Querendo
transformar a sua vida?
Muitas
vezes ouvi, “mente vazia, oficina do diabo”. Pacientes e alunos reclamam da
dificuldade de manter a mente calma, os pensamentos ruminantes são constantes
tanto de dia como à noite, causando insônia, cansaço físico, diminuição da
criatividade entre outros fatores. Parecem incapazes até mesmo de diminuir a
atividade mental.
Recomendo
a pratica de Meditação Mindfulness no consultório, ou de outras técnicas que
ensino da Oficina de Meditação e Saúde como um recurso para acabar com o
stress, a depressão e a ansiedade. Meditar diminui os pensamentos ruminantes,
os praticantes disciplinados chegam a eliminá-los. Sempre aviso que não é na
primeira prática que isto acontece, meditação exige compromisso e disciplina.
Existem
vários estágios na prática meditativa, e não evoluímos da noite para o dia e
nem pulamos os estágios. Cada um percorre a jornada no seu devido tempo, de
acordo com seu esforço e psicologia individual. Por isso é muito importante a
existência de um instrutor de meditação, que vai acompanhando o processo de
cada aluno individualmente, gerenciando as expectativas, orientando nas
dificuldades, até que a prática meditativa se torne um hábito saudável e diário
e o praticante começa a perceber os profundos benefícios da meditação.
1) Simplesmente
Seja – quando estiver
praticando uma técnica de meditação, simplesmente seja você mesmo. Não há nada
para ver, nem para acontecer. Meditando com uma intenção específica ou sem
nenhuma intenção, tudo o que deve acontecer é que o praticante entre no seu
estado natural de SER. Não há nada para fazer, nem para acontecer.
Quando
sentar para meditar, estabeleça um tempo, peça para alguém avisá-lo sutilmente,
ou ponha um alarme. Deixe tudo o mais de
lado. Assuma um compromisso com você mesmo. Quando terminar sua prática
permaneça ainda sentando por alguns minutos. Mantenha-se presente e consciente.
Este é um momento somente seu, de estar com sua essência.
2) Mantenha
– se Consciente – acho
incrível quando leio ou ouço que meditar é fácil. Acolher um silêncio mental
manter-se na calma e na serenidade é difícil e por causa disto muitos desistem.
Ensino meus alunos a testemunharem o silêncio mental, sem brigar consigo mesmo
quando algum pensamento aparece.
Quando
este silêncio acontece, fica mais fácil estar presente na meditação. Torna – se
prazeroso meditar. É neste momento que começamos a nos descobrir, de nos
autoconhecermos. A meditação nos revela um mundo interno que desconhecemos. Por
isso é muito importante que se tenha um local para praticar, silencioso, neutro
e confortável. Pode sentar no chão em uma almofada, Zafu ouno Seiza (banquinho)
de forma equilibrada, centrada, confortável. Não confortável demais que permita
uma soneca.
3) Consciência
Corporal – o ideal são
olhos semi - abertos, mas pode fechá-los para observar a si – mesmo, sua
temperatura, as sensações e percepções, ajustando o corpo até ter certeza que
está confortável, respirando profundamente algumas vezes, ouvindo seus sons
internos, atendendo à todas as necessidades do corpo, criando a unidade
mente/corpo. É importante fazer um Body Scan, observando pontos de tensão e
relaxando-os.
4) Respiração
– normalmente respiramos
aproximadamente quinze vezes pó minuto de forma involuntária. Quando praticamos
respiração nosso metabolismo diminui, podendo chegar a três respirações por
minuto. Respirar corretamente é muito importante. Observe a qualidade de sua
respiração, o ideal é que seja abdominal. Mentalmente siga sua respiração,
observe que ela pode ser voluntária e involuntária. Respiração é vida, vida que
flui para dentro e para fora. Podemos estabelecer o ritmo da respiração, fazer
pausas. Conheça a qualidade de sua respiração.
5) Consciência
Emocional – é comum os
alunos tomarem mais consciência das suas emoções conforme vão evoluindo na
meditação. Começam a perceber quando uma emoção específica está chegando, como
a raiva por exemplo e assim não precisam agir no piloto automático, meditar
possibilita entre tantas coisas que cada emoção tenha o seu lugar dentro do
nosso mundo interior. E desta forma podemos parar de classificá-las, negá-las,
justificá-las. Cada uma pode ocupar o seu lugar dentro do nosso corpo.
6) Diálogo
Mental – muita coisa
acontece conosco quando estamos meditando. A mente revela toda a sua capacidade
de perturbar a prática com pensamentos inúteis, tagarelice, fantasias,
planejamentos. Nunca nos disciplinamos para a calma mental, a mente
literalmente grita por atenção. É neste momento que tomamos consciência do
nosso diálogo mental. Mas não somos este diálogo. Não devemos gastar nossa
energia dando atenção à mente e o fluxo de pensamentos que surgem. Apenas
testemunhe seus pensamentos e permita que eles vão embora do mesmo modo que
vieram. A meditação nos ensina a observar a mente, acalmá-la até chegarmos ao
prazeroso silêncio mental.
7) Disciplina
– A prática meditativa
deve ser feita diariamente. Devemos escolher um momento dentro da tão
comprometida agenda para meditar. Quando temos disciplina e comprometimento
vamos percebendo que o tempo de silêncio mental aumenta. Cada minuto de paz
mental é uma vitória. Reconheça isto. Congratule-se! Quanto mais praticar mais
perto de encontrar paz e serenidade estará. Cada prática é um passo na longa
jornada. A cada prática vamos conhecendo melhor o nosso mundo interno,
aprendendo que não somos nossos pensamentos. Que podemos nos controlar melhor
diante das diferentes situações do
dia-a-dia.
8) Transformação
– se seguimos as
instruções do nosso mestre, dia – a – dia vamos evoluindo na meditação. Podemos
começar a explorar nosso rico mundo interior. É importante observar que assim
como os pensamentos vêm e vão, o silencio também. Nossos dias também não são
iguais. Nós não somos os mesmos do dia anterior. Por isso não se julgue nem
critique, mas abra-se para novas experiências, novos comportamentos. Mantenha
sempre uma atitude positiva, aprenda a perdoar-se se falhar, mas não desista.
Insista! Crie compromisso consigo mesmo.
Uma
das importantes descobertas das muitas pesquisas científicas sobre a meditação,
é que o praticante vai descobrindo novas fontes de inteligência. Sabemos que os
praticantes avançados de meditação tem a massa cinzenta do cérebro aumentada.
Aprendemos
a ouvir nossa voz interior, temos mais insights, sussurros reveladores.
Descobrimos um aumento na criatividade, nas ações pró-ativas, muitos aspectos
de nós que estavam latentes se revelam. Uma riqueza surge através do silêncio.
Precisamos apenas estar atentos. Quando chegamos neste estágio estamos
alinhados com o Universo, nos curamos de muitos males, aprendemos novos
ensinamentos.
9)
Adquirindo Sabedoria – conforme avançamos na jornada meditativa
podemos acionar nossos arquétipos. Podemos fazer perguntas e lançá-las dentro de
nossa mente silenciosa e permanecer no silencio aguardando uma resposta. Que
pode vir ou não. Que pode vir em outro momento ou situação. Porém reconhecemos
a resposta quando ela vem. É um processo pacífico, sem regras internas pré -
definidas, concretas. Nossa sabedoria interna vai revelando-se aos poucos,
respeitando nossa capacidade de percepção e nosso compromisso conosco mesmo.
Meditar
não vai torná-lo somente mais inteligente, muitos outros benefícios na saúde
física, mental e emocional vão surgindo conforme nos dedicamos à prática. Nossa
vida flui melhor, o que não significa que vamos ficar livres dos problemas. Mas
nosso olhar sobre ele e as nossas ações se modificam. Saímos do piloto
automático e deixamos que nossa essência assuma as rédeas da nossa vida. É assim que a transformação acontece!
Mais informações entre em contato pelo e-mail: saleela.devi@gmail.com
Boa noite! Adorei o blog e essa publicação sobre a meditação. É preciso assumir a posição indicada nas fotos ou eu posso me sentar numa poltrona? Com que frequência diária você recomenda essa prática? Abraços fraternos e obrigado!
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