terça-feira, 30 de julho de 2013

Conhecimento do Mantra

A Sabedoria dos Mantram
A Sabedoria do Mantra ocupa um lugar muito significativo nas práticas espirituais. A Sabedoria dos Mantram pode ser traduzida como estudo e prática de devoção através da recitação dos Mantram. Mantram Vidya em sânscrito significa – Sabedoria dos Mantram, a raiz – VID pode ser traduzida por saber. Este conhecimento é ensinado e praticado nos Dharshans dos Gurus, suas características não devem ser discutidas, o conhecimento deve ser aceito como ele é – Sabedoria.
Nos conceitos das práticas espirituais, conhecimento ou Vidya também pode ser definido como forma de adoração a Deus/Deusa. A palavra sânscrita para conhecimento é – Veda e seu aprendizado é Vidya. Isso inclui o conhecimento a ser obtido, as diferentes etapas do processo de obtenção deste conhecimento, a finalidade deste conhecimento, o procedimento e as práticas de aprendizagem, as armadilhas, as medidas corretivas e assim por diante.
Adorar a Deus é um processo gradual de elevar o nível de consciência de adoração ao Divino, percebendo Deus e a Sua Natureza. Portanto, o conhecimento e a adoração de Deus são chamados de Vidya.
Vidya é geralmente centrada em torno de um Mantra principal do Deva e é conhecido como Vidya Mantra. E o Vidya Mantra inclui o processo de adoração, a filosofia e a magia por trás do Mantra.
MANTRA:
HAMSA SIVA SOHAM
Significado: Eu Sou o que Eu Sou
·      Este Mantra é chamado de Guru Mantra – Guru significa Mestre – Mestre do Universo;
·      Os números do Mantra é 1 e 10 e, 10 e 1, que são os números da alma individual e da Alma Universal, do Filho e do Pai;
·      As cores deste Mantra são as cores translúcidas que variam do vermelho, amarelo dourado, água-marinha, azul e azul profundo. Estas cores nesta ordem formam o caminho da Ascese;
·      Este Mantra deve ser invocado no Centro do Coração (Cakra Anahata) ou no ponto entre as sobrancelhas (Cakra Ajna) e associa-se a pulsação;
·      Este é, essencialmente, o Mantra para vincular-se na Canção Eterna do Ser que constrói a ponte entre o devoto e a Eternidade;
·      O Símbolo do Mantra é um pássaro voando, um brilhante cisne branco no Oceano Azul da Eternidade com nenhum outro símbolo ou objeto ao redor. É uma visualização que conduz a uma meditação profunda;
·      HAMSA – significa cisne;
·      HAMSA – também significa AHAM SAHA, ou seja, EU SOU O QUE;
·      SIVA – é o mais auspicioso. O nome de Deus nos Vedas é TAT (QUE). Uma vez que é o Senhor, o Altíssimo, a base de toda auspiciosidade. TAT é também SIVA. Este SIVA é diferente do SIVA da Trindade. Siva está além da Trindade. Siva na Trindade é a Vontade Cósmica. Siva além da Trindade é TAT – o Deus Absoluto.
·      Cada um de nós é uma encarnação – EU SOU. Todo indivíduo EU SOU é uma variedade de emanações, como os raios do Sol, as ondas do oceano;
·      Assim, cada um de nós, EU SOU, é na verdade, QUE. Como a onda simples é, na verdade o próprio oceano em conteúdo, o Oceano é TAT, que surge como onda EU SOU;
·      Primeiro, há o oceano, então não é a onda. Se não houver um oceano pode haver nenhuma onda. Se não houver nenhuma onda, o Oceano ainda pode ser! Assim, o que existe como EU SOU e também como isso – EU SOU não pode existir sem ISSO;
·      O Mantra lembra repetidamente ao aluno que ele é - EU SOU, EU SOU O QUE – a verdade que só existe, e que também existe como EU SOU. Observe as quatro etapas:
1-   NON – SELF para Ser (a personalidade da Alma);
2-   SER da Alma Universal (da Alma Individual para a Alma Universal);
3-   Existência da Alma – Nenhuma outra;
4-   Existência da Alma como Alma Individual.
·      O Mantra pode ser cantado em múltiplos de três. Ele pode ser entoado como uma canção, como um canto dos cisnes associando a respiração com a pulsação;
·      Através da prática correta do discipulado, se supera as três condicionantes ou amarras, e assim se torna um homem verdadeiramente livre e responsável;
·      O Mantra deve ser recitado com um esforço consciente em uma ação diária, respeitando a abordagem neutra dos três mundos (Mental, Emocional e Físico).






segunda-feira, 29 de julho de 2013

Curso de Mantram - Sons de Poder

Curso de Mantram – Sons de Poder
Data: 1o de Agosto
Venha participar deste encontro maravilhoso e descobrir a essência dos sons sagrados!
O som é eterno e presente desde o começo da criação. Na filosofia Advaita Vedanta – o Ser Absoluto é Brahman, como Som Primordial Ele é  compreendido como o Nadabrahma – a encarnação do som. Através da meditação com o Som dos mantras o Homem amplia sua consciência, a fim de restabelecer o relacionamento entre seu ser e o Ser Supremo. Os Nadis (meridianos da energia) normalmente ficam obstruídos pela má alimentação, sentimentos e emoções atrofiados. Através do mantra kírtam (repetição dos mantras) esses caminhos energéticos se abrem, permitindo que o Prana, a energia vital, circule por eles. O kírtam tem o poder de liberar a consciência cósmica e a super cósmica. Entoando os mantras com devoção o homem efetiva sua busca espiritual e sua evolução enquanto Ser, mantendo contato com os Seres de Luz de todos os níveis.
Em todas as grandes religiões temos cânticos e orações curtas para a nossa  prática espiritual; neste curso estaremos abordando estes vários sons sagrados e o seu poder. Vamos estudar também a Mitologia Indiana conhecendo os Deuses e seus atributos e os mais importantes Mantram da cultura hinduísta  e do Vedanta
Programação:
·        Significado de Mantra
·        A prática dos Mantram
·        Divisão dos Mantram
·        Formas de Utilização
·        Tipos de Semântica
·        Kirtans e Bhajans
·        A Importância do OM
·        Mitologia e os Mantram – Conhecendo as Divindades e os seus Mantram
·        As Mahavidyas
·        Mantram Védicos
·        Mantram de Cura
·        Mantram Vaishkaram para relacionamentos, casamentos e amizades.
·        Mantram para saber respostas em sonhos
·        Mantram para saber o passado/presente/futuro
·        Mantram para desenvolver habilidades psíquicas
·        Mantram para ter boa sorte
·        Mantram para limpar ambientes
·        Mantram para diminuir dívidas
·        Mantram budistas
·        A magia dos Mantram
·        Os Cakras e os Mantram
·        Meditação com Mantram
·        A Consagração do Japamala
·        Gandharva Veda: a Influência dos Sons Puros
·        Mantram Jainistas
·        Mantram Hebraicos
·        Mantram Shamnicos e muito mais........

Um sábado inteiro dedicado ao aprendizado dos Sons de Poder!
Data: 10 de Agosto de 2013 das 9.30h às 17hs
Investimento: R$ 300,00 (R$ 50,00 de inscrição e R$250,00 podem ser pagos em duas parcelas com cheques pré-datados)
Local: Rua Domingos de Moraes, 221 – Próximo da Estação Paraíso do Metro
É necessário o pagamento da inscrição para emissão da apostila. 

Contato Para maiores informações: saliladeva@yahoo.com.br ou saleela.devi@gmail.com 
ou pelo - Tel. ( 11) 9 -9463 5825

Facilitadora: Saleela Devi - Psicoterapeuta Junguiana, Transpessoal e Integral, Consultora em Administração de Empresas na área de desenvolvimento de consciência, Coordenadora de Grupos de Estudos de Filosofia Oriental (Advaita Vedanta, Tantra e Meditação); Spiritual & Self Couseling; atua com técnicas modernas como Voice Dialogue, Psicologia Budista, Trance Therapy, Breath Therapy, estudou com vários Mestres nas áreas de Espiritualidade Oriental, terapias e ciências psicológicas: Aura Soma; Bardo Thodol Chodron, Osho No-Meditations, Osho Meditations Tecnics, Osho De-Programming, Astrologia Chinesa Ba Zai, Sufismo, Taoísmo, Zen Budismo, Terapia Primal, Gestalt Therapy, Hatha e Asthanga Yoga e Yoga terapia, Spiral Dinamics de Ken Wilber (Mapa de Desenvolvimento da Consciência e Psicologia Integral), O Viver e o Morrer Tibetano, Meditação Samatha e Vipassyana, Calatonia, Reiki (Ushui e Cristão), Deeksha Giver entre outros. Coordena Retiros de Meditaçõ e Silencio e Programa de Treinamento em meditação Mindfulness com protocolo científico e sem vínculos religiosos. Atende em consultório e também via SKYPE.




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vedanta

Vedanta
“O Guru é Brahma, o Guru é Visnu, o Guru é Siva, o Deus dos Deuses, o Guru é verdadeiramente o Brahman  Supremo. Saudações ao Guru adorável”

A Realidade Absoluta que é a causa fundamental do Universo e de todos os seres sencientes. É além de todas as limitações que podem se causadas pelo tempo, espaço e matéria. Esta Realidade Primordial é pura Consciência, livre de todo conceito ou julgamento, indivisível e também homogênea.
Em sânscrito, o eu individual é chamado de – Jiva – este eu individual aprece que é limitado pelo espaço, tempo, matéria, pelo nome ou forma, também está cheio, é pura consciência, livre, indivisível e homogêneo.
Esta consciência individual que no Ocidente chamamos de Self tem sua origem na Consciência Absoluta.  E ambas estão cheias, e ambas são puras, livres, indivisíveis e homogêneas, então como uma coisa que é completa em si - mesma pode ter origem em algo que tem exatamente as mesmas características?
Podemos usar uma metáfora – o espaço. O espaço tal como nós o vemos é livre, puro, ilimitado, a tudo permeia, é indivisível e também homogêneo. Podemos construir uma casa e assim dizemos que limitamos o espaço com a casa, podemos deixar que o pó tome conta de tudo o que está na casa, e dizemos que a casa está empoeirada, mas todos nós sabemos que o espaço não pode ser dividido  nem tão nem tão pouco tornar-se empoeirado ou impuro. O espaço está cheio de tudo o que ele contém, mas é ao mesmo tempo, ilimitado, indivisível, imensurável e puro.
Podemos dizer o mesmo sobre a Natureza da Consciência Absoluta, que é a Suprema Realidade. Nada pode vir dela e só ela existe. Nós nos sentimos seres individuais, esta individualidade que sentimos é devido aos adjuntos limitantes do complexo corpo/mente, que na realidade é apenas uma aparência ilusória, da mesma forma que os objetos dos sonhos, que enquanto sonhamos acreditamos serem reais, ou como as miragens que surgem no deserto, ou como na metáfora indiana da corda que no escuro se parece com uma cobra.
A alma individual ou Jiva, quando vista em sua verdadeira natureza como Consciência Pura, sozinha, despojada de todas as suas limitações, é conhecida por ser uma e a mesma Consciência Absoluta.
Primeiro temos os quatros Vedas (Veda quer dizer conhecimento na língua sânscrita) – Rg Veda, Sama Veda, Atharva Veda e AyurVeda; depois surgiram as Upanishads, escritas por diversos Rishis, e são conhecidos como o fim dos Vedas ou Vedanta. Além das Upanishads compõem o Vedanta textos como Brahma Sutras, Bhagavad Gita, Viveka Chamdamuni de Skankara entre outros.
 Vedanta é uma palavra sânscrita onde Veda é conhecimento e Anta é fim.  Vedanta é considerado o maior conhecimento espiritual já escrito, e segundo os estudiosos depois dele não há nada mais a ser conhecido. Vedanta é de conhecimento próprio – Atmavidya. É o conhecimento da Verdade Absoluta – Brahmavidya. Vedanta ensina a natureza real ou a essência de Deus, do Universo e do Ser Individual (Self) e sua Unidade com Deus.
A quintessência dos ensinamentos do Vedanta é que Brahman – O Absoluto é a Consciência Existência Bem Aventurança – Sat Chitt Ananda; é Benção Absoluta a única Realidade, e o Universo é apenas uma ilusão (Maya), e o ser (self) é essencialmente Brahman – o próprio Deus.
A unidade de Jiva com Brahman é o objeto de estudo do Vedanta.  Devido à falta do correto entendimento sobre a sua verdadeira natureza, o homem permanece iludido e considera-se limitado e devido à sua limitação atrai: doenças, infelicidades, angústias, ansiedade, depressão, uma vida repleta de problemas inumeráveis, e uma busca repleta de esperanças. Vedanta mostra o caminho para erradicar esses problemas de uma vez por todas e permite ao homem atingir a mais alta Iluminação espiritual, felicidade verdadeira, paz mental e liberdade (Moksha) do repetido ciclo de nascimento e morte.
Conhecer o Ser (Atmavidya) e conhecer a Consciência Absoluta (Brahmavidya) é o maior conhecimento a ser obtido. É o mais alto conhecimento de todas as atividades humanas. A Unidade de Atman (Self) com Brahman (A Absoluta Consciência) é o objetivo real do Yoga e do Vedanta. Yoga tem sido definido nas Upanishads e no Bhagavad Gita: “Quando os sentidos são retirados de seus respectivos objetos do mundo exterior, quando a mente está controlada e o intelecto não mais se move, este estado é chamado de Estado Supremo ou Yoga”
Katha Upanishad
“A Última Felicidade é a verdadeira mensagem do Yoga. Tendo sido criado nesta felicidade, não é abalada pela mais severa das adversidades. Ela é a cessação completa da experiência da dor. Yoga é equanimidade da mente em todos os momentos e me todas as situações”.
Bhagavad Gita
“Yoga é a absorção em si – mesmo verdadeiro por cessação de todas as atividades mentais”.
Yoga Sutra
Os meios para alcançar este Yoga são: Yama – disciplina sensorial; Niyama – observância dos votos  e valores espirituais éticos; Asana – Postura confortável para sentar-se em meditação sem ser perturbado por longo período de tempo; Pranayama – Respiração adequada e rítmica; Pratyahara- retirada dos sentidos e da mente dos objetos externos; Dhyana – Meditação ininterrupta e contínua sobre o Self verdadeiro por longa duração; Nirvikalpa Samadhi – Absorção do Eu Verdadeiro alheado da idéia de meditador e meditação.
“Nirvikalpa Samadhi - a Verdadeira Natureza de Brahman é vividamente e decididamente percebida, nunca o contrário. Em outros estados a mente, sendo instável por natureza, permanece misturada com outros pensamentos”.
Viveka Chudamuni – Shankara
Karma Yoga – realizar todas as ações como adoração a Deus sem procurar os seus resultados; Bhakti Yoga – Amar a Deus de todo o coração, com inabalável devoção; Jnana Yoga – (Vedanta) – discriminação e correta compreensão do Ser e do Não – eu, são também os meios para atingir o Yoga.
Cultura é o acumulo de experiências. Experiências armazenadas e transmitidas de geração a geração. A língua é a ferramenta da cultura para comunicação e divulgação dos pensamentos e das experiências. Como uma ferramenta de comunicação cultural, o Sânscrito ocupa um lugar único entre as diversas e inumeráveis línguas do mundo. É uma linguagem que tem chegado até nós desde os tempos antigos sem ter sido diluída com tempo. É a única linguagem que tem dado origem e manutenção a uma grande família de línguas do mundo. É uma linguagem que desenvolveu um sistema cientifico de fonética e iniciou a ciência da Filologia em seu desenvolvimento.
Por conta disso, o sânscrito hoje conhecido como Devavani é a linguagem das pessoas altamente cultas. A palavra sânscrita significa uma linguagem que é refinada, culta e gramaticalmente imaculada. O Sânscrito produziu a primeira literatura do mundo, os Vedas e é o único idioma que apresentou uma filosofia científica, lógica e religiosa para a humanidade. Ela contém um tesouro de literatura muito rica e preciosa em vários ramos do conhecimento que nos foi transmitido pelos antigos videntes e pensadores da Índia.
Sânscrito é a língua mais importante na área de enriquecimento espiritual e da verdadeira realização da vida humana. Nela se encontra tudo o que é fascinante, elevado e nutritivo na experiência humana.











segunda-feira, 1 de julho de 2013

Kali - A Grande Mãe Cósmica

KALI – A Grande Mãe Cósmica

Kali – A Deusa Negra, de uma beleza informe, indescritível aos olhos de seus devotos que vêem Nela a manifestação sublime da energia feminina do Universo. Kali tem uma beleza feroz que transcende o tempo, o espaço e todos os conceitos. Sua pele é azul escuro chegando ao preto, seu vestuário é uma guirlanda de crânios e uma saia feita de braços humanos. Sorrindo Ela expõe a língua para fora pingando sangue, seu grito agita todo o Universo em todas as suas dimensões.
Kali é a energia do tempo e do espaço. E enquanto o Universo movimenta-se numa fluidez eterna, a Grande Mãe leva-nos a empregar o nosso conceito de tempo como um marcador de nossa própria existência. É Ela que nos oferece o entendimento do momento em que o fluxo constante da criação, preservação e transformação gerenciadas pelos Deuses Brahma, Visnu e Siva, assim como o nascimento e a morte e todos os estados entre e além.
Kali é o espaço que cria e destrói, Ela é este espaço que contém as nossas ilusões e depois as destrói. É no espaço de Kali que tocamos a totalidade da existência da consciência não-dual. É no espaço da Deusa que podemos observar as ações que realizamos no ciclo eterno da dualidade, em que repetimos nossos padrões kármicos carregados ao longo de muitas vidas passadas, e são estes mesmos padrões que se não destruídos impedem que o fluxo da Shakti chegue até nós.
É a percepção dualista que nos impede de simplesmente viver a via como sendo apenas um fluxo de experiências, que ao mesmo tempo nos mantém presos à repetição das formas de evitar a dor, o sofrimento, a perda, o fracasso, o medo e tudo o mais que nos mantém atados ao ciclo do nascimento e da morte. Libertarmo-nos da prisão deste ciclo kármico significa antes de tudo que não há nada a fazer nem nada a buscar, significa a aceitação da dor tal como ela é, significa saber que não precisamos lutar para recuperar o que acreditamos ter perdido, nem precisamos tentar nos compensar pelo falta que não é senão uma crença. Podemos aceitá-La como Ela realmente é em vez de estabelecer  conceitos para defini-La.
É através da energia da Shakti que podemos tocar o nosso verdadeiro valor, nossa verdadeira natureza, nossa essência primordial. Kali nos concede bênçãos de criatividade, satisfação dos desejos, alegria pura e a verdadeira felicidade, todo o seu imensurável poder está liberado em seu espaço, para acessá-lo necessitamos abrir mão da falsa identidade do ego e de suas percepções limitantes, ambos vinculados às ações realizados na dualidade.
A morada da Grande Mãe é no Cakra Anahata, é neste espaço sagrado que a Mãe acolhe a nossa dor, o sofrimento, o sentimento de perda e as fragmentações da alma presa ao Samsara. Kali nos traz a consciência de que tudo na vida deve ser plenamente vivido como parte natural do fluxo da vida. Ela nos ensina a acolher a experiência como sendo apenas uma experiência; pois a energia da Shakti Primordial representa o fluxo desimpedido em que a pura emoção e cada sensação devem ser experenciados de forma completa, simples e crua, este fluxo deve ser filtrado por nossas percepções.  Nesta forma de experiência sensorial primordial, a consciência não-dual existe.
A energia de Kali corta o Universo e vem de encontro ao chamado do devoto para cortar sua cegueira, a mesma que o leva ao apego, assim permite que ele veja a forma como as suas ações o mantém separado Dela. Ela cura a fragmentação da alma, quando compreendemos a importância da dissolução da dualidade.
Todos os bloqueios que nós mesmos colocamos na nossa vida em todos os seus aspectos pelo mal uso de nosso livre-arbítrio são dissolvidos pelo furor de Kali. Muitos que A desconhecem apenas falam de sua ferocidade, mas esta é necessária para enfrentar as nossas ilusões, Kali nos ajuda a desbloquear nossas percepções em direção a Unidade, a passar pelos obstáculos, a expandir nossa consciência, a reconhecer quem realmente somos em essência. É no vazio de Kali que podemos experimentar a vida como um fluxo natural de ir e vir.
Kali exige dedicação, disciplina, força de vontade, disposição, em compensação ela dispensa bênçãos e muita luz.
Mantras para Kali:
- OM Jayanti Mangala Kali Brakali Kapalini Durga Shaama Shiva Dhatri Swaha Swadha Namostute
-  Om Klim kalikaye Namah
- Om Hreem Shreem Kleem Parameswari Swaha
Namastê!

Em Agosto/2013 Curso de Mantram e Mitologia Indiana – Maiores Informações – Tel. (11) 99463-5825 ou saliladeva@yahoo.com.br