terça-feira, 31 de julho de 2018

Curso Intensivo Mindfulness e Compaixão - Turma de Setembro




A nossa missão nesta formação em Mindfulness e Compaixão é que os nossos formandos em MBSR não estão apenas sendo treinados para se tornarem professores competentes,
mas também estão sendo convidados a embarcar em uma jornada de apoio a um tipo específico de consciência que demonstra uma escuta interior e exterior, juntamente com uma postura compassiva que incorpora uma disposição de expandir sua compreensão do que significa estar engajado em oferecer programas baseados na atenção plena e compaixão.

O que esperar?

Este treinamento de um ano para professores é altamente interativo. Ao longo da formação, os alunos terão aulas teóricos/vivenciais e interativas de modo que possam experimentar as técnicas de MBSR e Compaixão,  trabalhando em pequenos grupos para começar a praticar o ensino dos vários componentes do programa MBSR sob a supervisão e orientação. Inerente a esta formação de professores está a necessidade de uma prática de atenção pessoal como uma plataforma para ensinar.

A Mindfulness requer que o professor ensine a partir de uma integração pessoal do que significa incorporar um momento presente sem julgamento, com uma compreensão de como isso apoia e fortalece tais estados mentais como bondade, compaixão e equanimidade. Esta formação proporcionará a oportunidade de fortalecer estas competências dos professores.
Didático e Experiencial
Este treinamento de professores integrará o ensino didático e experiencial. O currículo inclui o aprendizado de diversos temas importantes como neurociências, transtornos e desequilíbrios emocionais, técnicas para dores crônicas, frequência vibracional, aspectos da personalidade segundo a  Psicologia Integral, aplicação da Mindfulness e da Compaixão em processos terapêuticos , ciência contemplativa, principais aspectos filosóficos do Budismo e da Psicologia Budista e outras técnicas orientais relevantes para o profundo benefício de futuros alunos e pacientes  e muito mais.  Os fundamentos éticos e científicos do ensino MBSR e da  Compaixão serão discutidos.
Objetivos
·                     Articular uma compreensão dos princípios fundamentais do programa MBSR
·                     Demonstrar as habilidades básicas de ensino do MBSR
·                     Descrever o papel central da prática da meditação mindfulness para o bem-estar geral e o autocuidado na regulação das emoções e comportamentos
·                     Articular o raciocínio para a prática contínua de meditação do mindfulness de um professor no ensino de MBSR
·                     Desenvolva a habilidade de estar ciente de suas experiências (boas e ruins, agradáveis ​​e desagradáveis) de momento a momento - para que você possa aprender a reagir com mais habilidade às situações do que simplesmente reagir automaticamente.
·                     Discutir e descrever práticas meditativas formais e informais e a atenção plena como um modo de ser na vida cotidiana

Local: Instituto Casa do Encontro – Rua Vieira de Moraes, 1760 Campo Belo SP SP
Inicio do primeiro Módulo - 22 e 23 de Setembro (10 Módulos Bimestrais)

Mais informações: Ser Atento Mindfulness Brasil


Whastapp: (11) 99463 5825

Coordenação e facilitação – Sonia A F Santos (Saleela Devi) é Expertise em Mindfulness & Loving Kindness, Life Coach, Psicorepeuta Junguiana e Transpessoal, Integral Therapist atua com técnicas modernas como Self & Spiritual Couseling, Calatonia, Trance form Therapy, Terapeuta Focada na Compaixão, Psicologia Budista, Hipnose Ericssoniana, Mindfulnees Meditation Therapy, PNL, Breath Therapy, Mapas de Desenvolvimento de Consciência entre outras para trabalhar autoconhecimento, autoestima e autoconfiança, perdas, lutos, conflitos emocionais e profissionais, problemas de relacionamentos. Coordena grupos de estudos, cursos e workshops, Programas de 8 semanas em MBSR e Compaixão. Participou do Proser (Programa de Saúdem Espiritualidade e Religiosidade no Instituto de Psiquiatria da FMUSP/HC, atualmente participa do Grupo de Estudos Integrativos do Hospital Sírio Libanês. Discípula de Geshe Phende de Emory University.  Oferece cursos e workshops na área de desenvolvimento, expansão da consciência e inteligência emocional no mercado corporativo e organizacional. Consultas psicoterápicas com hora marcada.

Mindfulness e Compaixão no trabalho: Como ser um bom profissional?


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Mindfulness e Compaixão no trabalho: Como ser um bom profissional?

Será que para ser considerado um “bom” profissional devemos deixar nossas emoções e sentimentos do lado de fora do escritório? Nas empresas e escritórios existe uma crença “antiga” de que devemos suprimir nossas emoções se queremos fazer bons negócios, crescer dentro das empresas e ter uma carreira de sucesso, ou seja, devemos deixar nossa vida pessoal em casa.

Sheryl Sandberg, Diretora de Operações do Facebook disse: “Traga todo o seu ser para o trabalho. Não creio que tenhamos um ótimo profissional de segunda a sexta e um verdadeiro eu no resto do tempo. É tudo profissional e é tudo pessoal”. Sim, na verdade é impossível vivermos esta divisão sem sofrimento e stress, somos seres inteiros onde quer que estejamos. Mas que todos os nossos “eus” possam estar integrados e possam nos ajudar em nosso progresso de forma positiva e apropriada precisamos aprender a ter agilidade emocional.

Susan David, Psicóloga da Faculdade de Medicina de Harvard e CEO da Evidence Based Psychology, autora do livro Emotional Agility, explica que durante a nossa rotina de trabalho dentro das organizações assim como na vida cotidiana, temos milhares de pensamentos, sentimentos, emoções, percepções, experiências e histórias internas. E é como lidamos com tudo isso que nos impulsiona como profissionais e na forma como interagimos com o mundo ao nosso redor.

Se desejamos ser capazes de estarmos e sermos seres saudáveis com os nossos pensamentos, emoções e histórias é fundamental termos agilidade emocional, mesmo em relação às emoções negativas e/ou destrutivas, pensamentos ruminantes/fantasiosos ou preocupantes. A agilidade emocional permite que escolhamos a forma como queremos viver, agir de acordo com as nossas escolhas com consciência e obter o grau de liderança que queremos diante de um mundo tão competitivo. E o ponto principal para isso é conhecer as nossas emoções e aprendermos com elas, e isto inclui aquelas emoções que ou negligenciamos ou escondemos.

Começamos reconhecendo quais são as nossas emoções através da prática da Mindfulness ou Atenção Plena. Meditar para muitos soa como uma atividade sem sentido, ou para pessoas fracas, sensíveis, místicas ou espirituais, o que para muitos são aspectos que não combinam em uma grande corporação. Mas um relatório publicado na Harvard Health, temos a seguinte descrição de Mindfulness:
A prática de focalizar a atenção propositalmente no momento presente –
e aceitá-lo sem julgamento.

A chave aqui é que você esteja consciente ao que acontece no momento presente, focando  e percebendo o que acontece dentro de você, sem criticar ou julgar o que está sendo percebido. O treinamento da Atenção Plena ensina a focar a atenção nas sensações de momento a momento durante não somente à pausa consciente mas também durante as atividades da vida cotidiana. Para quem trabalha com multitarefas – aprendemos a fazer uma coisa de cada vez, dando total atenção à atividade. Isso nos ensina a silenciar o ruído mental, a focar na atividade deixando de lado as atividades que não são relevantes para aquele momento o que nos torna mais conscientes do que estamos fazendo e experimentando.

Muitos indagam se a agilidade emocional é ou não uma qualidade natural ou inerente ao ser humano. Na verdade, a agilidade emocional não é uma qualidade natural, mas Susan David ensina que podemos adquirir e fortalecer essa habilidade através da prática, segundo ela: “Mostrar as emoções é a ideia de não lutar com elas. Em vez de dizer – estou estressado – devemos reconhecer que há uma diferença entre estar estressado versus estar com raiva, desapontado ou triste. Quando rotulamos nossas emoções, especialmente nossas emoções mais difíceis, de maneira mais precisa, somos capazes de fazer escolhas intencionais e mais conectadas com o que realmente estamos sentindo”.

Em seu livro Emotional Agility ela compartilha algumas perguntas que os líderes  que lutam para entender suas emoções podem se perguntar onde estão:

1.              1.  Eu posso estar certo, mas minha resposta é servir-me, a organização ou a equipe?  A maioria   dos líderes sente a necessidade de estarem certos em suas escolhas, mas mesmo que o mundo inteiro concordasse com a escolha, ainda assim o líder tem que fazer uma escolha na forma como vai agir.
2.       Será que o que estou fazendo é viável? Muitas vezes o profissional fica preso em situações que exigem uma conversa difícil. Podem optar por satisfazer uma necessidade imediata, mas o problema de longo prazo continua. Sentem apenas um alívio momentâneo. E ai vem a dúvida sobre sua capacidade de sucesso em longo prazo. A agilidade emocional nos permite reconhecer o quanto lidar com o curto prazo é mais fácil, em vez de olharmos a realidade e dar o passo certo mesmo que difícil para resolver a questão em longo prazo.
3.       Eu sei qual é a minha tarefa, mas afinal qual é o meu objetivo?  Ao fazer esta pergunta, o líder pode na verdade desconhecer as prioridades de sua lista de atividades. O que realmente deseja alcançar?
Todo ser humano sente uma gama enorme de emoções e sentimentos, muitos desconhecidos, muitos escondidos ou negligenciados, e muitos outros que nem sabem nomear. Quando os executivos e líderes não possuem a capacidade de estarem abertos a todas as emoções que não só ele, mas também a sua equipe está sentindo, eles impossibilitam a transformação, diminuem a motivação, o envolvimento e comprometimento com o sucesso da organização.
O treinamento da mente pela prática da Mindfulness e da Compaixão diminue a velocidade da mente, a necessidade de realizar multitarefas ao mesmo tempo, ensina a reconhecer o que o indivíduo está sentindo, levando em consideração todas as emoções, aprendendo a nomeá-las e a falar sobre elas, principalmente as que afetam o próprio trabalho, os relacionamentos profissionais e pessoais e influencia no desempenho das pessoas ao seu redor.
Bibliografia:
Emotional Agility, Susan David

A Ser Atento oferece Programas de Mindfulness e Compaixão de forma individual ou em grupo e também para emrpesas - Contato: seratento.2016@gmail.com

sábado, 21 de julho de 2018

Vantagens e Riscos de uma pratica meditativa




Atualmente vivemos uma fase de grande empolgação nas praticas meditativas, mais de 6000 artigos científicos publicados promovem os enormes e profundos benefícios para a saúde física mental e emocional, o desenvolvimento espiritual, transformações na estrutura cerebral, melhora nas perspectivas, criatividade, memória, aumenta a inteligência cognitiva e muito mais. Assim como o numero de publicações crescem, também crescem os locais de prática e isso é muito bom, pois aumenta o acesso de interessados na prática.

O que muitos desconhecem são os riscos da prática. Na minha experiência tanto como professora de filosofia oriental e ciência contemplativa como terapeuta, a meditação pode ser sim prejudicial, razão pela qual as minhas aulas são sempre acompanhadas de estudos de textos para que o aluno possa conhecer as bases filosóficas que desenvolveram a técnica, conversa individual para conhecer o aluno e sua busca, sua saúde emocional, física e mental. Desta forma conheço bem cada aluno, e sabendo antes se uma determinada prática serve a todos do grupo. Primeiro porque as necessidades e expectativas podem ser diferentes, assim como é a personalidade de cada um.  Por exemplo: uma pessoa extrovertida ou hiperativa, dificilmente obteria bons resultados numa pratica de Shamatha ou de Vypassiana; porém uma pratica de Yoga Nidra que segue uma condução com tonalidade vocal adequada e é previamente preparada para atingir um propósito, funcionaria muito bem. Uma pessoa que sofre de artrose ou algum outro problema na coluna vertebral não pode ficar sentada em determinada postura por um longo tempo, pessoas com Transtorno de Stress Pós Traumático são mais vulneráveis ​​psicologicamente e podem experimentar dificuldades ainda piores do que outras com esses técnicas de meditação passiva; transtornos de personalidade e quadros depressivos também podem tender a se agravar caso não sejam bem acompanhados.

Como a meditação promove o contato com o mundo interno, dependendo do que o praticante acumula dentro de si, e o quanto se desconhece a pratica de meditação pode liberar: angústias, medos, anseios, emoções destrutivas, bloqueios emocionais e mentais, transtornos, síndromes, abusos, imagens traumáticas, ansiedade, quadros depressivos ou seja, uma pintura de Dorian Gray. Muitos pesquisadores estão estudando os efeitos colaterais de uma prática de meditação não acompanhada por um professor experiente em aplicar técnicas adequadas. Alguns pesquisadores falam dos riscos:

1. Kutz et al. (1985a, b) descreveram os efeitos colaterais da meditação, como soluços e liberação de memórias ocultas e temas do passado: incesto, rejeição e abandono.

2. Outros efeitos adversos descritos (Craven, 1989) são desconfortáveis ​​sensações cinestésicas, dissociação leve, sentimentos de culpa e, através de fenômenos provocadores de ansiedade, sintomas semelhantes à psicose, grandiosidade, euforia, comportamento destrutivo e sentimentos suicidas.

3. Shapiro (1992) descobriu que 62,9% dos sujeitos relataram efeitos adversos durante e após a meditação e 7,4% experimentaram efeitos profundamente adversos. A duração da prática (de 16 a 105 meses) não fez diferença na qualidade e frequência dos efeitos adversos. Esses efeitos adversos foram ansiedade e pânico induzidos pelo relaxamento; aumentos paradoxais da tensão; menos motivação na vida; tédio; dor; teste de realidade prejudicada; confusão e desorientação; sentindo-se "espaçado"; depressão; aumento da negatividade; sendo mais crítico; e, ironicamente, se sentindo viciado em meditação.

Como Psicoterapeuta que utiliza técnicas da Ciência Contemplativa no set terapêutico,  conheço os profundos benefícios que cada técnica proporciona, para que tipo de personalidade, o que devo esperar em reações x respostas, sempre faço ficha de Anamnese e busco saber se o cliente também se trata com Psiquiatra por exemplo, faço questão que este profissional saiba da técnica que vou usar e me dê seu aparecer, assim os benefícios são realmente sentidos e absorvidos pelo cliente. Mas nunca recomendo que pratiquem em um lugar sem antes conhecerem quem será o professor, sua experiência e que tipo de acompanhamento ele oferece antes e depois de cada prática.

Além de que infelizmente muitas pessoas não acreditam que um processo psicoterapêutico possa ajudá-las não só a se autoconhecerem mas também a obterem controle e equilíbrio emocional para as diferentes circunstâncias e experiências. Infelizmente para muitos a terapia ainda é considerada tratamento para doentes, assim como para muitos profissionais da saúde a meditação é uma pratica inofensiva.

Há muitos anos oriento retiros de estudos silencio e meditação. E sempre observo cada aluno e a  liberação de conteúdos: emocional, mental, física e espiritual que estão armazenados, e que nestas ocasiões encontram portas abertas para revelar tanto aspectos positivos como sombrios. Como vivemos tempos de multitarefas, cobranças intensas na vida profissional e pessoal, relacionamentos conturbados; fazemos muito pouco para processar os conteúdos emocionais e mentais, resultando assim em um enorme arquivo de informações mal processadas no corpo e no inconsciente. 

Retiros prolongados de meditação são momentos de muitas descobertas de si mesmo, e nunca devem ser feitos sem antes os alunos conheçam a programação, técnicas, posturas, exercícios respiratórios, e que profissional estará à disposição deles caso sintam desconfortos emocionais e mentais, assim como devem comunicar ao orientador de há algum problema de saúde física. Infelizmente já conheci casos que houveram danos à coluna vertebral devido a longas horas de pratica sentada em posição imóvel, sem que o aluno conhecesse a gravidade de seu caso e nem tivesse avisado ao professor do problema de saúde.

Quando sentamos para praticar meditação, desaceleramos, ficamos quietos e nos conectamos com todo esse arquivo ou conteúdo guardado no nosso mundo interno, estes conteúdos podem emergir, causando mais danos do que podemos imaginar, e faz mais mal do que bem, muito embora a princípio o praticante saia da prática sentindo-se aparentemente relaxado. Mas já aconteceu que durante uma prática de meditação Mindfulness, um aluno indicado por uma colega psicóloga, que tinha tido um AVC, e estava se adaptando às sequelas, teve um desequilíbrio emocional, movido por um profundo ódio. Após retirá-lo da sala, acalmá-lo e chamar um acompanhante, descobri que ele sofria de Transtorno de Personalidade Bordeline, são situações que muitas vezes não podemos prever.

As práticas meditativas  são muitas vezes mal entendidas e romantizadas, alunos surgem buscando apenas relaxamento, concentração, ou atenção, outros estão atrás de uma prática espiritual, outros adotam uma religião sem conhecer profundamente a filosofia, conceitos, preceitos apenas por modismo ou comodismo. 

Mas o que a grande maioria não sabe é que a meditação ou – dhyana (sétimo Anga dos Sutras de Pantanjali) – é um processo para elevar a energia espiritual e atingir a iluminação ou despertar a espiritualidade. No Budismo é um treinamento da mente, são mais de 84.000 técnicas em processo evolutivo de dificuldade e com objetivos diferentes, a mais estudada atualmente é a técnica mais simples aplicada em leigos e/ou monges iniciantes chamada de Shamatha ou Anapanasati e conhecida no Ocidente como Mindfulness – este treinamento deve desenvolver clareza mental, estado de plenitude e paciência – necessários para as técnicas mais complexas. Além de que o Budismo tem diferentes escolas, que ensinam de forma diferente com técnicas meditativas diferentes e  até mesmo os monges e os tulkus passam longos anos estudando, fazendo retiros antes poderem ensinar.

No Yoga, o Anga Dhyana não é considerado fácil nem agradável, é o penúltimo Anga, a muito a ser feito antes de se chegar a ele, daí a necessidade de um professor de Yoga, e para quem quer ir mais longe nesta busca, há a necessidade de um professor de espiritualidade ou mesmo um guru ou Mestre (Guru – significa um dissipador de trevas – porque reflete o quão arriscada e perigosa é a jornada na busca do Ser), não se chega a iluminação ou despertar espiritual simplesmente lendo livros.

A prática da Mindfulness foi trazida ao Ocidente na década de 1970 por Phd Jon Kabat Zinn, ela tem sido muito estudada e aplicada em diferentes contextos clínicos e apresentado muitos benefícios, mas atualmente especialistas principalmente na Psiquiatria tem alertado para o uso indiscriminado da técnica sem os devidos cuidados, como alerta o Phd Thomas Joiner. 

Precisamos saber distinguir corretamente os conceitos de saúde mental e doença mental. Uma vez estabelecido que a prática da meditação requer um grau de integridade psicológica, permanece o fato de que ninguém é desprovido de saúde mental. ou totalmente livre de doença mental. As pessoas têm pontos fortes e fracos.  Podemos dizer que o reparo e o despertar do ego são dois processos que ocorrem de forma separada  e simultânea, que podem se misturar e influenciar uns aos outros sinergicamente. Essa interação simbiótica é mal compreendida e exige um profundo entendimento de como a meditação estimula processos de  cura em desequilíbrios emocionais e mentais. Ao discernir as sequelas psicológicas terapêuticas de uma prática de meditação, os profissionais da área da saúde mental podem se aliar a um professor de meditação experiente para desenvolver a estrutura conceitual necessária para aplicar técnicas de maneira adequada, inteligente e eficaz em seu trabalho com os pacientes.

Para concluir, a meditação é uma prática muito poderosa, benéfica que promove grandes transformações, mas que pode produzir efeitos desagradáveis e até mesmo prejudiciais, portanto, deve sempre ser praticada sob a orientação de um professor experiente, que ofereça técnicas adequadas a cada aluno e sua necessidade ou propósito, e que tenha capacidade de lidar de maneira significativa com o conteúdo liberado.

Referencias:

JOINER, THOMAS , (2017) - Mindlessness: The Corruption of Mindfulness in a Culture of Narcissism. Oxford University Press.

CRAVEN, JL (1989). Meditação e psicoterapia, Canadian Journal of Psychiatry, 34, pp. 648-653.
KUTZ, I., BURYSENKO, JK & BENSON, H. (1985a). Meditação e psicoterapia: uma justificativa para a integração da psicoterapia dinâmica, a resposta de relaxamento e a meditação da atenção plena, American Journal of Psychiatry, 142, pp. 1-8.

KUTZ, I., LESERMAN, J., DORRINGTON, C., MORRISON, CH, BORYSENKO, J. & BENSON, H. (1985b). Meditação como um complemento à psicoterapia, um estudo de resultado, Psychotherapy Psychosomatics, 43, pp. 209-218.

SHAPIRO, DH (1982). Visão geral: comparação clínica e fisiológica da meditação com outras estratégias de autocontrole, American Journal of Psychiatry, 139, pp. 267-274. SHAPIRO, DH (1992). Efeitos adversos da meditação: uma investigação preliminar de meditadores de longo prazo, International Journal of Psychosomatics, 39, pp. 62-67.

PEREZ-DE-ALBENIZ, A. & HOLMES, J. (2000). Meditação: conceitos, efeitos e usos em terapia. International Journal of Psychotherapy, vol. 5 edição 1, 49-59.