou reconhecer as suas limitações, preferem manter-se à margem de uma vida saudável, e dia a dia vivem se corroendo, resistentes à busca do trabalho terapêutico.
A necessidade que o indivíduo tem de se imaginar auto-suficiente é constantemente reforçada pelos mecanismos sociais, onde se exige no dia-a-dia uma postura agressiva, competitiva ou individualista. O tipo de cultura em que vivemos nos obriga a determinados modos de ser e fazer que nos impede o desenvolvimento da individualidade, do autoconhecimento e auto-realização, e nos prepara para a infelicidade, para as angustias, a solidão e até mesmo para buscas das drogas e das más companhias.
Reconhecer que temos problemas emocionais, a nossa profunda incapacidade de sermos felizes por nós mesmos, admitir que somos impotentes diante dos problemas impostos pela sociedade e pela vida, olharmos no espelho todos os dias e ter a coragem de encarar que a imagem refletida nem sempre é aquela que gostaríamos, não é nada fácil.
A busca de ajuda terapêutica começa com uma postura de humildade e este movimento da pessoa é sempre uma forma de lucidez. Assumir os seus problemas é maturidade, é uma mostra de coragem e, por assumí-los, sair à procura de solução real para eles. Quanto mais consciência mais lucidez; menos fantasia e menos doença mental, físico e emocional.
O paciente é um participante ativo e cabe a ele iniciativa, força de vontade, perseverança na busca de melhores alternativas para a sua vida; ao terapeuta cabe desenvolver junto com o paciente novas formas de sentir, pensar e atuar. É um trabalho cuidadoso e delicado, onde paciente e terapeuta passam a descobrir os melhores meios e caminhos, para juntos, resolverem as dificuldades do paciente utilizando os recursos e capacidades deste.
Rompendo bloqueios, alternando hábitos e propondo a substituição de formas de entendimento do mundo por outras mais adequadas à realidade do paciente; assim o terapeuta torna a relação de ajuda mais produtiva. A nossa cultura idolatra o terapeuta, atribuindo-lhe alguma coisa de mágico. O terapeuta não vai dizer como os pais disseram a vida toda. Caberá ao paciente assumir coisas, tomar decisões, utilizar ao máximo suas potencialidades e respeitar suas limitações.
A pessoa deve procurar um terapeuta se acreditar que um trabalho psicoterapêutico é resposta a problemas percebidos ou a uma necessidade interior de auto-aperfeiçoamento e quem não quer se conhecer e se tornar uma pessoa melhor, auto-realizada e com um profundo conhecimento de Si Mesmo?
O trabalho central da ajuda numa relação terapêutica é facilitar “ao indivíduo tomar consciência do papel que pode desempenhar na direção de sua própria vida, aceitando a responsabilidade que acompanha a liberdade desta autoridade e tornando-se capacitado a fixar seu curso de ação com mais perfeição”.
Uma boa relação terapêutica de ajuda deve possibilitar ao paciente a capacidade de analisar por ele mesmo os problemas e estar mais capacitado a conviver com o que não pode ser mudado sem se angustiar tanto.
A terapia é um processo desenvolvido pelo terapeuta e paciente no sentido de devolver a este a possibilidade de “ser o que realmente se é”.
Entre as queixas mais comuns na terapia estão: Sensação de abandono ou solidão, aparente incapacidade de superar suas frustrações, auto-estima abalada, dificuldade em geral de amar (envolvimentos afetivos e sexuais), carreira profissional, falta de planejamento na vida, falta de sentido da vida, depressão. Da primeira condição para o desenvolvimento de um processo de terapia que é o reconhecimento dos próprios problemas, passa-se à outra condição, a da empatia – afinidade entre paciente e terapeuta – acrescenta-se uma terceira condição, a confiança e soma-se a uma Quarta, a persistência.
Ao indivíduo que alarga seu auto-conhecimento passa a se beneficiar do trabalho terapêutico ampliando a confiança e a aceitação de si mesmo e dos outros, aumenta seu potencial de auto-realização e felicidade, sente-se melhor capacitado para solucionar os desafios que a vida constantemente impõe, adquire maior flexibilidade e toma consciência que sua força vem de si mesmo e da construção de um relacionamento mais saudável e cooperativo com os outros.
A pessoa adquire melhor percepção da realidade e se dá permissão para ser feliz.
Terapia é busca da felicidade pelas próprias mãos, do caminho da possibilidade de amar e ser feliz.Terapia é qualidade de vida, é saúde emocional, é desenvolvimento de consciência.
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